sábado, outubro 29, 2011

BONITO DE SE VER!

Com bela atuação coletiva e gol de Loco Abreu, Botafogo bate o Cruzeiro no Engenhão

Por Danilo Silveira

Certamente a melhor atuação coletiva que eu presenciei dentro de um estádio de futebol em 2011 (e olha que não foram poucas). Assim posso definir o jogo entre Botafogo e Cruzeiro hoje. A vitória por 1 a 0 da equipe comandada por Caio Júnior poderia ter tido um placar bem mais elástico, se não fosse a quantidade de gols perdidos pelo time.

O Cruzeiro, bastante ameaçado pelo rebaixamento, entrou em campo com dois meias (Montillo e Roger) e dois atacante (Anselmo Ramon e Farias). Apesar do time de Vagner Manicini não ter sido escalado de forma defensiva, acabou tendo que ficar a maior parte do primeiro tempo atrás. Isso porque o Botafogo avançou de maneira avassaladora, em busca do gol. Maicosuel, Elkeson, Cortês, Herrera e Loco Abreu eram os mais atuantes na parte ofensiva. Maicosuel era o melhor do jogo, junto com Cortês dando muito trabalho à defesa cruzeirense. Na equipe celeste, Naldo e Victorino formavam dupla de zaga, mas outro defensor, Leo, fazia a lateral esquerda reforçando a marcação. Quando se aventurava ao ataque, o Cruzeiro via nos pés de Montillo a melhor arma. O argentino aproveitou dois passes errados do adversário, um de Renato e um de Fábio Ferreira, para dar dois chutes para fora. Já na segunda metade do primeiro tempo, Lucas Zen sentiu e acabou substituído por Leo. A forte marcação cruzeirense fez com que o Botafogo alçasse muitas bolas na área, já que penetrar estava muito complicado. Mas, pelo chão o Glorioso criou duas grandes jogadas. Primeiro, Elkeson cruzou rasteiro da esquerda e Herrera chutou errado debaixo da trave. Pouco antes do apito final, novamente o argentino teve grande chance, chegando na cara do gol pela ponta direita, mas chutando na rede pelo lado de fora. Um dos últimos lances da primeira etapa gerou revolta na torcida alvinegra. Diego Renan, na altura da intermediária, pela ponta esquerda, deu um chute para trás, na direção do próprio gol e Fábio acabou defendendo com as mãos. A torcida botafoguense pediu recuo de bola; lance duvidoso, acredito que em sã consciência nenhum jogador daria um recuo para o goleiro dessa forma, já que a bola chegou até Fábio forte e em meia altura.

Para a segunda etapa, Caio Júnior tirou Herrera, lançando Caio em campo. O Botafogo não retornou tão bem quanto acabou a primeira etapa, mas aos 9, Elkeson cruzou da esquerda e encontrou Loco Abreu, que usou a cabeça para fazer o único gol, do jogo. E a torcida alvinegra inflamou e começou a gritar alto no estádio e o time voltou a jogar bem. Um chute de Elkeson de fora e uma bela jogada de Maicosuel, que limpou quase todo o sistema defensivo cruzeirense, poderiam ter resultado em mais dois gols. Por volta dos 25 minutos, o Botafogo viveu seu momento mais crítico na partida. O Cruzeiro, que contou com as entradas de Welington Paulista e Elber, nas vagas de Farias e Charles, cresceu na partida, passou a dominar o campo de ataque. Está certo que o time celeste não conseguia triangular jogadas muito boas mas o Botafogo marcava mal e via em Alessandro um ponto positivo no quesito raça e entrega. O lateral-direito cresceu muito no jogo e passou a ser um dos melhores jogadores em campo, desarmando muito bem, dando bons passes e correndo o campo todo, tentando evitar as chegadas cruzeirenses. Apesar da boa exibição coletiva, um simples gol cruzeirense poderia complicar a vida do Alvinegro na partida. Loco Abreu teve a chance de ampliar, driblou Fábio, mas o goleiro cruzeirense acabou dando um tapa na bola, que fez o uruguaio perder tempo para finalizar, e quando o fez, um homem de azul apareceu quase em cima da linha para cortar. Caio também teve uma chance cara a cara para ampliar, mas perdeu. Gols não feitos que não fizeram falta a um time que apresenta o melhor futebol do Campeonato Brasileiro.


COM DOIS DE IBRA, MILAN VENCE A ROMA E ASSUME A PONTA


Por Danilo Silveira

Na tarde deste sábado, o Milan chegou à sua quarta vitória consecutiva no Campeonato Italiano. Jogando no estádio Olímpico de Roma, o time comandado por Maximiliano Allegri não apresentou um bom futebol, ams acabou vencendo a Roma por 3 a 2.

De fato eu não sou fã do futebol italiano, porém, muito menos do trabalho do técnico Maximiliano Allegri no Milan. Abrindo mão de escalar Cassano, um dos mais habilidosos do elenco, ele colocou em campo seu meio-campo com Van Bommel, Aquilani, Nocerino e Boateng. Não demorou para o time sofrer com a falta de criatividade. Enquanto isso, a Roma iniciou a partida melhor, com Pjanic e Pizarro com a incumbência de fazer o meio-campo criar jogadas de perigo. O primeiro lance de destaque do jogo aconteceu aos quatro minutos, quando o lateral-direito Cassette soltou uma bomba, que acabou não tendo a direção da meta defendida por Abiati. Aos poucos, o Milan foi contendo o ímpeto da equipe da casa e aos 16 marcou seu primeiro gol, praticamente na primeira chegada ofensiva com perigo. Aquilani recebeu na direita, alçou bola na área e Ibrahimovic demonstrou oportunismo ao cabecear no canto esquerdo do goleiro. E demorou 11 minutos para a Roma chegar ao empate. Pjanic cobrou escanteio da esquerda e Burdisso apareceu na área, vencendo a marcação de Zambroitta e cabeceando para as redes. E o primeiro tempo foi mesmo de jogadas aéreas. A Roma viu o placar ficar empatado cerca de apenas dois minutos, pois aos 29, Robinho cobrou escanteio da direita e Nesta cabeceou para ampliar. E talvez o lance mais empolgante da primeira etapa tenha sido uma tentativa de Robinho, quase do meio-campo, de fazer um gol, mas a bola acabou passando longe da meta de Stekelenburg. Aos 38, o atacante Borini, da Roma, que não conseguiu muito sucesso diante da marcação de Thiago Silva, saiu machucado para a entrada de Bojan, aquele mesmo que jogava no Barcelona na temporada passada. Falando em Barcelona, enquanto o time espanhol é sinônimo de futebol bonito, no Campeonato Italiano é complicado ver algum jogo interessante. Está certo que não vejo cinco ou seis jogos por rodada, mas sempre que paro para assistir a um jogo da terra da bota, fico decepcionado.


Para a segunda etapa, os times voltaram sem alterações. A Roma tentava envolver o Milan, buscando o gol de empate. Aos 9, uma bonita jogada, que passou pelos pés de Pizarro e Osvaldo, até chegar em Boján, mas Abiati saiu bem para bloquear o chute. Três minutos mais tarde, a Roma assustou em bola parada; uma falta cobrada de longa distância por Pjanic e Abiatti novamente apareceu bem. Aos 17, Luis Enrique resolveu mexer na equipe, lançando o argentino Lamela na vaga de Gago, tornando o time mais ofensivo. Pouco depois, Maximiliano Allegri tirou Boateng e lançou Emanuelsson, deixando Cassano mofando na reserva. Detalhe que na saída de campo, Boateng reclamou da arbitragem e acabou expulso, mesmo já fora do jogo. Os minutos passavam e aos 25 Luiz Enrique queimou a última alteração, lançando Heinze na vaga do zagueiro Juan. Mas a mexida realmente que mudou a cara do jogo aconteceu aos 27. Enfim, Cassano entrou no jogo, na vaga de Robinho, que teve atuação bem discreta. E em cerca de 20 minutos em campo, Cassano conseguiu ser o melhor jogador do Milan. Ele participou do lance do terceiro gol aos 32. O italiano recebeu bola no fundo na ponta esquerda, deu um belo passe para Aquilani, do outro lado; o seu compatriota cruzou, dando sua segunda assistência no jogo para Ibra, que novamente usou a cabeça e colocou a bola no fundo das redes. Era o Milan ampliando e vale lembrar que minutos antes Osvaldo tinha chutado a queima roupa após cobrança de escanteio e Abiatti fez uma bela defesa de puro reflexo. O fato é que o Milan vivia seu melhor momento na partida e não digo pelo fato de ter pela primeira vez dois gols de vantagem, mas sim pelo futebol apresentado. A chance de ampliar veio aos 40, quando em um contra ataque veloz Ibra encontrou Cassano que deu um passe genial para Nocerino, que perdeu uma chance incrível. Instantes depois, Lamela ganhou de Nesta e Abate, invadiu a área, chutou para defesa de Abiatti, mas no rebote, Bojan empurrou para as redes, diminuindo a diferença. A essa altura, a Roma tinha cerca de sete minutos, contando com os acréscimos para empatar o jogo. Porém, o Milan conseguiu se segurar e chegou à quarta vitória consecutiva no Campeonato Italiano. Final de jogo: Roma 2 a 3 Milan.

sexta-feira, outubro 28, 2011

AOS GRITOS DE “É CAMPEÔ, PORTUGUESA DERROTA A PONTE

Ananias marcou os dois gols da vitória da Lusa, que está agora a uma vitória do título

Por Danilo Silveira

Na noite desta sexta-feira, dia 28 de outubro, Portuguesa e Ponte Preta, líder e vice-líder da Série B, travaram um bom duelo de futebol no estádio Canindé, para mais de 11 mil espectadores. Após o apito final, festa da torcida da casa.

O Jogo

Nos minutos iniciais de partida, a Ponte-Preta foi levemente superior que a Portuguesa. O meia Caio e o lateral-direito Patric apareciam bem na criação de jogadas. E aos 7 minutos, Ricardo Jesus recebeu pela ponta direita e arriscou para o gol, para boa defesa do goleiro Weverton. Mas a Ponte não conseguiu chegar a um domínio absoluto do jogo, pois logo a Lusa equilibrou a partida. Aos 16, Edno apareceu pela direita e cruzou no segundo pau, na cabeça do baixinho Ananias (ele tem pouco menos de 1,70m) que por pouco não abriu o placar, já que Júlio Cesar fez boa defesa. No minuto seguinte, Edno apareceu novamente, dessa vez pelo lado esquerdo e novamente cruzou na cabeça de Ananias, que aproveitou a falha de marcação da zaga ponte pretana, e de peixinho, abriu o marcador no Canindé. Valente, a equipe campineira continuou buscando o ataque, mas esbarrava em um sistema defensivo bem arrumado do adversário. E aos 24, Henrique e Edno puxaram um lindo contra ataque; os dois foram tabelando pela esquerda, até uma falta ser assinalada. Na cobrança, bola alçada na área e após disputa pelo alto, Ananias pegou o rebote, novamente livre de marcação, chutando para ampliar, para festa dos torcedores da Lusa. Aos 33, um incidente chato aconteceu na partida. O volante Josimar, que vinha bem no jogo, fez falta em Marcelo Cordeiro e depois chegou perto do jogador da Lusa, que estava caído. Talvez ele quisesse insinuar que o lateral-esquerdo da Lusa estivesse simulando algum tipo de dor; logo, Edno chegou e empurrou o volante da Macaca e uma confusão estava estabelecida. Porém, logo os ânimos voltaram ao normal e do ocorrido sobrou apenas um cartão para Josimar. Voltando ao futebol, a Ponte chegava com muita gente ao ataque, mas acabava ficando exposta, dando muito espaço para Lusa contra-atacar. Antes do apito final da primeira etapa, uma chance para cada lado. Aos 43, Marcelo Cordeiro cruzou da esquerda, Ananias pegou de primeira e quase marcou o seu terceiro gol no jogo. No minuto sgeuinte, a Macaca respondeu com Ricardinho, que fez boa jogada pela direita e bateu para defesa de Weverton.

Para a segunda etapa, as equipes voltaram sem alterações. E a Ponte começou melhor, partindo para o ataque, buscando diminuir a vantagem adversária. Vendo a Lusa mais acuada, a torcida presente no Canindé começou a gritar mais alto, apoiando o time. Aos 13 minutos, Gilson Kleina resolveu tirar o meia-armador Caio, que sumiu da partida ainda na primeira etapa para entrada de Lúcio Flávio, que mostrou estrela. Após três minutos em campo, o atacante cabeceou uma falta cobrada da esquerda e diminuiu o marcador para a equipe campineira. Quase imediatamente, a Lusa passou a sair mais para o campo de ataque e o jogo ficou corrido. Jorginho recuou o time aos 27, lançando Raí na vaga de Ananias e empurrando, o até então sumido Marco Antônio, para o ataque. Aos 28, Guilherme roubou bola no meio campo e entregou para Edno, na ponta esquerda; o atacante chutou cruzado com perigo, mas a bola acabou saindo. Não demorou muito e Gilson Kleina lançou o atacante Tiago Luís na vaga do lateral-direito Patric, que sumiu na segunda etapa. Minutos depois, o comandante ponte pretano sacou o atacante Ricardinho, lançando o volante Gérson. Aos 35, Jorginho tirou Boquita e lançou Junior Timbó. A verdade é que nos minutos finais, a Ponte tentou de todo jeito chegar ao ataque e a Portuguesa marcava firme, esperando o árbitro apitar o fim do jogo. Ferrón ainda cabeceou uma bola que passou à esquerda, próximo do gol de Weverton, mas nada que atrapalhasse a festa da Lusa, que antes mesmo do apito final, soltava o grito de “É campeã” das arquibancadas.

Agora, a Lusa chegou aos 70 pontos, abriu 13 de vantagem da vice líder Ponte Preta e está a uma vitória do título da Série B.

segunda-feira, outubro 24, 2011

ACREDITEM, É REAL: MANCHESTER UNITED 1 A 6 MANCHESTER CITY

Por Danilo Silveira

Diante de muita mediocridade, ainda é possível encontrar no futebol, motivos para sorrir. Digo para aqueles que analisam esse esporte como um espetáculo. E hoje, o Mancheter City deu uma bela prova de que é possível encantar e fazer bonito dentro das quatro linhas. Enfrentando o Manchester United, dentro do estádio Old Trafford, a equipe de Roberto Mancini não tomou conhecimento dos Diabos Vermelhos e deu um baile de futebol, um banho de bola ou como mais queiram chamar. Acachapantes 6 a 1 e um duelo que o torcedor mais fanático do time deve comprar o DVD da partida e guardar eternamente no armário de casa.

Logo que a partida começou foi possível ver a equipe do City bem postada em campo, avançando sua marcação para o campo de ataque. Porém, enfrentar o United em Old Trafford é uma tarefa complicadíssima e a equipe do Sr Alex Ferguson conseguiu freqüentar o ataque e dar sinais de que poderia sufocar o adversário. Vale destacar que ano passado, apesar do City ter acabado bem posicionado na Premier League, a equipe de Roberto Mancini não jogava um futebol lá tão ofensivo. Mas as coisas mudaram, e muito. Yayá Touré, David Silva, Milner, Aguero e Balotelli mostravam bastante eficiência no campo ofensivo, até que o gol saiu, dos pés de Balotelli. Assim, o City foi para o intervalo na frente.

O show, de fato, ainda estava por vir. O segundo tempo iniciou e a figura de David Silva começou a aparecer de uma maneira genial. Cada toque do espanhol na bola parecia ocasionar uma chance de gol da equipe. Atordoado, vendo um carrossel azul no seu campo, o Manchester United pouco conseguia fazer. Assim, veio o segundo gol de Balotelli, após bela jogada de equipe e pouco depois, o zagueiro Evans, da equipe da casa, foi expulso. Alex Ferguson, do campo de reservas, mascando o seu tradicional chiclete, via o seu time tomar um baile. Não demorou muito para Aguero aumentar. Quem assiste constantemente o Campeonato Inglês sabe que o Manchester United perder em casa é algo raro, imagine então de 3 a 0. Ronney assistia a tudo perplexo; o inglês foi figura quase nula na segunda etapa, já que seu time pouco chegava ao ataque. Em uma das raras investidas do time de vermelho, Fletcher deu um belo chute de fora da área e diminuiu o marcador. E o gol até animou a equipe da casa, que veio para cima. Ferguson lançou Chicharito no time, enquanto do outro lado, Aguero e Balotelli foram para um merecido descanso no banco de reservas, abrindo espaço para Dzeko e Nasri jogarem. Chances de ampliar surgiam com freqüência para o City, mas tanto David Silva quanto Dzeko iam desperdiçando-as. Aos 40 minutos, o baile do City continuava, mas a vitória não estava definida, já que um gol do Manchester àquela altura colocaria fogo no jogo. Mas foi aí que em dois contra ataques mortais, com participação de David Silva e uma jogada aérea, o City fez aparecer no placar algo inusitado: 6 a 1 para os visitantes. De fato, não me lembro da última vez que o Manchester United tomou seis gols jogando em casa, se é que isso aconteceu alguma vez.

São partidas como essas que me fazem dizer: o futebol é fascinante, justamente pelo poder de surpreender os mais entendedores do mundo da bola! Creio que dificilmente em algum bolão alguém tenha arriscado algo parecido com o placar final da partida de hoje.

sábado, outubro 22, 2011

FLU TOMA NÓ TÁTICO E PERDE PARA O GALO

Por Danilo Silveira

Neste sábado, Fluminense e Atlético/MG se encontraram no Engenhão em situações opostas na tabela de classificação. Enquanto o Tricolor das Laranjeiras, comandado por Abel Braga, precisava de três pontos para se aproximar dos líderes do Brasileirão, o Galo, do técnico Cuca, queria uma vitória para dormir fora da zona de rebaixamento. E o resultado final foi que o treinador da equipe mineira deu um nó tático no comandante tricolor e o Galo venceu por 2 a 0.

Antes da bola rolar, uma prova de gratidão da torcida tricolor, que compareceu em peso, já que haviam mais de 24 mil pessoas no estádio. Ecoava alto das arquibancadas o canto de “Olê, olê, olé, olá, Cuca, Cuca”, certamente relembrando a campanha do treinador com o time em 2009, quando o clube estava virtualmente rebaixado e acabou permanecendo na Primeira Divisão. E quando a bola rolou, foi possível de cara perceber um Atlético Mineiro mais organizado que o Fluminense. A equipe carioca, apoiada pelo seu torcedor, ia para o ataque, mas esbarrava em uma forte marcação do adversário, que conseguia ser mais inteligente com a bola nos pés. E nos minutos iniciais, aconteceram três lances duvidosos dentro da área. E os dois possíveis pênaltis para o Tricolor não foram assinalados, enquanto o para o Galo foi. Daniel Carvalho cobrou no canto esquerdo de Cavalieri e abriu o marcador. Veja o lance no vídeo abaixo. Com três volantes (Edinho, Fernando Bob e Rodrigo Caio), o Fluminense tinha nos pés de Lanzini a maior esperanças de criação de jogadas. Carlos César e Bernard, laterais do Galo, conseguiam executar excelente marcação em Carlinhos e Mariano, fazendo o Fluminense perder as jogadas pelas pontas. Enquanto isso, Réver e Leonardo Silva marcavam os atacantes Rafael Sóbis e Martinuccio. Assim, a meta atleticana pouco era ameaçada. Investidas de Leandro Eusébio ao ataque com a bola nos pés e um chute a gol de Márcio Rosário quase do meio-campo, refletiam o nervosismo e a impaciência tricolor. O tempo foi passando e o Atlético cozinhava o jogo no melhor sentido da palavra. Isto é, quando tinha a bola o time de Cuca sabia direitinho como rodá-la em busca do melhor momento para atacar e quando estava sem ela, marcava com qualidade. O apito final se aproximava e o Fluminense não tinha criado quase nada. Em um dos últimos lances do primeiro tempo, um cruzamento da direita de Daniel carvalho parou na cabeça de André, que desviou para o gol tricolor, aumentando a vantagem atleticana.

Para a segunda etapa, Abel Braga fez o mínimo que se esperava dele: tirou Rodrigo Caio, um dos seus volantes, para colocar Araújo em campo. Verdade seja dita, o Fluminense não melhorou. E em duas bobeadas de Márcio Rosário, que fez péssima partidas, o Atlético quase chegou ao terceiro gol. Na chance mais aguda, Mancini acabou errando uma finalização pela ponta direita. Das arquibancadas, os gritos de “Souza, Souza” ecoavam cada vez mais alto, e as vaias para Fernando Bob também cresciam. Até que Abel Braga resolveu lançar o jogador que a torcida pedia, sacando Bob do time. A verdade é que Souza pouco conseguiu fazer, ele atuou perto de Lanzini, na criação, mas a marcação atleticana era tão bem executada que o Fluminense não conseguia penetrar. Logo depois da mexida de Abel, Cuca lançou Richarlyson na vaga de um sumido Mancini. E o ex-são Paulino entrou na ponta esquerda enquanto Bernard passou a atuar no lado direito. O tempo se passou, o Fluminense não deu sinais de reação e Abel queimou sua última alteração, lançando Ciro na vaga de Martinuccio. Cada vez mais o torcedor perdia a paciência e o Atlético se aproveitava dos erros do adversário para ter o jogo sob controle. Os gritos de “burro” para Abel Braga não demoraram a surgir. Cuca ainda lançou Neto Berola e Eron, nas vagas de André e Daniel Carvalho e o Fluminense ainda teve Leandro Eusébio expulso, ao tomar o segundo amarelo, por reclamação. Com um a menos, a coisa só piorou para o Tricolor, que atrás no placar se lançava ao ataque e deixava um buraco para o Galo explorar suas jogadas ofensivas. O apito final não demorou a chegar e uma tarde-noite fria no Engenhão terminou ruim para o Fluminense, que vê o título muito distante e excelente para o Galo, que respira.

Por fim, cabe ressaltar que o Galo foi superior taticamente durante toda a partida, manteve uma postura interessante de jogo durante os 90 minutos, enquanto o Fluminense não soube ter calma e tranqüilidade para furar a boa marcação do time mineiro e acabou saindo derrotado merecidamente.

quinta-feira, outubro 20, 2011

CHILENADA!


Por Danilo Silveira

Caros leitores,


na noite da última quarta-feira, aqueles que assistiram ao jogo entre Flamengo e Universidad do Chile, viram um verdadeiro baile da equipe chilena. Um Flamengo lento, aparentemente sem vontade e sem conseguir sair para o jogo, foi presa fácil para a equipe chilena, comandada por Jorge Sampaoli, que deu um baile tático no técnico pentacampeão do Brasileirão: 4 a 0 com direito a gol mal anulado e pênalti defendido por Felipe.

Vargas, Castro, Lorenzetti foram nomes que os rubro-negros ouviram constantemente na narração. Durante toda a primeira etapa o flamengo praticamente não passou do meio-campo. Aliás, o Rubro-Negro acostumou-se a vencer no Brasileirão de maneira feia. O time fazia 1 a 0, se retrancava todo e em meio a tanta mediocridade do futebol apresentado por boa parte das equipes brasileiras, a meta rubro-negra seguia inviolável durante os 90 minutos. Mas ontem foi diferente.

A La U avançou seus jogadores de marcação e sufocou o time da Gávea. Não era incomum ver cinco ou até mais jogadores vestidos de azul no campo de ataque, marcando o Flamengo sobre pressão. E o time chileno fez um gol, logo em seguida outro, mas o bandeirinha assinalou impedimento de maneira equivocada em um dos lances e o placar marcava 1 a 0 apenas. Se a coisa estava feia, piorou ainda mais quando Aírton deu uma entrada criminosa em um adversário, sendo expulso de maneira direta. Ainda existem aqueles que dizem que o volante é fundamental no esquema de jogo do Flamengo (Quem sabe na equipe de luta livre do Flamengo ele seja). E o tempo a perder com tais cenas de violência era pouco. Não demorou para a La U fazer, 2, 3 a 0 no Flamengo. Vale lembrar que nosso querido Vanderley Luxemburgo sacou Botinelli, machucado, e colocou Renato Abreu, que pouco acrescentou, apenas foi mais um para assistir o baile adversário.

Tem sido comum Vanderlei Luxemburgo fazer besteira em sequência no comando técnico do Flamengo, mas desta vez ele abusou. Perdendo de maneira acachapante, o que ele fez? Tirou o único centroavante (que na realidade não está jogando nem o equivalente a meio atacante) da equipe, Deivid, para lançar...MALDONADO! Isto é, perdendo o jogo por 3 a 0, ele colocava mais um volante. E o treinador ainda foi ajudado pelo árbitro da partida, que expulsou de forma injusta um jogador da equipe chilena. E foi aí que atual mestre da tática (quem sabe no xadrez) Vanderley Luxemburgo inventou de tirar Galhardo para colocar...JAEL! Isso mesmo, agora ele estava tirando o lateral-direito para colocar um atacante. Posso até estar enganado, mas acredito que dificilmente Luxa treinou o time dessa maneira. Enfim, Jael ainda cabeceou uma bola na trave e quase diminuiu, mas, em um contra ataque fulminante pela ponta esquerda, foi a La U que chegou ao quarto gol. Ao final do jogo, Luxemburgo disse que está com vergonha. Pois digo que o torcedor rubro-negro também deve estar envergonahdo, ao olhar para o banco de reservas e ver um técnico que parece pouco disposto a respeitar a grandeza do Clube de Regatas do Flamengo!

sábado, outubro 15, 2011

RESUMO DO SÁBADO: MESSI DÁ SHOW E RONALDINHO GAÚCHO É EXPULSO INFANTILMENTE

Por Danilo Silveira

Assisti dois jogos inteiros nesse sábado. Primeiro, mais um show de Messi com a camisa do Barcelona. O argentino fez dois gols e só não fez chover no Camp Nou, na vitória de 3 a 1 do Barcelona sobre o Rancing. Da água para o vinho ou do deserto para o Pólo Sul, depois do baile catalão, vi um pavoroso e medonho Flamengo vencer o Ceará por 1 a 0. Após um bom primeiro tempo, o time da Gávea proporcionou cenas de horror ao seu torcedor, com a liderança, mais uma vez, de Vanderley Luxemburgo, que mais uma vez abusou da paciência do torcedor rubro-negro, com suas substituições sem o menor fundamento.
No Camp Nou, o Barcelona teve alguma dificuldade para encontrar o seu jogo, com a marcação avançada dos jogadores do Racing, mas aos 10, apareceu Messi, para tabelar com Iniesta, quebrar o sistema defensivo do Racing, driblar o goleiro e fazer um golaço. Já no estádio Presidente Vargas, o Flamengo começou o jogo muito bem, com Ronaldinho Gaúcho (muitos falam que ele foi o antecessor de Messi) abusando do direito de dar passes bonitos e objetivos. Em um deles, Botinelli ficou na cara do gol, mas acabou batendo por cima. Em terra espanhola, o Barcelona chegou ao segundo gol aos 25 minutos, quando Xavi apareceu como elemento surpresa para cabecear um cruzamento da esquerda. Já em terras nordestinas, o zagueiro Welinton, que fez ótima partida, cruzou para Alex Silva ficar de frente para o gol e cabecear erradamente, por cima do gol. Na Espanha, o Barcelona conseguia manter seu estilo de jogo naturalmente, de forma tranqüila, enquanto no Brasil, Thiago Neves fez bom cruzamento da direita e Deivid apareceu para cabecear para o fundo das redes. Nos dois duelos, Messi e Ronaldinho Gaúcho, que já foram eleitos (Messi é o atual) melhores do mundo, foram os melhores em campo, mas a coisa mudou muito na segunda etapa.
Na Espanha, Messi seguiu direitinho no segundo tempo, esbanjando categoria, talento, simplicidade e objetividade. Já no Ceará, Ronaldinho fez algo infantil, inconseqüente e errado. O R10 trocou agressões bobas com Heleno, volante do ceará e os dois acabaram expulsos, antes dos 10 minutos. Na Espanha, Joseph Guardiola, técnico do Barcelona, deixava o seu time jogar naturalmente, tranqüilo, sem se fechar, se retrancar ou nada parecido. Já no ceará, se não bastasse ter perdido o melhor jogador do time, Vanderley Luxemburgo, técnico do Flamengo, resolveu tirar mais um meia de ligação (Botinelli) para colocar mais um volante (Maldonado). A essa altura, o Flamengo tinha, dos três meias de ligação que entraram em campo, apenas um (Thiago Neves) e apenas um atacante (Deivid). Enquanto Messi fez mais um gol e continuou dando alegria para aqueles que gostam de futebol, o Flamengo resolveu se fechar todo e apenas marcar o frágil Ceará, que pouco conseguia fazer. E Vanderley Luxemburgo ainda conseguiu tirar Thiago Neves e Deivid, os dois únicos jogadores de frente que ainda restavam, para lançar Negueba e Diego Maurício, também atacantes, mas que pouco conseguiram fazer. Na Espanha, após o apito final, as câmeras flagravam a todo instante Leonel Messi, que como é de costume, deu seu show de final de semana. Após o apito final no Ceará, as câmeras flagravam festa dos jogadores rubro-negros, mas se tivesse uma câmera nos torcedores, provavelmente eles estariam de cabelo em pé, após assistirem um segundo tempo de dar pena.
Barcelona e Flamengo lutam pelo título nos campeonatos nacionais e obviamente, não dá para comparar um time com o outro. Enquanto o medo e a covardia tomam conta do técnico mais vitorioso do Campeonato Brasileiro (Vanderley Luxemburgo venceu cinco vezes a competição), o Barcelona segue seu caminho e sua trajetória, sem enxergar nenhum time que pareça capaz de o parar.
Por essas e outras que digo que o Brasil anda mal das pernas quando se fala em técnicos de futebol!

quarta-feira, outubro 12, 2011

SÃO PAULO 0 X 0 INTER: RUIM PARA OS DOIS

Por Danilo Silveira

Muitos consideram o São Paulo o melhor elenco do Brasil. Eu digo que se não é o melhor, é um dos melhores. Mas, o time não encaixa de jeito nenhum e cada rodada que passa, mais o Tricolor Paulista fica longe do título brasileiro. Os tropeços em casa são constantes, basta analisar que o time perdeu para os quatro cariocas jogando em seus domínios. E hoje, mais um tropeço. Jogando contra o Inter, a equipe de Adilson Batista pouco criou, viu o Inter ser levemente superior e viu o seu torcedor vaiar o empate em 0 a 0. Agora, já são cinco jogos sem vitórias.

Cícero, Rivaldo, Dagoberto e Luis Fabiano. O poderio ofensivo do São Paulo é de respeito, mas o time pouco conseguiu produzir durante a primeira etapa. O Inter, por sua vez, não se acuou e também buscou o ataque, mas conseguiu pouco sucesso com Delatorre como único atacante. Andrezinho e D’Alessandro eram os principais responsáveis por criar as jogadas do Internacional. Mas o fato é que no geral a primeira etapa ficou devendo.

Veio a segunda etapa e a impaciência parecia tomar conta do time são Paulino. Algumas faltas de ataque e a todo instante o jogo era paralisado. O Inter seguia com sua proposta de jogo, não acuando. Não demorou muito e Dorival Júnior sacou Delatorre, que muito lutou, mas pouco conseguiu para lançar o lateral-esquerdo João Paulo. Isso mesmo, um lateral entrava no lugar de um único atacante. Andrezinho e D’Alessandro faziam o Inter ser superior ao São Paulo, mas faltava um homem de área. E o São Paulo criou a sua melhor chance em uma bela jogada pelo alto. Xandão lançou Luis Fabiano, que tocou de cabeça para Dagoberto, que também usou a cabeça para colocar Rivaldo na cara do gol; o pentacampeão chutou com estilo, sem deixar a bola cair e a redonda passou pelo lado esquerdo de Muriel e foi pela linha de fundo. Os minutos passavam, os talentos individuais do São Paulo não conseguiam fazer o time jogar bem e Adilson resolveu mexer. Primeiro ele trocou Carlinhos Paraíba por Casemiro e depois lançou Marlos na vaga de Dagoberto, que pediu para sair. E Marlos até mostrou vontade, velocidade, mas o foi o Inter quem teve a melhor chance nos minutos finais. João Paulo, que entrou na vaga de Ilsinho minutos antes, apareceu pela esquerda, cortou para o meio, mas bateu para fora.

Se o resultado foi ruim para o Inter, que precisa desesperadamente de vitórias se ainda quiser pensar em título, foi péssimo para o São Paulo, líder do Brasileirão nas cinco primeiras rodadas, que agora vê cada vez mais distante o sonho de voltar a vencer o Brasileiro, coisa que não acontece desde 2008.

segunda-feira, outubro 10, 2011

FLAMENGO COM FUTEBOL DE TIME PEQUENO E FLUMINENSE COM ATITUDE DE TIME PEQUENO

Por Danilo Silveira

Flamengo e Fluminense fizeram um duelo emocionante. E podem acreditar: Botinelli foi o herói da partida. Isso mesmo que vocês acabaram de ler. O argentino saiu do banco de reservas para fazer dois gols e dar a vitória ao time da Gávea, por 3 a 2.

As torcidas dos dois últimos campeões brasileiros compareceram ao Engenhão, esperançosas de ver o seu time de coração conquistar três pontos e subir na tabela de classificação. Dentro de campo, o Fluminense foi o time que mais fez por onde chegar à vitória. A equipe do técnico Abel Braga encurralou o Flamengo no campo de defesa e tentava criar chances de gol. Enquanto isso, o Flamengo se defendia como time pequeno, se acovardava. Feio era ver um time com o tamanho do Flamengo jogar de uma maneira tão medíocre. Mas a proposta de não deixar o Fluminense balançar as redes funcionou. E quando se opta por jogar dessa maneira, as chances são raras. E cabe destacar somente uma na primeira etapa, em chute de Deivid, defendido por Diego Cavalieri. Com He-Man brigando o tempo inteiro enfiado por entre os zagueiros do Flamengo, Rafael Sóbis aberto pela ponta e Deco (joga fácil esse português) com Marquinhos na criação, o Fluminense rodava a boa esperando a melhor oportunidade, que não vinha, muito por conta do bloqueio feito pelos muitos jogadores do Flamengo, que muito marcavam e pouco criavam.

Veio a segunda etapa e Vanderley Luxemburgo conseguiu a proeza de não mexer no time, talvez tenha gostado do que viu nos 45 minutos iniciais. E o Flamengo continuou como time pequeno, fechado, esperando o Fluminense chegar. O gol parecia questão de tempo e saiu em uma jogada duvidosa, onde Marquinhos roubou a bola pela ponta direita, em lance que pareceu falta em Diego Maurício. Mas o árbitro nada marcou, a jogada prosseguiu e Rafael Sóbis cabeceou para abrir o marcador. E antes mesmo do gol, Vanderley Luxemburgo já tinha à beira do campo Negueba e Jael, prontos para entrar. E nem o gol tricolor fez o treinador ousar, fazer algo que demonstrasse que o time buscaria mais o ataque. Burocrático, tirou Deivid e Diego Maurício, que pouco fizeram, deixando em campo um sonolento Renato junto com Maldonado e Muralha (que fez muito boa partida). Como é costume de alguns técnicos, quando o placar lhe é adverso, a tarefa de soltar o time é válida, mas do contrário, todo mundo fechado atrás segurando o resultado é praticamente uma lei. E como o Flamengo estava atrás no marcador, Luxa resolveu lançar a campo o argentino Botinelli, tirando Maldonado.

As atuações pífias de Botinelli durante o Brasileirão, coroadas com chutes bisonhos, fazia o torcedor rubro-negro ter pouca esperança que dos pés do argentino algo de bom acontecesse. Mas o desfecho de todo o Fla-Flu, passou invariavelmente por Botinelli. O Flamengo saiu para o jogo e não demorou muito a empatar, com Thiago Neves, que apenas escorou o chute cruzado de Negueba. Pela primeira vez na partida, o Flamengo dava mostras de bom futebol e pela primeira vez passava a ser superior que o Fluminense. Abel Braga resolveu mexer triplamente, lançando Martinuchio, Lanzini e Souza nas vagas de Sóbis, Deco e Diguinho. E o segundo gol do Flu saiu em lance polêmico. Botinelli tinha a bola dominada no campo defensivo, chutou-a contra o corpo de um adversário e ganhou o lateral. Pelo menos foi o que pareceu à primeira vista. Mas a auxiliar deu posse de bola para o Flu e foi daí que nasceu o gol, em cabeçada de Lanzini. Infelizmente, não consegui ver o replay do lateral, as câmeras mostraram apenas a seqüência do lance.

E quanto mais o relógio se aproximava dos 45 minutos, mais o Flamengo corria atrás do prejuízo. Talvez os deuses do futebol devessem punir a equipe da Gávea, por tanta inoperância demonstrada durante mais da metade do jogo. Mas os deuses flamengusitas atuaram no Engenhão e aos 41, Botinelli cobrou falta no travessão e a bola voltou tocando em Cavalieri e tomando a direção do gol. Era o time que menos fez por merecer os gols empatando a partida. A massa rubro-negra foi à loucura no Engenhão e aos 44, Botinelli mostrou que estava mesmo em um dia inspirado e com o pé calibrado, chutando de fora da área, no canto direito de Cavalieri, marcando um belíssimo gol, seu segundo no jogo, e garantindo a vitória rubro-negra.

Parecia um clássico que terminaria sem confusões, mas nos minutos finais, os tricolores mostraram-se nervosos demais com a arbitragem. Os jogadores e Abel Braga reclamavam de um pênalti não marcado pela arbitragem, que realmente houve, quando a partida estava 2 a 2. Mas os ânimos dos tricolores estavam muito exaltados, Abel Braga já tinha sido expulso, He-Man esbravejava com o árbitro. Por falar nisso, o homem do apito mostrou uma falta de preparo e de profissionalismo muito grande, ao proferir um empurrão em He-Man. Nas entrevistas pós jogo, os jogadores do Fluminense reclamavam muito da arbitragem, insinuando que ela tivesse favorecido o Flamengo. Lamentável. Um time que foi muito superior dentro das quatro linhas, mostrava ali ser pequeno fora de campo. Não cabia ali atribuir a derrota ao árbitro.

Enquanto o Flamengo foi pequeno na sua maneira de atuar durante a maior parte do jogo, o Fluminense foi pequeno ao não saber assumir a derrota de cabeça erguida,o que seria o natural. Nos acostumamos a ver o fluminense de Muricy Ramalho jogar como time pequeno, mas hoje, o Fluminense perdeu para um grande time, mas que atuou como se fosse do tamanho inversamente proporcional ao da sua imensa torcida.

sábado, outubro 08, 2011

SONÍFERO DE UMA SEXTA-FEIRA À NOITE

Por Danilo Silveira

Assistir os amistosos da seleção brasileira hoje em dia não é algo que dê muito prazer. Quando o duelo é contra renomadas seleções como Itália, França, Alemanha, Argentina, entre outras, ainda dá algum ânimo. Mas quando a nossa seleção enfrenta seleções com menos expressões, fica um fica realmente difícil de ver.

O pior não é somente assistir o jogo e sim saber que os principais jogadores do Brasil estão desfalcando seus clubes no Campeonato Brasileiro. E tem mais. É espantoso constatar que o Brasil enfrenta dificuldades na criação de jogadas e não apresenta um padrão de jogo sequer aceitável.

Os corajosos que ficaram a sexta-feira a noite em casa vendo o jogo entre Brasil e Costa Rica, foram agraciados com um show de lentidão e improdutividade na primeira etapa. E o problema não era a escalação. Ralf atuava quase como um terceiro zagueiro ao lado de Thiago Silva e David Luiz, com Fábio e Adriano como alas. Do meio para frente, Luis Gustavo, Ronaldinho, Lucas, Neymar e Fred. Mas faltava uma ligação, parecia faltar vontade. Aplicada, a Costa Rica adiantava a marcação e fazia coisa melhor que o Brasil quando detinha a posse de bola.

Para a segunda etapa, Mano Menezes lançou Hernanes e Oscar na vaga de Luis Gustavo e Lucas. E os dois foram melhores que seus titulares nesta partida. Oscar apareceu mais que Lucas para o jogo e Hernanes também foi mais participativo que o discreto, mas bom, Luis Gustavo. Nos primeiros minutos da segunda etapa, a Costa Rica resolveu explorar o lado esquerdo de ataque, dando trabalho à marcação brasileira por aquele setor. E Mano Menezes logo se viu obrigado a mexer novamente na equipe. Fábio, que estreava na lateral-esquerda da seleção, deu lugar a Daniel Alves. Neymar, muito marcado, pouco conseguia produzir e parece que aos poucos foi se estressando. Em dois lances quase seguidos, o jogador santista deixou o braço no rosto do adversário, mas só na segunda oportunidade que o árbitro da partida resolveu mostrar o cartão. Se fosse da cor vermelha não teria anda demais, mas ele optou por mostrar o amarelo. E aos 14, Neymar apareceu novamente, mas dessa vez para aproveitar que o goleiro costarriquenho saiu mal e completar o cruzamento de Daniel Alves da ponta direita. Aquele era o gol único da partida.

E o gol conteve os ânimos dos costarriquenhos e deu tranqüilidade para o Brasil. Mano fez mais substituições, tirando Neymar e Fred para as entradas de Hulk e Jonas e sacando Júlio César, machucado, para colocar Jefferson. O fato é que a seleção brasileira construiu muito pouco, mostrou pouca velocidade e raros lances de empolgação. Ronaldinho Gaúcho mais uma vez foi um dos melhores em campo, mostrando bastante vontade.

Mano Menezes está a mais de um ano na seleção brasileira, tem tido bastante amistosos para analisar e montar a seleção brasileira, teve a Copa América, mas parece que no somatório disso tudo, pouca coisa serviu para acrescentar ao futebol brasileiro.

quinta-feira, outubro 06, 2011

EM JOGO EMOCIONANTE, CRUZEIRO E SÃO PAULO MOSTRAM FRAGILIDADES DEFENSIVAS E EMPATAM EM SETE LAGOAS


Por Danilo Silveira

Um grande jogo de futebol em Sete Lagoas. Cruzeiro e São Paulo precisavam muito da vitória. Ambos vinham de derrota e o Cruzeiro precisava se afastar da zona de rebaixamento, enquanto o Tricolor paulista necessitava dos pontos para chegar mais perto do topo da tabela. E após o apito final, um empate cheio de gols e emoção: 3 a 3.

Com Roger e Montillo na armação, a equipe do técnico Vagner Mancini tomou a iniciativa da partida, se lançando para o ataque. Mas a primeira grande chance foi da equipe paulista. Aos 8, Jena tabelou com Luis Fabiano pela ponta direita e chutou cruzado com perigo. Porém, quatro minutos mais tarde, o Cruzeiro abriu o placar. Marquinhos Paraná achou Montillo na ponta esquerda, o argentino cruzou rasteiro para Keirisson chegar na frente dos marcadores e estufar as redes são paulinas. E a equipe celeste, apoiada pelo seu torcedor que comparecia em bom número à Arena do Jacaré, jogava bem, com destaque para Montillo, sempre ele! Mas o São Paulo era perigoso. E aos 23, novamente Jean apareceu pela direita e chutou cruzado, com a bola tocando a trave de Fábio. Seis minutos mais tarde, Cícero arrancou pelo meio em velocidade, não encontrou dificuldades maiores para dar um drible da vaca em um marcador, sair na cara de Fábio e driblar o goleiro. Porém, após isso, o jogador resolveu se atirar na área cavando uma penalidade, que erradamente o árbitro Paulo Godoy assinalou. Era a chance de Luís Fabiano marcar seu primeiro gol na volta ao São Paulo, mas Fábio pulou para o canto esquerdo e pegou a cobrança do Fabuloso. E as chances de gol eram criadas pelas duas equipes. Aos 38, Everton chutou de fora, obrigando Rogério Ceni a trabalhar. Pouco depois, Luis Fabiano, que mostrou muita presença de área, deu de calcanhar para Dagoberto, que tocou de cobertura, fazendo a bola ultrapassar Fábio e só ser cortada por Everton.

Após o bom primeiro tempo, as equipes voltavam para a disputa dos 45 minutos finais que foram emocionantes. O São Paulo começou bem melhor, se aproveitando da péssima marcação exercida pelos jogadores cruzeirenses. Aos 11, Vagner Mancini lançou Welington Paulista, que atuava pela primeira vez no segundo turno, já que estava contundido, na vaga de Keirisson. Mas o São Paulo era melhor e Dagoberto começou a ser o destaque da partida, flutuando pelos lados do campo e dando muito trabalho à marcação adversária. Um detalhe curioso é que, no último domingo, o atacante são Paulino deu uma entrada muito forte em jogador do Flamengo e poderia ter sido expulso, mas o árbitro não aplicou o cartão vermelho. Ou seja, Dagoberto teria que estar cumprindo suspensão nessa partida, caso a regra tivesse sido bem aplicada. Voltando ao jogo de Sete Lagoas, aos 14, Luis Fabiano recebeu na área e tocou para Cícero, que pela ponta esquerda, com pouco ângulo, chutou para empatar a partida. Aos 19, nova chance do Tricolor Paulista. Falta cobrada da esquerda, a defesa do Cruzeiro saiu e João Felipe recebeu na direita em posição legal, dominou e rolou para Luis Fabiano completar para as redes em posição duvidosa, acredito que centímetros impedido. Mas logo depois, Dagoberto, o mesmo que deveria estar cumprindo suspensão, arrancou pelo meio, driblou Leo e marquinhos Paraná, não foi alcançado por Welington Paulista, quer acompanhava na marcação, e chutou encobrindo o goleiro Fábio, para marcar um golaço e virar a partida.

Era o Cruzeiro em apuros, chegando à marca de nove jogos sem vencer. Aos 22, Roger deu lugar a Elber. A equipe cruzeirense, atrás no marcador, tentava sair do campo de defesa. E o gol de empate veio aos 26. Falta cobrada na área são paulina, Rogério Ceni saiu mal, a marcação afastou parcialmente o perigo e Charles pegou de primeira para empatar novamente o jogo. Detalhe é que a bola área novamente prejudicava o São Paulo, já que no jogo contra o Flamengo, a marcação esteve muito mal pelo alto. A torcida cruzeirense teve o gostinho de ver o time novamente não se encontrar atrás do marcador, mas somente por cinco minutos. Isso porque aos 31, Dagoberto, o nome do jogo, deu belíssimo lançamento da ponta direita para Juan, que se encontrava no segundo pau. O lateral cabeceou sem dificuldades para recolocar o São Paulo na frente. Vagner Mancini lançou Anselmo Ramon e o garoto teve estrela. Aos 34, escanteio cobrado da esquerda, Everton desviou para o segundo pau e Anselmo Ramon apareceu livre para escorar para o gol. Era novamente a bola aérea traindo o São Paulo e seu plano de assumir a liderança da competição. Aos 43, Adilson Batista tirou Dagoberto e lançou Marlos, porque eu não sei, só se explica em caso de contusão ou cansaço do atacante são Paulino. Aqui não foi dito, mas Rivaldo atuou os 90 minutos, tendo atuação discreta, mas não demonstrando cansaço.

Na verdade, o empate não foi bom para nenhum dos dois. O Cruzeiro segue sem vencer e cada vez mais favorito a freqüentar a Segundona em 2012, enquanto o São Paulo fica cada vez mais distante do título brasileiro.