quinta-feira, setembro 29, 2011

MAGIA? BRUXARIA? FEITIÇO?

Por Danilo Silveira

Aos meus olhos, parece que nenhum time do planeta está preparado para derrotar o Barcelona. Sabe os acasos do futebol, aquelas coisas inesperadas, que acontecem uma vez e nunca mais? Parece que foi isso que aconteceu em 2010, quando a Inter de Milão eliminou o Barcelona na semifinal da Liga dos Campeões.

Fora um desses acasos, o Barcelona não perde. Vou falar aqui que nem os químicos: nas CNTP (Condições Normais de Temperatura e Pressão) o Barcelona passeia e vence quem tiver pela frente. Essa é a verdade. Se formos fazer uma seleção do mundo, esta teria vários jogadores do time catalão. Mas vamos fazer uma com todos os outros jogadores, do Bayern, do Chelsea, do Real Madrid e de quaisquer outros clubes que desejem. Quando essa equipe enfrentar o Barcelona, a equipe espanhola será favorita.

Ver o Barça jogar é algo mágico, fantástico. Parece que Joseph Guardiola é o único no mundo a ter uma chave, que entra em uma fechadura que leva ao “Baú do futebol arte”. Não vi Pelé, não vi Maradona e não vi Garrincha, mas vejo Xavi, Fábregas e Messi. Alías,vejo mais do que isso. Vejo vários atletas formarem um time que vale mais que a simples soma dos seus valores.

Quem vive o futebol sabe o que estou falando. Deveria ser o Barcelona alvo de estudos complexos em faculdades do mundo todo. Como pode, no mundo atual, onde a força e o preparo físico fazem os esportes serem tão equilibrados, um time ser tão superior, tão melhor que os demais?

Muitas vezes me perguntam se é melhor jogar bonito e perder ou jogar feio e ganhar. Eu digo que é melhor jogar feio e perder. Sabe porquê? Porque existe o Barcelona! Porque eu tenho privilégio de ver o Barça jogar e saber o que realmente é jogar bonito. Pode essa equipe espanhola perder as próximas Liga dos Campeões para equipes banais e normais, mas eu quero que o encanto do Barcelona nunca acabe. Quando se vê o Barcelona jogar, pouco importa-se com o resultado. Aliás, esse serve para ilustrar com fidelidade a superioridade dessa equipe. Isso porque quase sempre o Barça goleia. E quando não goleia, pouco importa. O que de fato importa é a arte, a magia e a beleza que esse time tem.

Parece o Barcelona não ter limites. Parece que a quantidade de jogadores de cada posição não fazem diferença. Parece que se o Barcelona resolver jogar sem zagueiros, sem laterais e sem volantes, apenas com meio-campista de criação e com atacante, vai dar no mesmo. Aliás, já se tornou uma prática do treinador, improvisar volantes no meio-campo.

A camisa vinho e azul, usada pelo Barcelona é sinônimo de qualidade. Ao ver um jogador vestindo-a, você já desconfia que ele seja bom. Mesmo sem ele tocar na bola, sem ele fazer nada que o faça ser um bom jogador. A camisa do Barça é uma espécie de selo de qualidade. É incrível!

Parece que se pegarmos todos os jogadores de um time da terceira divisão do Campeonato Brasileiro e deixarmos treinando um ano no Barcelona, todos vão sair de lá craques.

Magia? Bruxaria? Feitiço? Se não é isso, é o que? O que então que o Barcelona tem que os outros não têm. Seja onde for que isso surgiu, o mágico, bruxo, feiticeiro ou qualquer outro ser que criou, o fez com muita propriedade e acertou em cheio na dose.

MANO MENEZES RESOLVEU FAZER O ÓBVIO E DEU CERTO

Por Danilo Silveira

Os fatos fazem as coisas parecerem tão simples, mas Mano Menezes consegue insistir e relutar contra eles. Está certo que o fato é algo indiscutível, algo que é absoluto. Então não posso dizer que é um fato que o Lucas joga mais bola que o Renato Abreu, pois alguém pode discordar e não tenho elementos que comprovem cientificamente essa tese. Então digo que aos meus olhos, isso é um fato. Nada contra o Renato Abreu, que tem suas qualidades, mas para desempenhar a função de criação de um meio-campo, Lucas é bem mais aconselhável. E Mano Menezes parece ter demorado para entender isso.

Há 15 dias o Brasil entrava em campo para duelar com a Argentina, com Ralf, Paulinho e Renato Abreu no meio-campo. Nesta quarta-feira, um quê de sensatez parece ter batido na cabeça do treinador da nossa querida Seleção Brasileira e ele lançou Lucas na vaga do nosso querido Renato Abreu. E aconteceu o natural, o óbvio. Lucas foi muito melhor que o jogador o qual substituía, deu muito mais velocidade e qualidade ao meio-campo do Brasil. E foi no ritmo da jovem promessa são paulina e com os gritos dos torcedores presentes ao Mangueirão que o time escalado por Mano foi para cima da Argentina. Por sinal, no time dos nossos hermanos, algumas mudanças, como Guinazu, Montillo e Viatri na equipe titular.

Mas havia um outro nome em campo, até aqui não citado, que roubou a cena. Trata-se de Cortês, lateral-esquerdo do Botafogo. E ele não chamou a atenção somente pela sua vasta cabeleira, mas sim pelo seu futebol. Aos 12 minutos ele achou Borges (substituto do contundido Leandro Damião), que achou Neymar que chutou para boa defesa do goleiro Orión, da Argentina. E a dupla Neymar-Cortês entendia-se bem pela ponta direita, mas faltava algo mais para seleção, que enfrentava dificuldade para penetrar por dentro da zaga Argentina, que executava uma marcação implacável. E foi aí que Lucas apelou para o talento, fazendo coisa que dificilmente Renato Abreu faria. O jovem arrancou pela ponta direita, trouxe para o meio fazendo fila e abriu na direita para Borges, que centrou deixando Neymar debaixo do poste, mas o craque santista acabou furando e deixando a bola passar.

Tive medo do treinador de seleção de verde e amarelo agora inventar de tirar o Lucas no intervalo, para colocar algum jogador de defesa, ou algo do gênero, mas ele deu prioridade ao futebol bem jogado, coisa que tem feito pouco constantemente. Dessa maneira, o Brasil voltou sem alterações para a segunda etapa, assim como a Argentina. Mais incisivo que no primeiro tempo, o time de Mano começou a apertar a Argentina, que marcava muito bem.Na parte defensiva, Réver fazia boa partida e Dedé nem tanto. Aos 7, o zagueiro do Vasco errou em uma saída de bola e a jogada de ataque dos hermanos terminou em chute de Fernández, muito bem defendido por Jefferson, que fazia sua primeira grande intervenção com a camisa da seleção principal. E essa bola defendida pelo goleiro alvinegro foi para escanteio. E desse escanteio nasceu o gol brasileiro. Bola afastada da área e Cortês teve a calma e tranqüilidade que se deve ter um jogador de seleção para puxar um contra ataque tocando para Borges, que entregou para Danilo que deu um passe excelente para Lucas. E mais uma vez o meio-campista do São Paulo fez algo que dificilmente Renato Abreu faria; ele arrancou pelo meio e finalizou com classe, na saída do goleiro Orión, para marcar o primeiro gol do Clássico das Américas. Nesse instante a torcida brasileira que encheu o estádio Mangueirão e fez uma linda festa comemorou muito. E o tento deu ânimo para seleção. Cortês se destacava pela ponta esquerda, provando que tem condições de vestir a camisa da seleção. Aos 14, o técnico Sabella tirou Canteros e colocou Bolatti em campo; 9 minutos mais tarde foi a vez de Mano Menezes tirar Lucas, o autor do gol, para lançar Diego Souza e pouco depois sacar Borges, com caimbra para a entrada do atacante do Fluminense Fred. Pouco aqui se falou do Ronaldinho Gaúcho, que teve uma atuação discreta, buscando jogo, mas criando poucas jogadas de perigo. E aos 29 minutos de jogo, o segundo gol brasileiro saiu dos pés do melhor jogador em campo. Cortês arrancou pela esquerda e entregou para Diego Souza, que bateu para o meio, Neymar tocou na bola, que bateu no zagueiro e acabou indo para o fundo das redes. Era o Brasil fazendo 2 a 0 no seu maior rival. E antes de encerrar os detalhes do jogo, cabe destacar mais duas belas defesas de Jefferson, que, para mim, já devia ter assumido a titularidade da seleção, quando esta conta também com jogadores que atuam fora do nosso país. Enfim, Mano Menezes conseguiu vencer uma seleção de maior tradição que EUA, Escócia, entre outras.

Escalar o Brasil da maneira que Mano Menezes escalou é, em minha opinião, o certo. Não se trata de ter mérito ou de ter tido uma grande sacada, Mano Menezes fez o mínimo que se espera de um treinador que dirige a Seleção Brasileira. Para completar, ele deveria pediu desculpas aos brasileiros, na televisão, em horário nobre, por ter escalado 15 dias atrás, Ralf, Paulinho e Renato Abreu, juntos, para compor o meio-campo do time que ele dirige.

quarta-feira, setembro 28, 2011

DEPOIS DE 21 ANOS...



Por Danilo Silveira
Foi bonito ver o Napoli voltar a vencer um jogo da UEFA Champions League dentro de casa. Após 21 anos, o ex-time de Maradona voltou à maior competição do planeta. O jogo de estréia foi na Inglaterra, quando o time italiano empatou em 1 a 1 com o Manchester City. E na última terça-feira, jogando no estádio San Paolo, o Napoli derrotou o Villarreal, por 2 a 0, com gols marcados pelo eslovaco Hamsik e pelo uruguaio Cavani.
Provavelmente, muitos dos aproximadamente 78 mil torcedores presentes no estádio, nunca tinham visto o Napoli atuar em uma partida da Champions League de perto. E das arquibancadas vinha o apoio para o time dentro de campo, que correspondia. A equipe comandada pelo técnico Walter Mazzarri iniciou a partida impondo o ritmo de jogo e partindo para o ataque. Um dos trios ofensivos mais eficientes do mundo, formado por Hamsik, Lavezzi e Cavani, ditava as ações. A defesa do Villarreal tentava marcar de forma avançada e tinha dificuldades. E o gol nasceu justamente em bela jogada ofensiva da equipe italiana, ajudada por uma falha coletiva da defesa do time espanhol. Da ponta direita, o argentino Lavezzi achou Hamsik no lado esquerdo da área, por trás de toda a marcação, e o eslovaco finalizou bonito, de primeira, para abrir a contagem para delírio dos torcedores presentes no estádio. E mal foi dada a saída de bola, Lavezzi apareceu em velocidade pela ponta esquerda, invadiu a área e foi derrubado pelo zagueiro Gonzalo: pênalti assinalado e amarelo para o defensor. Cavani tomou pouca distância, partiu para bola e bateu firme, no canto direito do goleiro Diego López, que pulou para o outro lado e não saiu nem na foto. Em dois minutos a equipe italiana havia conquistado uma bela vantagem no marcador. Mas isso não foi motivo para diminuição de ritmo. Atuando com três zagueiros, o Napoli contava com dois laterais, Zuniga pela direita e Dossena pela esquerda, que mais pareciam pontas, já que apareciam de forma constante no campo ofensivo. O Villarreal, por sua vez, pouco criava. Nilmar aparecia de vez em nunca no campo ofensivo, tentando sem sucesso alguma jogada de perigo. Aos 35 minutos, Juan Garrido mexeu na sua equipe, tirando o zagueiro Gonzalo, o mesmo que cometeu a penalidade, para entrada do meio-campista Camuñas. E não demorou para o intervalo chegar.
As duas equipes não trocaram jogadores para a segunda etapa, mas a postura de cada time e o panorama do jogo mudaram por completo. O Villarreal voltou melhor para os 45 minutos finais, muito apoiado pelo seu trio de “c”. Os meias Cani e Camuñas mais o lateral Catalã, davam muito trabalho pelo lado esquerdo do campo ofensivo. Mas os defensores napolitanos postavam-se muito bem no campo defensivo, impedindo assim que a equipe espanhola criasse oportunidades de gol. Vale aqui destacar a aplicação na marcação da equipe italiana. Não era incomum ver o atacante e goleador Cavani no campo defensivo ou então quase no meio-campo dando combate. E o segundo tempo todo teve essa tônica. O Villarreal pouco criava chances de gol enquanto o Napoli não conseguia encaixar um contra-ataque mortal a baseava seu jogo em uma marcação muito aplicada. As entradas de Mascara e Pandev nas vagas de Hamsik e Cavani pouco alteraram o panorama do jogo. Ainda acho que o Napoli poderia ter agredido mais na segunda etapa, pois tem qualidade para isso. Mas o fato é que após um bom primeiro tempo, a equipe italiana foi segura e soube administrar com tranqüilidade o placar, para garantir a primeira vitória na sua volta a UEFA Champions League.
No outro jogo do grupo A, o Bayern de Munique venceu o Manchester City por 2 a 0. Com isso, a equipe alemã é líder do grupo com seis pontos, o Napoli é o segundo com quatro, o City com apenas um é o terceiro e na lanterna o Villarreal não somou pontos ainda.

sábado, setembro 24, 2011

COM DOSES DE SUFOCO, FLAMENGO REENCONTRA CAMINHO DAS VITÓRIAS


Por Danilo Silveira
Era um jogo onde o Flamengo precisa da vitória. Com ou sem futebol bonita, os três pontos se faziam necessários para a equipe espantar a uruca e voltar a sentir o sabor de terminar uma partida na frente do marcador. Dizer que foi fácil seria absurdo, dizer que o Flamengo jogou bem seria tão absurdo quanto, mas o 2 a 1 em cima do América/MG, sem Ronaldinho Gaúcho, fez o Rubro-Negro da Gávea chegar entrar na casa dos 40, atingindo 41 pontos na tabela.
Os quase 10 mil torcedores que compareceram ao frio e gelado Engenhão viram um show de horrores do Flamengo na primeira etapa. Thiago Neves não fazia nem sombra ao Thiago Neves do começo do ano e foi vaiado. Aírton, se não errou tudo, errou quase tudo que fez. Felipe salvou um chute pela direita, mas fez duas lambanças, ao sair errado do gol. Kempes era a figura que mais incomodava o Flamengo e foi dele o primeiro gol, que nasceu em um erro tático grotesco do time carioca. Um contra ataque rápido da equipe mineira pegou a zaga do Flamengo escancarada e a bola chegou na ponta direita e Botinelli acabou cometendo um pênalti infantil, convertido justamente por Kempes. Falando em Botinelli, chegou a dar pena do argentino, que errou tudo que teve direito. E na melhor chance do Flamengo na primeira etapa, ele recebeu na cara do gol, mas deu um peteleco, de primeira, para fácil defesa de Neneca. Aos gritos de “pra jogar no Mengo tem que ter disposição” o Flamengo deixou o campo de jogo para o intervalo.
De mudanças bruscas a equipe de Vanderlei Luxemburgo estava precisando. E o treinador as fez, lançando o jovem Thomás, Deivid e Diego Maurício nas vagas de Botinelli, Jael e Maldonado. Mais ofensivo, o Flamengo contou com o apoio da sua torcida, ansiosa por uma vitória. E o nome do segundo tempo foi Diego Maurício, que imprimiu velocidade ao jogo e dava muito trabalho em campo, sendo caçado pela marcação adversária. Léo Moura também subiu de produção e foi em um cruzamento do camisa 2 que o Flamengo empatou, em cabeçada de Deivid. Foi o suficiente para a torcida cantar ainda mais alto e empurrar o time. O América/MG, por sua vez, continuava com seu jogo, marcando forte e saindo com perigo. O relógio avançava e a apreensão crescia em cada torcedor rubro-negro. Aos 42, Thiago Neves cobrou falta com perigo, defendida por Neneca. E quando parecia que mais um empate estava por vir, Diego Maurício arrancou pela esquerda e após um bate rebate na área, Thiago Neves usou a cabeça para colocar a bola no fundo das redes do América, para dar um pouco de alegria ao torcedor rubro-negro, que vem sofrendo a cada dia com a má fase da equipe.

quinta-feira, setembro 22, 2011

VASCO E ATLÉTICO/GO EMPATAM EM EXCELENTE PARTIDA



Por Danilo Silveira

Depois do épico Flamengo 5 a 4 Santos, foi o melhor jogo que eu vi no Brasileirão. Vasco e Atlético/GO protagonizaram um excelente duelo em São Januário, onde o equilíbrio foi muito grande. Ao final, o empate em 1 a 1 fez jus ao que aconteceu dentro de campo nos 90 minutos. Depois de perder a liderança para o São Paulo, o Vasco conseguiu reconquista-la, mas não com a vitória, como os torcedores queriam.

Com o estádio cheio, a equipe do técnico Cristóvão Borges foi para o ataque em busca do primeiro gol. A primeira boa chance veio com Éder Luiz, que chutou cruzado pela ponta esquerda com a bola passando perto. Mas, se o líder Vasco achou que encontraria um adversário fechado e retrancado, enganou-se. Marcando muito bem e saindo para o ataque de maneira muito organizada, a equipe de Hélio dos Anjos dava trabalho à zaga vascaína, que não contava com o seu principal zagueiro, Dedé. Pela ponta direita, Rafael Cruz aparecia como ótima opção de ataque para o time goiano e foi por lá que o Atlético/GO chegou ao gol. O lateral cruzou na cabeça de Anselmo, que cabeceou bem para marcar seu oitavo gol no campeonato. O Vasco acusou o golpe e passou por um momento crítico na partida. O Atlético/GO se empolgou e quase ampliou em chute de Juninho, defendido por Fernando Prass. Se o lado direito da equipe goiana funcionava bem, o mesmo acontecia com o Vasco. E Fagner deu um cruzamento na medida para Diego Souza subir por trás da marcação e cabecear livre para empatar o jogo. Aliás, Diego Souza, convocado por Mano Menezes para o amistoso contra a Argentina, fazia boa partida, aparecendo bastante para o jogo. O duelo era franco, movimentado e corrido. Falando em corrida, Éder Luis parecia incansável no ataque vascaíno, dando muito trabalho pelo lado direito. E foi justamente pelo lado direito que o volante Rômulo cruzou na medida para Diego Souza novamente cabecear livre, só que dessa vez a bola tocou a trave direita do goleiro Márcio. Após intensos 45 minutos, os 22 jogadores foram para o vestiário para o intervalo.

E para o segundo tempo, Cristóvão Borges sacou um sumido Julinho para colocar Márcio Careca, enquanto Hélio dos Anjos colocou o zagueiro Leonardo na vaga de Gilson. E cinco minutos após a bola rolar, o técnico Vascaíno precisou novamente mexer na equipe, já que Éder Luis saiu contundido. Em seu lugar entrou Bernardo, que mostrou bastante vontade. A verdade é que nos primeiros quinze minutos da segunda etapa o jogo deu uma caída de ritmo, com Márcio careca e Eduardo Costa errando em excesso na equipe vascaína. Mas não demorou para as duas equipes voltarem a apresentar o bom futebol da primeira etapa. Aos 8, após boa jogada de Rafael Cruz, a bola sobrou para Anselmo chutar cara a cara com goleiro vascaíno, que fez boa intervenção. Aos 18, foi a vez de Fagner se machucar e Cristóvão Borges precisou promover sua última mexida, lançando o jovem Allan. Aos 20, uma das melhores chances do Vasco; Bernardo fez bela jogada pela direita, dando um drible da vaca no marcador e cruzou para Diego Souza, que acabou chutando em cima da marcação. Logo em seguida Hélio dos Anjos tirou um sumido Vitor Junior para colocar Hernandez, que foi mais participativo que o seu companheiro. O final do jogo se aproximava e os ânimos ficaram um pouco exaltados e o árbitro precisou mostrar vários cartões em seqüência, por faltas duras. Nada que atrapalhasse o bom jogo que transcorria em São Januário. Um dos maiores trunfos do Vasco, Juninho Pernambucano não estava em um dia inspirado. Ele teve algumas chances em bolas paradas, mas não conseguiu levar muito perigo. Aos 37 minutos, cada time tinha 50% da posse de bola, era a estatística refletindo com clareza o panorama do jogo, muito equilibrado. Aos 42 minutos, Elton veio em disparada pela esquerda e acabou derrubado por Rafael Cruz. Na cobrança da falta, Juninho colocou por cima da barreira.

Um bom jogo de futebol, uma boa atuação das duas equipes, que se continuarem apresentando esse futebol daqui para frente tem boas chances de conseguirem boas coisas nesse Brasileirão.

segunda-feira, setembro 19, 2011

EM CLÁSSICO EQUILIBRADO, BOTA E FLA NÃO SAEM DO EMPATE


Por Danilo Silveira

Pouco mais de 20 mil pessoas compareceram ao Engenhão no último domingo para assistir ao empate em 1 a 1 entre Botafogo e Flamengo. Loco Abreu abriu o placar para a equipe alvinegra, mas Jael saiu do banco de reservas para igualar o marcador. Resultado foi ruim para os dois times.
A partida começou equilibrada, mas logo o Flamengo passou a aparecer com mais freqüência no ataque, com a proposta de fazer a bola rodar, contando com os seus volantes Airton e Willians, que chegavam a frente para ajudar. Porém, o Botafogo estava bem postado na marcação e o Flamengo não conseguia levar muito perigo, e quando levou, o goleiro Jefferson apareceu bem. A aplicação tática e bom posicionamento da equipe de Caio Júnior, logo fizeram o panorama do jogo mudar. Com Maicosuel e Cortês ela ponta esquerda, Felipe Menezes pelo meio, Lucas pela direita, auxiliado pelo incansável Herrera, que caía por aquele setor e Loco Abreu mais adiantado, o Botafogo passou a atacar com mais freqüência e brigar o goleiro Felipe a se tornar o melhor jogador em campo até ali. O arqueiro do Fla começou a aparecer muito bem em várias ocasiões como em chute de fora de Maicosuel, por exemplo. Mas, ironicamente, ele falhou minutos depois. Após cruzamento da direita, Felipe saiu mal e Loco Abreu apareceu por trás de Alex Silva para cabecear para o fundo das redes. Detalhe engraçado foi a comemoração do uruguaio, que ficou parado, com os braços cruzado. Será uma provocação à comemoração feita por Ronaldinho Gaúcho apelidada de "parado na esquina"? A festa da torcida alvinegra contrastava com a torcida rubro-negra, que resolveu apoiar a equipe, que estava em desvantagem. E o Flamengo saiu em busca do ataque, na tentativa de empatar ainda na primeira etapa, porém, o Botafogo era mais organizado em campo e bem aplicado na marcação. Destaque para o argentino Herrera, que vinha até o campo defensivo dar combate. E o argentino protagonizou o lance mais bonito da primeira etapa, ao dar uma linda bicicleta, defendida com dificuldades por Felipe.
Para a segunda etapa, Vanderley Luxemburgo lançou Jael na vaga de Deivid, que não fez uma das suas piores partidas. Mas a estrela de Jael brilhou antes dos dez minutos. O atacante recebeu na área, desvencilhou-se de um marcador e finalizou bem para empatar a partida. Prontamente a torcida rubro-negra, que pedia raça ao time na volta do intervalo, começou a cantar alto no Engenhão e contagiar o time dentro de campo, que ia para cima em busca da virada. Thiago neves começou a aparecer bem, dando qualidade ao passe. O Flamengo passou a jogar melhor que o Botafogo, que acusava o golpe. A equipe de Caio Júnior já não marcava com tanta qualidade e o Flamengo dava pintas que viraria o jogo. E o professor alvinegro não demorou a mexer na equipe, fazendo uma substituição somente explicada em caso de cansaço ou lesão. Caio júnior sacou Herrera e lançou o meia Everton. Acredito que não por causa da substituição, mas o Glorioso equilibrou a partida. Por uma das laterais do campo tínhamos um bom duelo: Cortês x Léo Moura. Mostrando muita disposição, os laterais apareciam como boas opções de ataque para as suas equipes. Até aqui não citei, mas os volantes Airton e Willians não faziam boa partida. Principalmente Airton, que abusava das faltas e pouco acrescentava na parte ofensiva. Luxemburgo talvez tenha percebeu isso e lançou em seu lugar e a melhora foi nítida e instantânea. Caio Júnior, por sua vez, fez mais uma alteração que ao meu ver não se explica. Ele tirou Felipe Menezes e lançou o volante Lucas Zen, ficando assim com um volante a mais e um armador a menos. O jogo ficou abeto no fim, mas nenhuma equipe teve a capacidade e organização para chegar criar oportunidades claras de gol e o empate ficou de bom tamanho, fazendo jus a tudo que aconteceu em 90 minutos em um bom e movimentado clássico.

quinta-feira, setembro 15, 2011

"RALF, PAULINHO E RENATO ABREU" 2

Por Danilo Silveira

63 minutos! Esse foi o tempo que os brasileiros assistiram o meio-campo da seleção de seu país ser formado por “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”. Até que Mano Menezes resolveu lançar Oscar na vaga do meio-campista do Flamengo.

Nos minutos iniciais

de duelo entre Brasil e Argentina, realizado na cidade de Córdoba, um nome apareceu bastante: Boselli. O atacante argentino teve três chances de abrir o placar, e por pouco não o fez. Na mais aguda delas, após uma bela jogada de ultrapassagem pela ponta direita, nas costas do lateral brasileiro Kleber, veio o cruzamento rasteiro e ele chegou batendo à esquerda de Jefferson. Aos 25 minutos, porém, Boselli se machucou e deu lugar a outro atacante, Gigliotti, que tão foi tão bem. Como era de se esperar (pelo menos eu esperava), o meio-campo da Seleção Brasileira formado por “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”, fez o time ficar sem criação. Neymar era a figura que mais aparecia, tentando a todo instante furar a dura marcação Argentina. Aliás, o hermanos mostravam ser um time limitado, porém, bem mais organizado que o Brasil. Durante 45 minutos, a equipe de Mano Menezes deu apenas uma finalização a gol. E ela se deu aos 12 minutos, graças ao talento de Neymar, que recebeu lançamento de Réver, do campo de defesa, dominou, passou por dois marcadores e da ponta esquerda bateu cruzado encontrando Leandro Damião, que quase dentro do gol finalizou, mas por azar viu a bola tocar no poste esquerdo do goleiro Orión, que já estava fora da jogada. Martinez ainda arriscou um chute de fora da área, que passou à esquerda de Jefferson e o primeiro tempo terminou sem maiores emoções.

E para a segunda etapa, Mano Menezes não abriu mão do trio “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”. Mas, mesmo assim, o Brasil melhorou (piorar seria difícil). Pelo menos a equipe de azul e amarelo conseguiu, aos poucos, ocupar mais o campo ofensivo. Porém, nada era criado. Ronaldinho e Neymar tentavam algumas jogadas de lucidez, enquanto “Ralf, Paulinho e Renato Abreu” não faziam nada que um jogador simples e burocrático não faria. Aos 13, o treinador Alejandro Sabella tirou Martinez e lançou Mouche em campo. E só no 63º minuto da partida, Mano Menezes resolveu mexer na equipe, tirando Renato Abreu e colocando Oscar em campo. De fato, o garoto Oscar não foi bem, mas pelo menos não tínhamos mais o meio-campo da Seleção Brasileira formado por “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”. Aos 21 minutos, Ronaldinho cobrou uma falta no meio do gol, defendida facilmente por Orión. Isso nem seria lido aqui, pois foi irrelevante, mas tornou-se importante estatisticamente, já que tratava-se apenas segunda finalização a gol da Seleção Brasileira na partida. E a terceira veio na jogada mais linda do jogo. Pela direita, Leandro Damião deu uma bela lambreta em um jogador argentino, errou o cruzamento e por pouco não fez um golaço por cobertura, mas a bola tocou a trave direita do goleiro. Aos 35, Ronaldinho cobrou outra falta, mas dessa vez com perigo, obrigando o goleiro a fazer boa defesa. Mais um chute de Oscar por cima do gol e foi só. Em 90 minutos, o Brasil finalizou cinco vezes. Para quem gosta de estatística, uma a cada 18 minutos. Ainda deu tempo de ver Casemiro entrar na vaga de Paulinho, mas a surpresa mesmo ficou por conta da não entrada de Lucas na equipe. Durante 63 minutos, a jovem promessa são-paulina ficou contemplando o meio-campo da Seleção formado por “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”. Nos outros 27 eu não sei o que ele ficou fazendo, mas acredito que dentro das quatro linhas estaria fazendo coisa melhor.

quarta-feira, setembro 14, 2011

"RALF, PAULINHO E RENATO ABREU"


Por Danilo Silveira
Hoje, o Brasil enfrenta a Argentina, em um duelo onde as duas equipes só podem colocar em campo jogadores que atuam em seus próprios países. Confesso que pouco sei da Argentina, porém, da Seleção Brasileira, infelizmente eu sei.
Digo infelizmente, pois não me identifico com a convocação feita pelo treinador Mano Menezes, muito menos com o time esboçado pelo mesmo, para ser o titular. Sempre muito educado, muito bem vestido e com um tom de voz elegante, Mano Menezes esboça serenidade e tranqüilidade em suas coletivas. Já no trabalho bruto...
Se seguir o que esboçou, Mano Menezes vai a campo com um meio-campo formado por “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”. Quando assumiu a seleção, Mano adotou um discurso de renovação, falou em mudanças e até fez isso. Logo, ganhou uma grande quantidade de pessoas do seu lado, apoiando, incentivando. Porém, o tempo se passou e o treinador da nossa seleção jogou todo o seu discurso inicial na primeira lata de lixo que viu pela frente. Na verdade, isso aconteceu na Alemanha, quando o Brasil foi enfrentar a seleção daquele país em um amistoso. Ali, Mano colocou um meio-campo formado por Ralf, Ramires e Fernandinho.
Parece, de fato, que o treinador não entendeu o que é dirigir uma Seleção Brasileira. Nada contra o Ralf, o Paulinho, muito menos o Renato Abreu. Mas Thiago Neves, Oscar e Lucas, não podem ficar do banco de reservas contemplando um meio-campo com “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”. Elkeson, Maicosuel, Roger, Rivaldo, entre outros, não podem ficar no Brasil, contemplando o país ser defendido por um meio-campo formado por “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”. Não é justo com a população brasileira. Não importa o que aconteça no jogo, se Mano Menezes entrar com esse meio-campo, estará indo contra as características do nosso futebol, contra a beleza do futebol, e pior que isso, contra tudo aquilo que ele havia defendido em outro momento.
Muitas vezes o erro acontece durante a partida, mas, triste é ver quando um erro acontece antes da partida, e justamente com a Seleção Brasileira. Aliás, essa seleção está banalizada há algum tempo no futebol. Muitos alegam que a safra não é boa, ou que não têm surgido talentos. Os defensores dessa teoria não devem assistir futebol com freqüência, ou, do contrário, pensam de uma forma totalmente oposta a minha. Ganso, Neymar, Oscar, Lucas, Casemiro, Dudu, Bruno Uvini, Rafael Galhardo. De que estamos falando, se não de grandes promessas? Claro que pode-se contestar um nome ou outro desses citados, mas, duvido que algum leitor desse texto não goste do futebol de nenhum desses jogadores.
O tal problema de safra ou ausência de novos talentos, servem apenas para maquiar aquilo que não é possível de se maquiar. Aquilo que salta aos olhos de todo mundo e só quem não quer não enxerga. Faça a seguinte reflexão: pare um minuto e pense que o meio-campo da Seleção Brasileira está sendo formado por “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”. Eu fiz essa terapia e o resultado não foi bom. Cheguei à conclusão que a “Era Mano” não anda bem das pernas. Obviamente, não é pior que a “Era Dunga”, mas, do jeito que as coisas andam, sabe Deus para onde estamos caminhando.
Mas, numa terra onde Muricy Ramalho é considerado um técnico bom e chega a ser cogitado para assumir a seleção, fica evidente que uma vitória do Brasil em cima dos hermanos, fará as pessoas esquecerem que o meio-campo da seleção foi formado por “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”.

segunda-feira, setembro 12, 2011

PANE ALVINEGRA!


Por Danilo Silveira

Depois de um momento mágico vivido na última quarta-feira, com o Engenhão lotado e uma goleada em cima do Ceará por 4 a 0, o Botafogo sentiu o amargo sabor da derrota após cinco jogos. E foi um revés feio. Um acachapante 5 a 0 para o Coritiba, no Alto da Glória.

A partida começou bem equilibrada, com o Coxa tentando explorar o lado direito de ataque, onde Cortês e Everton ajudavam na marcação. Mas foi em chutes de fora da área que a equipe paranista conseguiu levar mais perigo à meta alvinegra. Meta essa defendida por Jefferson, que fazia uma partida espetacular, conseguindo boas intervenções nesses chutes de longa e média distância. O Botafogo, por sua vez, até atacava e contava com Elkeson, um pouco estabanado hoje, tentando criar as jogadas, Maicosuel, por conta de uma amagdalíte, era desfalque e cedeu lugar justamente para Everton. A melhor chance do Glorioso aconteceu em uma boa jogada de Renato, que abriu na direita para Abreu, que finalizou por cima da meta adversária. Se na frente quase fez a jogada do gol da sua equipe, o volante Renato manteve a meta alvingera sem ser vazada quando tirou quase em cima da linha uma cabeçada do zagueiro Emerson, após escanteio da direita. E foi em uma jogada muito parecida que a apaixonada torcida coritibana soltou o grito de gol. Escanteio cobrado pela direita e Emerson, livre de marcação no segundo pau, cabeceou para abrir o marcador, aos 42 do segundo tempo.

E a segunda etapa começou sem alterações, com o Coxa não se encolhendo, ampliando aos 9, em pênalti inexistente. Pela esquerda, Bill driblou Jefferson e foi ao chão; pode-se perceber que o goleiro toca com o joelho no atacante, mas no movimento normal do lance. Marcos Aurélio cobrou no meio e fez 2 a 0. A aprtir daí o Botafogo se perdeu de vez; Alex e Felipe Menezes ainda entraram no decorrer do jogo, mas a tarde era mesmo coxa-branca. Nas chegadas do Glorioso, Vanderlei aparecia para evitar e nas chegadas do Coxa, o gol saia. Aos 20, após cobrança de falta da esquerda, Bill, de forma meio esquisita, completou para as redes. Aos 35, a equipe do técnico Marcelo Oliveira entrou tabelando pela área e Marcos Aurélio serviu Rafinha, que só escorou para as redes. A zaga do Botafogo estava completamente perdida e quando Gustavo literalmente bateu cabeça com Fábio Ferreira, Everton Costa, que havia saído do banco de reservas, fez o quinto gol, para fechar a conta.

sábado, setembro 10, 2011

UM BAILE COM A ASSINATURA DE AGUERO


Por Danilo Silveira

Tive a oportunidade e o prazer de ver o Mancheter City jogar na manhã deste sábado, dia 10 de setembbro. Apesar de ter a base do time do ano passado, a equipe apresentou uma forma de jogar totalmente diferente, que até então, eu não tinha visto. Uma equipe rápida, veloz, eficiente, objetiva e, principalmente, focada na ofensividade.

Com tudo isso, a equipe venceu, em casa, o Wigan, por 3 a 0, e segue 100% na Premier League. Aguero foi o nome do jogo, marcando todos os gols. Uma verdadeira Blitz nos minutos iniciais e o trio ofensivo formado por David Silva, Tevez e Aguero funcionava muito bem. O primeiro gol saiu justamente com a participação desses três homens. Tevez fez bela jogada pela esquerda, tocou para David Silva, que serviu Aguero; o argentino teve calma e tranqüilidade para finalizar no canto direito do goleiro. A equipe do Wigan, por sua vez, tentava sair jogando, explorando o atacante Di Santos, que eprdeu dois gols na primeira etapa, chutando uma bola para fora e vendo o goleiro Hart praticar uma boa defesa. Mas o dia era mesmo do City, que podia ter ampliado aos 18, mas Tevez acabou perdendo um pênalti, defendido pelo goleiro Ali Al Habsi. Mas duas grandes chances na primeira etapa. Kompany cabeceou na trave após escanteio e Richards carimbou o travessão após enfiada de bola de Tevez.. Com placar mínimo e futebol bonito do City, a partida chegou ao intervalo.

Nos 45 minutos finais, o City continuou com a mesma pegada. Além do trio ofensivo, Johnson aparecia pela direita como boa opção e a equipe da casa encurralava o adversário, vivendo momentos de Barcelona em campo. Aos 15, Roberto Mancini trocou Tevez por Nasri e o inglês entrou muito bem. E o nome de Aguero ainda apareceu duas vezes atrelado à palavra gol. No mais bonito deles, Yayá Tourre tocou para David Silva, que deu de letra para Nasri, que deixou o argentino na cara do gol, para empurrar para o fundo das redes.

Que nem um carrossel, envolvente e bonito, o Manchester City é o meu favorito para conquistar o Campeonato Inglês da temporada 2011-2012. E na Champions promete dar muito trabalho.

sexta-feira, setembro 09, 2011

NOITE DA FIEL E DOS DITADOS


Por Danilo Silveira

No tão esperado duelo entre Corinthians e Flamengo, melhor para o Timão. Em um jogo pegado, mordido, com cara de decisão, a equipe do Parque São Jorge conseguiu a virada com dois gols de Liédson.
A apaixonada torcida do Corinthians deu um show à parte. Em um Pacaembu fervendo, cantando alto, o Corinthians começou o jogo imprimindo uma pressão muito forte em cima do Flamengo, que ficou acuado, sem conseguir sair. A primeira grande oportunidade de gol veio em um chute de fora de Paulinho, defendido de maneira espetacular por Felipe. Pouco depois, o arqueiro rubro-negro fez bela defesa em cabeçada de Liedson, mas já havia sido marcada a posição irregular do atacante corintiano. Pressionado, o Flamengo mal conseguia passar do meio-campo, a não ser na base dos chutões para frente. Aos 26, uma das raras chances do Flamengo veio em um chute de Thiago Neves pela ponta esquerda, que Júlio César defendeu. Mas as coisas no futebol nem sempre seguem uma lógica em que o melhor em campo está à frente no placar. E após um escanteio cobrado da esquerda por Ronaldinho, Ralf não conseguiu tirar, desviou para o segundo pau e a bola chegou em Deivid, que completou para as redes corintianas e não pagou o mico de perder mais um gol feito nesse Brasileirão. Mas, de se elogiar mesmo não era a atuação rubro-negra e sim a torcida corintiana. Mesmo com a equipe atrás, a Fiel não parava de cantar e apoiar o time, que correspondia dentro de campo. O gol até fez o Flamengo dar uma tímida melhorada e equilibrar o jogo, até que o apito final da primeira etapa soou.
Veio a segunda etapa e o Corinthians partiu em busca do resultado que lhe garantiria a volta à liderança, isto é, a vitória. Aos 11, Tite tirou Jorge Henrique e lançou Willian na equipe. Aos 14, Chicão cobrou falta e Felipe ficou olhando a bola caprichosamente beijar o travessão. A inoperância do Flamengo era algo nítido. A essa altura era rezar para o jogo terminar 1 a 0, pois difícil seria marcar o segundo gol. Aos 15 minutos, uma cena lamentável: o zagueiro Gustavo, do Flamengo, deu um soco na barriga de Liedson. A arbitragem da partida não viu e o lance passou impune. Se na primeira etapa Ralf cortou mal e a bola chegou em Devid, aos 17 da segunda etapa, Willians não conseguiu afastar uma bola pelo alto e acabou dando um passe para Liedson, que precisou finalizar uma bola muito mais difícil do que a que Deivd concluiu na primeira etapa, para empatar a partida no Pacaembu. Pouco depois, Sheik quase virou o jogo em uma cabeçada defendida por Felipe, o melhor jogador do Flamengo em campo.O Rubro-Negro até melhorou após o gol adversário, quase marcando ficando à frente do palcar novamente em chute da Thiago neves após passe de Devid, mas a bola desviou e foi para escanteio. Os erros individuais da equipe de Vanderley Luxemburgo eram grotescos. Leo Moura saiu jogando mal e colocou a bola em lateral, Thiago Neves não conseguiu dominar um simples passe, Willians errou passe de um metro e Deivid foi inoperante novamente. Enquanto isso, Luxemburgo assistiu a tudo do banco de reservas, até certo momento, quando resolveu mexer duplamente na equipe, sacando Thiago Neves (que caiu de produção na segunda etapa) e Maldonado (que voltou de contusão nesta partida), para as entradas de Botinelli e Muralha. Mais organizado, mais compacto, o Corinthians buscava a virada. Aos 36, Felipe novamente salvou o Flamengo, dessa vez em chute de Willian pela direita. Aos 37, Tite lançou Weldinho e Danilo, sacando Alessandro e Alex. E o ditado “água mole em pedra dura tanto bate até que fura” fez valer no Pacaembu aos 44 minutos, quando Sheik abriu bola para Willian nas costas de Junior César, Welinton tentou cobrir, não conseguiu e o atacante corintiano cruzou para Paulinho, que desviou até a bola encontrar Liedson, que completou para as redes.
Ao Flamengo, resta lembrar um outro ditado: que seja eterna enquanto dure, porque a boa fase da equipe acabou faz algum tempo.

quinta-feira, setembro 08, 2011

UMA DOSE DE PAZ NAS LARANJEIRAS


Por Danilo Silveira

Depois de um momento turbulento, a paz parece voltar às Laranjeiras. Na noite da última quarta-feira, a equipe de Abel Braga foi até Uberlândia e venceu o Cruzeiro, por 2 a 1, chegando à sexta posição do Campeonato Brasileiro.

Se o Fluminense fez uma grande partida? Não. O Tricolor jogou bem o primeiro tempo, o início do segundo, mas depois, viu o Cruzeiro crescer e quase empatar. Falando em Cruzeiro, a equipe celeste não anda bem das pernas. Um time diferente daquele que fez um excelente primeiro semestre sob comando de cuca. Hoje, a equipe, dirigida por Emerson Ávila, esteve cheia de desfalques e mostrou-se totalmente dependente do argentino Montillo, que a cada dia que passa mostra ser um craque. A zona de rebaixamento começa a flertar com o Cruzeiro, que parece estar se empolgando com a idéia de frequenta-la.

Na primeira etapa, Fred fez um gol de pênalti, sofrido por ele mesmo. E pouco depois o artilheiro tricolor poderia ter cobrado outra penalidade, mas dessa vez o árbitro da partida ignorou. Arrojado, o Tricolor das Laranjeiras foi para cima, aproveitando-se da desorganização do Cruzeiro, que sofria para trocar três passes certos.

Na segunda etapa, um nome apareceu para mudar um pouco o panorama do jogo: Roger. O meia cruzeirense foi para o jogo e nitidamente deu um toque de qualidade ao time. Mas, foi o Fluminense quem chegou ao gol. Após um cruzamento da direita, Marquinho tocou para o fundo das redes. Atrás no placar, o cruzeiro veio para cima e diminuiu com um belo gol do argentino Montillo. Abel Braga resolveu fechar sua equipe, tirando Lanzini e Ciro para as entradas de Rafael Sóbis e Digão. O Cruzeiro tomou conta do campo ofensivo nos minutos finais, mas pouco foi criado. A dependência que o Cruzeiro tem de Montillo deve tirar cada dia mais o sono dos cruzeirenses, que devem até hoje ter bons sonhos com o time do primeiro semestre e fortes pesadelos com o atual futebol que a equipe vem apresentando

O fato é que o Fluminense venceu a terceira seguida e já encostou no pelotão da frente, inclusive passando o Palmeiras, que empatou fora de casa com o Atlético/PR. Não acredito que o Tricolor Carioca consiga muita coisa no Brasileirão, mas o fantasma do rebaixamento parece ter ficado bem distante. Diferentemente do Cruzeiro, que dos últimos três jogos perdeu dois e empatou um, sendo que as duas derrotas foram atuando em Minas Gerais, e agora, enfrenta o Santos fora de casa, e já deve pensar em conquistar pontos para terminar 2011 sem sustos.

segunda-feira, setembro 05, 2011

FESTA BAIANA NO ENGENHÃO

Por Danilo Silveira

Até o jogo contra o Bahia, eu negava que o Flamengo estava em má fase. Para mim, tratava-se apenas de um período pequeno de falta de sorte, misturado com algumas atuações não convincentes, mas acreditava que nada de proporções grandes. Porém, após o jogo contra os baianos, no Engenhão, não vou titubear em falar que o Rubro-Negro está em péssima fase.

Uma atuação pavorosa. A equipe de Vanderlei Luxemburgo mais pareceu um bando dentro de campo e conseguiu tomar três gols em apenas 45 minutos. Dois deles de bola parada, aliás, fato que vem tornando-se corriqueiro na equipe carioca. Nem aquela vontade, marcante em times do Flamengo, pôde-se ver. Um time lento, apático, que foi presa fácil para um Bahia bastante organizado.

Botinelli inexistiu, Thiago Neves ainda está mal, Léo Moura não foi bem e acabou substituído por Fierro. Até Willians não foi bem. Júnior César e Renato foram os que salvaram e o goleiro Felipe pouco teve o que ajudar.

Mas a sorte continua a ajudar o Flamengo. Talvez sorte misturada com incompetência alheia. Corinthians, Vasco e companhia não conseguem distanciar-se muito na tabela e as chances são dadas ao Flamengo, que segue quatro pontos apenas atrás do líder Timão. Se abrir o olho, se melhorar, o Flamengo tem muitas chances de ser campeão brasileiro, mas, se continuar desse jeito, acho difícil e até a vaga na Libertadores fica ameaçada.

sábado, setembro 03, 2011

A DANÇA DAS CADEIRAS


Por Danilo Silveira


A dança das cadeiras dos técnicos da Série A esteve a todo vapor durante esta semana. Primeiro, na quinta-feira, Renato Gaúcho deixou o Atlético/PR e na última sexta-feira, quase simultaneamente, Joel Santana e Renê Simões foram desligados de Cruzeiro e Bahia respectivamente.

Não é de hoje a política dos clubes de demitir técnicos “à torta e à direita”. Não é tão fácil um profissional começar e terminar um Brasileirão como treinador da mesma equipe. Sou contra essa política, mas, vivendo o futebol brasileiro constantemente, cabe a mim analisar cada caso.

Renato Gaúcho chegou ao Furacão para substituir Adilson Batista, que fazia péssima campanha no Brasileirão. O Atlético de Renato fez boas partidas, conseguiu resultados positivos e parecia estar no caminho certo. Mas, segundo informações dos grandes veículos, Renato não estava satisfeitos com algumas situações internas e acabou pedindo demissão após a derrota para o Atlético/MG. E o Furacão já tem um novo técnico, trata-se de Antônio Lopes, que fugiu do rebaixamento com a equipe em 2010.

Já Renê Simões, conseguiu fazer boas partidas no Bahia, mas a falta de resultados positivos, principalmente em casa, fizeram a torcida se revoltar e pressionar o treinador, que não resistiu ao empate com o lanterna América/MG. dentro de casa.

O caso de Joel Santana é mais complexo. Joel assumiu o cruzeiro após a saída de Cuca, que deixou um trabalho fantástico, um time bom e com esquema de jogo envolvente, mas que não havia vencido nas cinco primeiras rodadas do Brasileirão. Joel chegou e logo começou a vencer seguidas partidas e se aproximar dos líderes, porém, resultados ruins começaram a aparecer novamente. Mas o caso de Joel parece ir além dos resultados. O Cruzeiro, do Cuca Para o Joel, mudou da água para o vinho. A equipe que tanto encantou o país no primeiro semestre, sumiu, desapareceu. O estilo do “papai Joel” podia ser visto no Cruzeiro. Aquele joguinho feio, fechado, que pouco tem a acrescentar ao futebol. E quem mais sofreu com isso foi o Cruzeiro. Devem, nesse momento, os cruzeirenses estarem sentindo imensa falta de Cuca. E sendo bem sincero, acredito que Cuca também está sentindo falta do Cruzeiro.

Posso estar errado, mais daqui para o fim do campeonato, creio que muitas demissões de treinadores ainda acontecerão, mas não me arrisco a dizer quais. Falando e treinador, nunca é demais deixar mais uma mensagem de apoio:

FORÇA RICARDO GOMES!!!