domingo, maio 29, 2011

EM ENGENHÃO GELADO, BOTAFOGO CONSEGUE VITÓRIA FRIA DIANTE DO SANTOS.

Por Danilo Silveira

No último sábado, dia 28 de maio, o Barcelona encantou o mundo mais uma vez, com seu futebol vistoso, belo e de resultado. Após a partida que decretou o título do maior torneio europeu para os catalães, me dirigi até o estádio João Havelange, o Engenhão. Lá o Botafogo enfrentava os reservas do Santos, buscando a primeira vitória no Brasileirão. Um pouco mais de 8 mil espectadores estavam no estádio para acompanhar a estréia de Elkerson, que teve atuação discreta, com a camisa do Alvinegro Carioca. Fazia muito frio nas arquibancadas e o os times em campo apreciam fazer muito pouco para esquentar os torcedores.

Gol de Fábio Ferreira coloca Bota na frente.

A partida começou equilibrada, com as duas equipes tentando chegar ao ataque. Mas isso não significa que a partida tivesse um bom ritmo. A baixa temperatura da cidade do Rio de Janeiro parecia estar fazendo com que as equipes não acelerassem o jogo. O Santos teve uma bela chance de abrir o placar ainda na primeira metade da etapa inicial. Cruzamento da esquerda, Antônio Carlos falhou e Keirrison teve a chance, mas chutou à direita do goleiro Jefferson. E a torcida do Botafogo pôde comemorar aos 35 minutos, quando em jogada na área, Fábio Ferreira completou para as redes, inaugurando o placar no Engenhão. Isso foi o que basicamente aconteceu na primeira etapa, e é possível destacar Maicosuel e Cortês, os melhores em campo com a camisa alvinegra.

Sem emoções, segundo tempo se arrasta e bota garante vitória.

Para a segunda etapa, Muricy Ramalho promoveu duas substituições, tirando Allan Patrick e Tiago Alves para as entradas de Rychely e Maikon Leite. O jogo recomeçou no mesmo ritmo do primeiro tempo. O tempo se passava e do assento do Engenhão dava para sentir um vento gelado e o sono começava a bater. Nada de bom acontecia, Jefferson e Aranha eram quase que espectadores. O tempo passou até que Caio Júnior resolveu mexer, tirando Alex e Everton para as entradas de Caio e Cidinho. E este segundo entrou bem, buscando o jogo, finalizando uma bola próximo à meta de Aranha. Aos 30, a torcida do Botafogo gritou o nome do estreante Elkerson, que saía para a entrada de Thiago Galhardo. Pouco depois, Muricy lançou Roger na vaga de Charles. Pouco antes do apito final um chute cruzado que passou próximo ao gol de Jefferson evitou o empate e o Botafogo saiu de campo sem encantar, sem jogar bem, mas com três pontos no bolso.

MESSI ENTRA EM CENA, DITA O RITMO DO ESPETÁCULO E APRESENTA ALGO INÉDITO ATÉ ENTÃO AOS INGLESES.

Por Danilo Silveira

Aproximadamente às 17h35m, horário de Brasília, Van Der Saar dava seu último chute em uma bola de futebol como jogador profissional. Após esse fato, o árbitro húngaroViktor Kassai dava o sopro do merecimento. Ele apitava decretando o final da decisão da UEFA Champions League, quando o placar apontava 3 a 1 para o Barcelona, a melhor equipe que eu já vi jogar.

Logo as cortinas se abrem e o espetáculo começa.

O jogo ofensivo do Manchester durou cerca de 10 minutos, tempo esse que a equipe inglesa jogava no campo de ataque tentando sufocar o Barcelona. E nesse tempo, uma única chance que eu destaco, quando Van Der Saar lançou Rooney do campo defensivo e Valdéz saiu para evitar que o Sherek chegasse até a bola. Mas logo as cortinas se abriram, os atores principais chegaram e a sirene decretou o começo de um espetáculo. A primeira grande cena protagonizada por esse elenco foi quando Villa abriu na direita para Xavi, que cruzou para Pedro Rodríguez se antecipar e finalizar no canto direito. E nos minutos iniciais, Villa começou a se destacar atuando muito bem. Ele arriscou duas vezes, aos 19 e aos 20 minutos, mas não obteve muito sucesso. Em muitas peças, as cenas de maiores emoções chegam quando vai se aproximando o final, mas como bom diretor, Pepe Guardiola preparou bem o espetáculo de hoje, e aos 27 minutos, Xavi deu bela enfiada de bola para Pedro tocar para o fundo das redes. Era os atores espanhóis fazendo 1 a 0. O inesperado também faz parte das peças bem feitas, e quando esse que vos escreve menos imaginava, Rooney apareceu tabelando com Giggs e chutando para as redes de Váldez, deixando tudo igual no marcador. A peça continuou naturalmente e aos 43, o protagonista apareceu. Lionel Messi deu uma caneta desconcertante em Vidic, avançou e abriu na direita para Villa, que tentou voltar a jogada para o personagem principal, que não conseguiu alcançar. Com 45 minutos de espetáculo, um apito decretou que os atores descansariam por 15 minutos.

Um final feliz de uma bela peça teatral.

Parece que a pausa fez a peça voltar até mais animada que antes. Com oito minutos após a volta do intervalo, o protagonista resolveu fazer a platéia levantar. Ele recebeu de Iniesta e chutou de fora da área, uma bola defensável, que Van Der Saar não conseguiu parar, e a redonda morreu nos fundo das redes. Pela primeira vez Messi apresentava essa cena em território inglês. Ainda estava no script o argentino correr até a placa de publicidade, dar um chute nela e vibrar muito com o público. Alex Ferguson mexeu, tentando dificultar as coisas para os atores principais, tirando Fábio para entrada de Nani. O elenco inglês merece todo o respeito, mas hoje digo que eles eram meros codjuvantes, o evento principal, a peça mais esperada, era a dos espanhóis. A sintonia atores-plateia era perfeita. Muita cantoria, muitos pulos e bandeiras ditavam o ritmo e o astral. E os atores não deixavam quase um sequer minuto o público sem uma cena de emoção. Aos 23, Busquets, um ator que aparece menos, mas que desempenha um papel importante, tocou para David Villa, que acertou o canto esquerdo alto de Van Der Saar e marcou o terceiro. Um sumido Carrick deu lugar a Scholes no elenco inglês. Mas isso pouco era notado e pouco influenciava no resultado final da coisa nesse momento. Os espanhóis ali já tinham mostrado um espetáculo aos ingleses, com diversas cenas até então inéditas. O que viesse dali em diante era bônus. Os ingleses lutavam bravamente para tentar chamar a atenção do público e roubar a cena, mas era impossível. Nos minutos finais, o diretor Guardiola tirou os personagens Villa, Daniel Alves e Pedro, substituindo-os por Keita, Puyol e Afellay respectivamente. As cortinas se fecharam e o mundo todo pôde ver um desfecho feliz. Sorte daqueles que viram ao vivo, azar daqueles que não viram. Ver pela tevê já me fez ficar muito feliz!

Todo bom diretor prepara um algo mais, uma volta do elenco ao palco para fazer mais alguma cena com o público, mostrar alguma cosia interessante a mais. E a surpresa já parecia estar preparada. Um dos personagens principais, Xavi entregou a braçadeira de capitão para Abidal, ator que recentemente precisou fazer uma cirurgia para extrair um tumor do fígado e mostrando superação voltou a encenar com o grupo espanhol. E Abidal, com a faixa de capitão, ergueu o troféu que decretava que aquele elenco era o vitorioso. Aquele elenco tinha hoje o direito de comemorar, e muito. Aquele elenco, o melhor que eu já vi na minha vida, carimbava mais uma vez o seu nome na história do futebol mundial!

sábado, maio 28, 2011

ÚLTIMA ESTAÇÃO: CORITIBA.


Trem-Bala vascaíno atropela o Avaí em plena Ressacadae decide a final da Copa do Brasil contra o Coritiba.

Por Vitor Rangel

O Vasco entrou em campo nesta quarta-feira precisando fazer, pelo menos, um gol para buscar a sua classificação após o jogo de ida, em São Januário, ter terminado em 1 a 1. Para isso, o técnico Ricardo Gomes contava com a capacidade de seu quarteto ofensivo, que precisava jogar bem para conseguir cumprir a difícil missão de eliminar o Avaí no estádio da Ressacada. E para felicidade geral da nação cruzmaltina, Felipe, Éder Luís, Alecsandro e Diego Souza, em noite inspiradíssima, não tomaram conhecimento e venceram os catarinenses por 2 a 0. E poderia até ser uma goleada, caso o goleiro Renan não fizesse algumas boas defesas. Os vascaínos, que viram Marcinho Guerreiro tirar uma bola em cima da linha na partida de ida com um minuto de jogo, temiam a possibilidade desse gol fazer falta ao final do segundo duelo entre as equipes. Mas, desta vez, também no início do jogo, a cabeça de um jogador do Avaí acabou ajudando o Vasco. Com apenas 3 minutos de jogo, Revson cabeceou contra o próprio gol após falta cobrada por Felipe. Logo no início da partida, a vantagem do Avaí não existia mais. Quem esperava um Vasco recuado, tentando os contra-ataques para fazer o segundo gol, se enganou. Com a escalação de Eduardo Costa no lugar de Felipe Bastos, que teve atuação apagada no primeiro jogo, Felipe teve mais liberdade para a criação de jogadas. O Maestro, ao lado de um Diego Souza que fez sua melhor partida no ano, envolveram até com certa facilidade a defesa do Avaí, que tinha três zagueiros e dois volantes, até Silas trocar Acleisson por Rafael Coelho aos 30 minutos de jogo. O time da casa tentava, mas não conseguia criar jogadas esbarrando no excesso de nervosismo, diferente do que foi visto na partida contra o São Paulo, onde o Avaí também sofreu um gol logo no início do jogo, mas conseguiu ter calma e competência para fazer três gols. E, enquanto os catarinenses batiam cabeça, o Vasco chegava com perigo, e o segundo gol saiu. Aos 35, Alecsandro buscou a bola no meio campo, tabelou com Éder Luís e carregou a bola até o momento certo. Ele acertou passe milimétrico e Diego Souza, com categoria, encobriu o goleiro Renan. 2 a 0 para os visitantes e, agora, o Avaí precisava virar o jogo. O time de Silas ainda acertou uma bola na trave em chute de Julinho antes do fim do primeiro tempo, mas foi um dos raros momentos de apagão da defesa vascaína. No segundo tempo a história do jogo pouco mudou. A defesa dos comandados de Ricardo Gomes, que contava com Dedé, Anderson Martins e Eduardo Costa totalmente atentos, dava pouquíssimo espaço para o ataque avaiano. Enquanto isso, o Vasco chegava ao ataque com perigo, acertando a trave em chutes de Diego Souza e Ramon. O técnico vascaíno precisou substituir o próprio lateral esquerdo e Éder Luís, que saíram com problemas musculares, mas não devem ficar de fora da primeira partida da final. O Avaí tinha vontade, mas pouco conseguia criar. O Vasco fazia o tempo passar e ouvia o grande número de vascaínos presentes na Ressacada gritar olé a cada troca de passe. O placar do fim do primeiro tempo se manteve e os integrantes do Trem-Bala enfrentam, na decisão da Copa do Brasil, o Coritiba, que eliminou o Ceará na outra semi-final. Dois grandes jogos (O primeiro em São Januário, dia 1º de junho, e o segundo no Couto Pereira, no dia 8) decidirão quem será o campeão inédito da Copa do Brasil

domingo, maio 22, 2011

TIME DE GUERREIROS OU TIME SEM VERGONHA?



Por Danilo Silveira

Dia 28 de abril de 2011. Antes da bola rolar para Fluminense e Libertard em jogo válido pelas oitavas-de-final da Taça Libertadroes, a torcida tricolor exibe um grande mosaico no estádio do Engenhão com uma única palavra: GUERREIROS. Aqueles jogadores que representavam o Fluminense Futebol Clube formavam o chamado “time de guerreiros”. E a vitória daquele dia fez a torcida sair feliz do estádio. Porém, na semana seguinte a derrota no Paraguai eliminou o Fluminense da competição. Até aí nada demais.

Hoje, dia 22 de maio de 2011, menos de um mês após a exibição do belo mosaico a torcida do Fluminense estava em São Januário para acompanhar a estréia da equipe no Brasileirão 2011, diante do São Paulo. Aos 40 minutos da segunda etapa, a equipe perdia por 2 x 0 e os gritos de “time sem vergonha” eram escutados. No mínimo uma piada. Quer dizer que o tão famoso time de guerreiros virou time de sem vergonha?

Vergonha não é a equipe do Flu e sim o fato proporcionado hoje pela torcida no estádio. Onde está a lógica no futebol? Onde está a coerência? O Fluminense levou sim um baile do São Paulo, regido por Dagoberto e Lucas, que bagunçaram a zaga tricolor. Mas isso é motivo para um time receber outro rótulo, diferente daquele exposto de maneira tão bela ao público no Engenhão? Vai entender... São essas cosias que as vezes desanimam no futebol.

Deco ainda teve chance de mudar essa história, aos 27 minutos, mas ele completou pra fora o cruzamento de Mariano. E a festa São Paulina começou quando Casemiro deixou Dagoberto na cara do gol, o atacante chutou e abriu a contagem. A estréia do atual campeão Brasileiro não era das melhores, mas os gritos de “burro, burro” para Enderson Moreira quando ele tirou Deco de campo não se justificam. O mesmo comandante que colocou o Flu nas oitavas da Libertadores, o mesmo que dirigia o time de guerreiros, alías, que agora virou time de vergonhosos.

Nada pode me garantir que os torcedores presentes na partida contra o Libertad eram os mesmo dos presente hoje em São Januário, mas a história de oscilações emocionais da torcida do atual campeão Brasileiro vem de muito antes. Em 2008, o “eu acredito” ficou famoso. Depois de perder no Equador o primeiro jogo da final, a torcida abraçou os jogadores, lotou o treino e fez talvez a maior festa que eu já tenha visto na história do Maracnã. Poucos meses depois, a mesma torcida estava fazendo no Maracanã o “enterro da equipe”, levando caixões com o nome dos jogadores. René Simões teve a missão de salvar a equipe do rebaixamento, com apoio de quem? Da torcida, é claro. Em 2009, um novo abraço da torcida ao time, quando Cuca salvou a equipe do rebaixamento. E a história de amor acabou novamente agora. Depois do título Brasileiro, onde tudo eram flores, a torcida vaia os mesmos jogadores, o mesmo elenco praticamente que ganhou o Brasileirão. Lamentável!

Lucas, que nada tinha a ver com isso, fez um carrossel nos jogadores de marcação pela esquerda e chutou para marcar o segundo gol do São Paulo. O Fluminense parecia um time fantasma hoje, todos estavam sumidos. Ninguém aparecia pro jogo, Deco era a figura mais presente, e mesmo assim produzia muito pouco. E agora? A torcida se virou contra os profissionais que atuam dentro de campo, o que eles devem fazer? Pressão! Cobranças! Xingamentos! Eles devem seguir os seus trabalhos de maneira serena e calma, porque vão bastar duas vitórias para esse time voltar a ser o time de guerreiros.

A torcida do Fluminense tem o poder de proporcionar cenas tão bonitas como na final da Libertadores 2008 e na fuga do rebaixamento em 2009 e ao mesmo tempo vaia o time e cobra do time de uma maneira que não é mais mais sensata nem a mais conveniente.

PÉSSIMO, BOTAFOGO É DERROTADO PELO PALMEIRAS NA ESTREIA

Por Danilo Silveira

Em um jogo bem fraco em São José do Rio Preto, o Palmeiras venceu o Botafogo na estreia do Brasileirão. Se os torcedores alvinegros esperavam algo diferente após uma quase pré temporada feita pelo técnico Caio Júnior, se decepcionaram. Sem padrão, sem criação, a equipe foi derrotada por um Palmeiras que passou longe de me encantar.

Primeiro tempo das bolas paradas.

A partida começou equilibrada e as chances começaram a surgir nas bolas paradas. Primeiro, falta cobrada na área do Palmeira e Thiago Heleno cabeceou por cima da meta de Jefferson. O alvinegro respondeu em chute de Marcelo Mattos de fora que Marcos defendeu. Marcos Assunção, conhecido por ser eficiente em bolas paradas, fez Jefferson trabalhar após cobrança de falta perigosa. Do outro lado, em uma cobrança de falta de Maicosuel, a bola passou pro Marcos pelo alto e ainda tocou na trave. O Botafogo abusava dos direitos de fazer falta, ainda na primeira etapa, segundo Scout da Bandeirantes eram 15. E em uma dessas Marcos Assunção carimbou o travessão de Jefferson e na seqüência do lance Tinga só não abriu o marcador pois o goleiro alvinegro fez bela defesa. Sem maiores acontecimentos, a partida foi para o intervalo.

Gol de Kleber garante triunfo do Verdão.

O esquema com três zagueiros de Caio Junior parece não ter dado muito certo e os alas Lucas e Cortês pouco apareciam, e o comandante, que via o jogo fora da área técnica pois estava suspenso, resolveu mexer, lançando Cidinho na vaga de Lucas. No Verdão, Felipão lançou Patrik na vaga de Tinga. O Palmeiras voltou melhor, encurralando o Botafogo que mal conseguia passar do meio de campo. Talvez percebendo que a substituição não tinha gerado um efeito positivo, Caio Júnior tirou Thiago Galhardo e colocou Bruno Thiago aos 12 minutos. E aos 19 minutos, Kleber, o Gladiador, recebeu bola, cortou Lucas Zen, invadiu a área e soltou uma bomba para colocar o Verdão em vantagem. Quase que instantaneamente o Botafogo começou a tentar sair pro jogo. Maicosuel, talvez o menos pior em campo do Botafogo pouco conseguia aparecer. A atuação desastrosa do Botafogo fazia um limitado Palmeiras ocupar a frente no marcador. O Verdão finaliza, buscava o ataque, e mesmo que tentando, mesmo querendo e precisando reverter o placar o Botafogo não conseguia levar perigo ao gol Palmeirense. Felipão tirou João Vitor para colocar Chico, o tempo foi passando e a vitória Palmeirense se consolidando. Maicosuel ainda teve uma chance de bola parada para empatar, mas não conseguiu. Veio o apito final para festa dos Palmeirenses e decepção dos alvinegros.

ENTREVISTA COM CUCA


Fonte: justicadesportiva.uol.com.br

Por Danilo Silveira

Após quase sete meses, o Brasileirão 2011 está de volta. A maior competição do futebol Brasileiro vai ter início neste sábado, dia 21 de maio. De alguns anos pra cá, virou um fato comum os astros do nosso futebol retornarem do exterior para jogarem aqui. Foi o caso de Adriano em 2009 no Flamengo, Fred no Fluminense no mesmo ano. Em 2011, Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves chegaram na Gávea, Alex veio da Rússia pro Corinthians, Luis Fabiano deixou o Sevilla e retornou ao Morumbi. Com isso, teremos um dos Campeonatos mais esperados e aguardados dos últimos anos.

O técnico Cuca, especialista em montar equipes que jogam bonito, já tem bastante experiência em Brasileiros. Em 2007, ele liderou a competição durante algumas rodadas à frente do Botafogo. Dois anos mais tarde, em 2009, o comandante iniciou a competição no Flamengo, que acabou sendo campeão daquele ano. Só que ele foi demitido nas rodadas iniciais e na reta final, aceitou o convite do Fluminense, e com uma grande arrancada, salvou o Tricolor Carioca da série B. Em 2010, Cuca estava desempregado no começo do Brasileirão, mas após algumas rodadas, veio o convite do Cruzeiro. E ele acertou a mão, arrancando com o Raposa, chegando a liderar o Campeonato e disputar o caneco até a última rodada, mas o título acabou ficando nas mãos do seu ex clube, o Fluminense. Agora, ainda no comando Celeste, Cuca busca o inédito título.

Com tantas equipes reforçadas, craques voltando ao Brasil e novos talentos surgindo, fica cada vez mais difícil apontar favoritos para essa competição. Quando questionado se o Cruzeiro é o favorito, Cuca disse que não só a equipe Celeste, como muitas outras. “O Cruzeiro e mais uns 10. Os quatro do Rio, os quatro de São Paulo, os dois do Sul e o Atlético/MG”, analisou. Com tantas equipes fortes, é necessário estar focado desde o início da competição, já que as partidas das primeiras rodadas valem os mesmos 3 pontos que uma partida da reta final. Quando perguntado se pretende mostrar ao grupo que o duelo da estreia, domingo, dia 22 de maio diante do Figueirense, fora de casa, já pode ser considerado decisivo, Cuca comentou sobre a adaptação das equipes aos campeonatos pontos corridos:

"Sem dúvida, pois os times aprenderam a jogar pontos corridos e sabem que um jogo do início pode ter o mesmo peso de um jogo lá da frente.”, analisou.

Em 2003, o Cruzeiro conseguiu um feito muito difícil: conquistar três títulos em uma mesma temporada, a famosa tríplice coroa. Naquele ano, sob comando de Vanderley Luxemburgo, a Raposa conquistou o Mineiro, a Copa do Brasil e o Brasileirão, que pela primeira vez era disputado em pontos corridos. Em 2011, já não é possível para o clube conquistar três títulos, já que a equipe deu adeus à Libertadores ao ser derrotadas pelo Once Caldas, nas oitavas de final. Porém, o bom futebol apresnetado pela equipe pode gerar comparações. Cuca, porém, disse que não tem como comparar os dois grupos:

Andrade no Flamengo, Geninho no Atlético/PR, Muricy Ramalho no São Paulo, são muitas as histórias de identificações de técnicos com determinados clubes. E o título é uma grande forma de coroar um trabalho e gerar o reconhecimento da torcida. Cuca trabalhou no Botafogo em 2006, 2007 e 2008, mas não acumulou conquistar. Mesmo assim, os bons resultados como semifinais de Copa do Brasil em 2007 e 2008, vice campeonato Carioca também nesses dois anos, fez boa parte da torcida Alvinegra reconhecer o trabalho do treinador. No Cruzeiro, mais uma vez Cuca bateu na trave na primeira competição, sendo vice campeão Brasileiro. Mas, ao contrário de como aconteceu no Glorioso, Cuca transformou em 2011, seu trabalho em título, ao vencer o Campeonato Mineiro. Sendo assim, perguntamos ao comandante se ele espera fazer da sua passagem no Cruzeiro uma história duradoura e vitoriosa no clube:

“Se Deus quiser, mas a gente não sabe o que acontece lá na frente. A gente tava jogando o melhor futebol do Brasil e fomos eliminados da Libertadores para o Once Caldas. A gente precisou ganhar o Mineiro, se não ganha mela tudo.”

COM O TOQUE DO CRAQUE


Por Danilo Silveira

Fla faz bom primeiro tempo e larga na frente.

A estreia dos sonhos para o Flamengo. Com uma atuação de gala de Ronaldinho Gaúcho e uma grande atuação coletiva da equipe, o rubro-negro venceu o mistão do Avaí por 4 x 0 e garantiu os seus primeiros três pontos no Brasileirão.

A partida começou em ritmo acelerado e no primeiro minuto de jogo, Thiago Neves teve uma bela chance de abrir o marcador, mas chutou pra fora. A resposta da equipe Catarinense veio em seguida, quando um chute pra dentro da área, executado pelo lado esquerdo poderia ter se tornado gol, se um jogador do Fla não tivesse afastado a redonda antes que ela chegasse aos pés do adversário. O tempo foi passando e o Flamengo encurralando o Avaí. Até que Galhardo, que tinha a difícil missão de substituir Leo Moura, foi ao fundo e bateu pra área, um homem de azul tentou afastar, mas a bola sobrou para Botinelli chutar e marcar o primeiro gol do Flamengo no Brasileirão 2011. O Avaí levava algum perigo com o atacante ex-Vasco Rafael Coelho. Talvez na melhor chance, o jogador bateu por de Felipe, mas a bola passou acima da meta e mesmo que ela entrasse o gol não valeria, pois o impedimento estava assinalado. O gol não fez o Flamengo se encolher e a equipe buscava ampliar, mas o show estava guardado para a segunda etapa.

Um baile com direção de Ronaldinho.

Silas mexeu no intervalo colocando Robinho na vaga de Felipe, mas pouca coisa mudou no Avaí. Se o Flamengo foi melhor no primeiro tempo, no segundo essa superioridade ficou mais nítida ainda. Willians era o cão de guarda e fazia com muita qualidade a função de não deixar o Avaí criar jogadas de perigo. E o caminho na frente ficou livre para Thiago Neves e Ronaldinho começarem o show. Passes de efeito, jogadas bonitas, tudo isso foi visto durante o segundo tempo. E a beleza do futebol apresentado foi transformada em gol quando Ronaldinho arrancou pelo meio, não foi parado por nenhum marcador e chutou colocado no canto esquerdo de Renan. Muitos falam que o Flamengo precisa de um centroavante, se Wanderley não é excelente, é esforçado. Hoje, ele não fazia grande partida, mas quando recebeu belo passe de Ronaldinho pela ponta direita, ele soube o que fazer com a bola, centrando para Thiago Neves marcar o terceiro. Muitos dizem que a equipe precisa também de um lateral esquerdo e hoje Egídio fez uma boa partida. Luxemburgo mexeu duplamente, tirando Wanderley e Botinelli para as entradas de Negueba e Diego Maurício. Pode parecer que estou sendo tendencioso, pois não falo sobre o Avaí no jogo, mas a equipe Catarinense parecia estar mesmo preocupada com o jogo da próxima quarta-feira contra o Vasco, pelas semifinais da Copa do Brasil. O time comandado por Silas esboçava algumas saídas para o campo de ataque, mas quase sempre sem sucesso. As entradas de Maurício Alves e Gustavo nas vagas de Fabio Santos e Gustavo Bastos no decorrer do segundo tempo nem foram notadas. E ainda tinha tempo para o Flamengo ampliar. Talvez sabendo que o homem estava encapetado hoje, Diego Maurício tocou para Ronaldinho e o craque deu um drible de corpo no marcador e devolveu a bola para Diego Maurício com um carimbo “faz” e o Drogbinha obedeceu, estufando as redes adversárias.

Apenas o primeiro capítulo de 38, mas começar com o pé direito é sempre bom. Desde 2008 o rubro-negro da Gávea não estreava com vitória.

sábado, maio 21, 2011

A FESTA VAI COMEÇAR!

Por Danilo Silveira

Neste sábado, dia 21 de maio, começa a maior competição do futebol Brasileiro: o famoso e tradicional Brasileirão. E a fórmula desta edição será a mesma adotada desde 2003, pontos corridos com turno e returno. Tendo 20 equipes, a competição terá ao todo 38 rodadas, e ao final delas, quem somar mais pontos será o campeão, os quatro últimos serão rebaixados e salvo algum clube Brasileiro ganhar a Sul Americana 2011, os três primeiros garantem vaga na Taça Libertadores do próximo ano e o quarto colocado disputa a chamada Pré-Libertadores.

Nas oito edições de pontos corridos, tivemos um título para Minas Gerais, cinco para São Paulo, com destaque para o tri campeonato de Muricy Ramalho e dois títulos para o Rio de Janeiro, conquistados por Flamengo e Fluminense em 2009 e 2010 respectivamente. Esses dois títulos podem representar a redenção do futebol carioca.

Talvez em nenhum outro país entramos em um campeonato com tantos favoritos ao título como no Brasil. De cara, aponto 12: os quatro do Rio, os quatro de São Paulo, os dois de Minas e os dois do Rio Grande do Sul. Claro que estou levando em conta a tradição e camisa, mas logicamente irei dar meus palpites ainda neste texto.

É comum durante o Brasileirão, muitos técnicos serem demitidos de suas equipes e quero aqui deixar registrado minha torcida para que valorize-se mais o trabalho desses profissionais, acarretando assim em um número reduzido de demissões.

Abaixo, cito o palpite dos meus quatro primeiros colocados em ordem, com algumas considerações:

1- Cruzeiro – Depois de bater na trave em 2010, o Cruzeiro continuou em 2011 com um futebol vistoso e envolvente, mas a traumática eliminação da Libertadores fez a equipe ser colocada em cheque. Mas o título Mineiro veio em boa hora e a equipe vem fortalecida pra competição

2- Flamengo – Há muito tempo o Flamengo não fazia mudanças tão significativas de um ano para outro. Bruno, Leo Moura, Angelim e Juan eram peças presentes na zaga rubro-negra desde 2007. E agora a equipe não conta mais com o goleiro, com o lateral esquerdo e Angelim pouco entra. Com Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho, a equipe de Vanderley Luxemburgo tem um dos melhores sistemas de criação de jogadas do Brasil, senão o melhor.

3- Santos – Muricy Ramalho é muito experiente e vitorioso em pontos corridos. Ele não precisa de uma equipe muito talentosa, no futebol que ele se propôs no Fluminense em 2010, a marcação, aplicação defensiva e vontade eram primordiais. No Santos, ele tem jogadores diferenciados como Neymar, Ganso e Elano. Aliando isso à suas retrancas quase inpenetráveis, Muricy vai novamente chegar perto do título

4- Botafogo – A importância de não nascer importante vai ser primordial para o Botafogo. Com Caoo Júnior trabalhando a bastante tempo sem disputar jogos nem no Estadual nem na Copa do Brasil, o Alvinegro carioca vai desbancar gigantes como São Paulo, Corinthians e Inter e conseguir uma vaga na Libertadores, que não vem há muito tempo. Maicosuel e Loco Abreu serão muito importantes nesse processo.

Agora, vamos aos 4 rebaixados:

Figueirense – De fato não vi o Figueira atuar em 2011. Sei que a equipe de 2010 me agradava e muito, o time comandado por Márcio Goiano jogava como time de série A. Para 2011, acho difícil que a equipe consiga manter a pegada e se manter na série A para o ano seguinte.

América-MG – Depois de subir para a série A ano passado, o Coelho conseguiu disputar ponto a ponto com Cruzeiro e Atlético-MG o Mineirão 2011. Mas nas semifinais a equipe caiu para o Galo. Mesmo com um time que conseguir equilibrar ações com Cruzeiro e Galo no Mineiro, acho difícil a equipe permanecer na série A, devido à grande quantidade de times fortes.

Grêmio – Que fique claro para os gremistas que é só um palpite. Para mim, o Tricolor Gaúcho é o gigante da vez a cair. Com um elenco bom, mas com algumas incertezas, como na parte ofensiva, vejo o Grêmio abaixo de equipes como Inter, Cruzeiro, São Paulo. Acho que o tempo de glória de Renato Gaúcho como treinador da equipe acabou, que fique claro que parcialmente, nada impede que ele volte e tenha sucesso. Mas acredito que sua passagem do Grêmio está perto do fim e ele não acaba o primeiro turno no comando do Imortal.

Ceará – Acredito que o Ceará vai do céu ao inferno. Depois de eliminar o Flamengo na Copa do Brasil, a equipe nordestina não vai conseguir sucesso no Brasileirão e vai passar o maior parte do tempo na zona do rebaixamento, onde vai terminar a competição

Abaixo, os técnicos que para mim terminam o Brasileirão nos clubes em que começaram:

René Simões – Bahia

Cuca – Cruzeiro

Muricy Ramalho – Santos

Caio Júnior – Botafogo

Vanderley Luxemburgo – Flamengo

Falcão – Internacional

Que seja uma competição emocionante e que o amante de futebol seja agraciado com belas partidas!

sexta-feira, maio 20, 2011

THIAGO NEVES, FÁBIO E FRED SÃO AS NOVIDADES DA LISTA DE MANO MENEZES


Por Marcos Freitas

Cercado de grande expectativa, o técnico Mano Menezes convocou nesta quinta-feira, a Seleção que enfrentará a Holanda e a Romênia em amistosos a serem realizados em Goiânia e São Paulo, respectivamente.

A lista, divulgada nesta tarde, contou com três agradáveis surpresas, em posições diferentes. No gol, Mano fez justiça com um dos principais goleiros em ação no país: Fábio, do Cruzeiro. No meio-campo, Thiago Neves, destaque do Flamengo na temporada, volta a Seleção, após estar no grupo que disputou as Olimpíadas de Pequim em 2008. No ataque, Fred chega com a incumbência de lutar pela camisa 9, depois de disputar a Copa de 2006 e poucos jogos na Era Dunga.

Nas demais posições, o técnico manteve a coerência, tão peculiar em sua, até então, curta trajetória pela Amarelinha. Do grupo de 28 jogadores, 22 serão escolhidos para disputar a Copa América em julho na Argentina. Em sua primeira competição oficial, Mano sabe que caso não saia campeão a pressão aumentará. Entretanto, lembrou as duas últimas seleções Brasileiras que disputaram a Copa do Mundo, após ter ganho a Copa América e das Confederações e fracassaram em seus objetivos.

Confira abaixo a relação dos convocados:

Goleiros
Julio César (Inter de Milão)
Jefferson (Botafogo)
Victor (Grêmio)
Fábio (Cruzeiro)

Laterais
Daniel Alves (Barcelona)
Maicon (Inter de Milão)
André Santos (Fenerbahçe)
Adriano (Barcelona)

Zagueiros
Lúcio (Inter de Milão)
Thiago Silva (Milan)
David Luiz (Chelsea)
Luisão (Benfica)

Volantes
Lucas Leiva (Liverpool)
Ramires (Chelsea)
Sandro (Tottenham)
Henrique (Cruzeiro)
Anderson (Manchester United)

Meias
Elano (Santos)
Elias (Atlético de Madri)
Lucas (São Paulo)
Thiago Neves (Flamengo)
Jadson (Shakhtar Donetsk)

Atacantes
Robinho (Milan)
Neymar (Santos)
Alexandre Pato (Milan)
Nilmar (Villarreal)
Leandro Damião (Internacional)
Fred (Fluminense)

quinta-feira, maio 19, 2011

PÊNALTI NO FIM DEIXA TUDO IGUAL EM SÃO JANUÁRIO.

Por Danilo Silveira

Vasco e Avaí pisaram no gramado de São Januário para dar início a disputa por uma vaga na final da Copa do Brasil, cujo campeão garante acesso à Taça Libertadores do ano seguinte. O Avaí levava uma bela vantagem até os acréscimos da partida, quando Diego Souza, em cobrança de pênalti, deixou tudo igual no marcador. Para mim, fica difícil apontar um favorito para a partida de volta.

Primeira etapa equilibrada.

Não demorou muito tempo para o Vasco corresponder em campo o apoio que o seu apaixonado torcedor dava das arquibancadas. Com apenas um minuto de partida, Éder Luis achou Alecsandro livre na área e o atacante não foi fominha, rolando a bola para Diego Souza, que chutou; a redonda passou por Renan que estava adiantado para tentar brecar a finalização, mas antes que ela ultrapassasse a linha final, Marcinho Guerreiro cortou, impedindo que o placar fosse aberto. O Vasco tentava pressionar e aos 10, um chute de fora da área, executado por Felipe, obrigou Renan a trabalhar. No minuto seguinte, a resposta do Avaí veio em um chute de Willian, que se não fosse travado por Anderson martins poderia inaugurar o placar. Aos 21, Alecsandro cruzou da esquerda, Anderson Martins completou de cabeça e a bola saiu à esquerda do gol de Renan, que apenas olhou a trajetória da redonda. O tempo foi passando e nada de gols. Aos 30, segundo dados da Rede Globo, o Vasco detinha 60% da posse de bola contra 40 da equipe Catarinense. Apesar de demonstrar muita vontade, a equipe Carioca não conseguia a calma e tranquilidade para levar mais perigo à zaga do Avaí. Por sua vez, a equipe do técnico Sillas não se encolhia e buscava incomodar o sistema defensivo do Gigante da colina.

Avaí abre o placar, mas Vasco empata nos acréscimos.

A segunda etapa começou e aos 8 minutos Felipe entregou para Diego Souza chutar pouco antes da meia lua; a bola não teve o endereço do gol, mas assustou. O jogo havia subido de produção e encontrava-se em um bom ritmo, lá e cá. Ricardo Gomes promoveu a entrada de Élton na vaga de Alecsandro, e aos 20, Diego Souza fez boa jogada pela direita e cruzou para o atacante, só que ele pegou muito mal na bola. Aos 22, a melhor chance do Avaí até então: cruzamento da direita e Willians cabeceou, mas Fernando Prass operou um milagre para evitar o gol. Aos 24, Éder Luis saiu para entrada de Bernardo. E o Vasco incomodava e quase abriu o placar quando Allan chutou pela direita, mas Renan defendeu, a bola foi afastada, mas o lateral vascaíno a recolheu e cruzou, até que a redonda encontrou Diego Souza, que chutou cruzado pra fora. Aos 35, veio o gol do Avaí: Acleyson abriu na esquerda para Julinho, o jogador limpou Allan e chutou cruzado para jogar uma ducha de água fria na torcida vascaína. Aos 38, Sillas tirou o perigoso Willian para colocar Maurício Alves. Atrás no marcador, o Vasco veio pra cima em busca do empate e o Avaí não se encolhia. Ainda aos 38 minutos, bola enfiada na frente para Ramon, Renan saiu, houve o choque e Ramom foi ao chão. Para mim, nada a marcar, já que o goleiro segue sua trajetória normalmente e sequer levanta a perna esquerda para tentar impedir a progressão do jogador do Vasco, que cai devido a um choque natural. Sillas lançou Gustavo na vaga de Marquinhos aos 40, a partida estava chegando ao seu final. E aos 46, Gustavo empurrou Élton na área, cometendo pênalti infantil. Muitos podem afirmar que o atacante vascaína força a queda, mas o importante nesse lance é que o jogador do Avaí faz a carga, cometendo a penalidade, convertida em seguida por Diego Souza. Tudo igual e a decisão da vaga fica pra próxima quarta na Ressacada. Sem favorito, mas aposto no Avaí!

DUPLA COLOMBIANA RESOLVE NUMA JOGADA E PORTO É CAMPEÃO NA LIGA EUROPA.

Texto extraído do site www.jogadadefeito.blogspot.com

Por Eduardo Riviello

O Porto é o mais novo campeão da Liga Europa, conquistando o título continental com uma vitória por 1a0 sobre o também português Braga. Muito pode-se falar sobre uma decisão de campeonato, mas no caso dessa final não é necessário dar maiores pormenores, já que o lance do gol foi um retrato fiel daquilo que há de melhor na equipe portista para tentar traduzir o sucesso do time comandado por André Villas-Boas: jogada individual do ótimo Fredy Guarín e conclusão do goleador Falcao García, numa parceria colombiana que tem tudo para dar o que falar (também) na Copa América 2011. Foi o único remate portista no gol. E nem precisava de mais.

Se Villas-Boas, dito aprendiz de José Mourinho, tem os seus recursos para fazer funcionar um time campeão português invicto e que caminha para a Tríplice Coroa nessa temporada, o treinador Domingos Paciência também mostrou competência na estratégia proposta para essa partida em Dublin (capital irlandesa que estava com cara portuguesa). O Braga, flagrantemente inferior tecnicamente ao oponente, adotava um desenho tático que espelhava a formação portista, com 4 homens na defesa, 3 no meio e 3 mais à frente. E aos 3 minutos a equipe de Paciência ficou perto de abrir o placar no estádio Aviva: uma bola parcialmente afastada pela defesa portista foi recolocada na área e encontrou Custódio Miguel Dias de Castro em posição legal, livre de marcação. Mas a finalização do "herói" da semifinal foi para fora, passando à esquerda da meta defendida pelo aniversariante Hélton.

A resposta do Porto veio 3 minutos depois, aos 6: Hulk escapou pelo flanco direito utilizando-se de explosão, força física e alguma habilidade, limpou o lance e chutou cruzado mandando perto do ângulo direito. O Sporting Braga marcava no campo de defesa e saía com agilidade nos contra-ataques. Por pelo menos duas vezes, Paulo César foi acionado ficando no mano-a-mano com o zagueiro Rolando, que acabou levando a melhor em ambos os lances. Após adiantar a marcação um pouco mais, o Braga seguia dificultando o trabalho de saída de bola portista e passava a dar ao jogo uma variação de ritmo, ora cadenciando a posse, ora partindo com mais objetividade.

Mas faltava um talento individual ao time braguista, aquela figura que desse uma qualidade a mais na busca pelo gol. Esse elemento o Porto tem em seu elenco e atende pelo nome de Fredy Alejandro Guarín Vásquez, meio-campista colombiano de 24 anos de idade. Com boa visão de jogo, bom passe, atitude e mobilidade, o camisa 6 tratou de encaminhar as coisas a favor de seu time quando, aos 43 minutos, desceu pelo lado direito, cortou a marcação e cruzou (leia-se passou) caprichosamente para que o compatriota Falcao García fizesse aquilo que melhor sabe fazer: o gol. 1a0 Porto, em mais um cabeceio inapelável pro repertório do camisa 9, goleador isolado e absoluto da Liga Europa.

Veio o intervalo e Domingo Paciência aproveitou para fazer uma dupla intervenção na equipe, tirando o defensor peruano Alberto Rodríguez para colocar o brasileiro Kaká e promovendo a entrada de mais um brasileiro - Márcio Mossoró - no lugar de Hugo Viana, que aparecia mais no jogo fazendo reclamações da arbitragem do que propriamente produzindo algo de interessante. E algo de interessante ocorreu no 1º minuto do 2º tempo, quando Mossoró quase abriu o placar: ele recuperou a posse de bola, avançou ficando cara-a-cara com Hélton, chutou cruzado e viu o goleiro evitar o gol através de uma defesaça com as pernas.

O Braga era valente e mostrava que as limitações técnicas podem ser minimizadas quando a determinação coletiva por um ideal comum é levada ao limite. Embora com poder de penetração reduzidíssimo, o time conseguia um domínio territorial a ponto de pressionar o Porto sem sequer permitir que o adversário saísse em contra-ataque. Aos 20 minutos, Paciência ainda colocou o camaronês Meyong Zé no lugar do brasileiro Lima, tentando dar nova dinâmica para o setor ofensivo. Mas faltava aquele elemento criativo, aquele jogador pra dar o passe diferenciado. Alan até se esforçava e em alguns momentos esboçava tratar-se desse atleta, mas não era o suficiente para transpôr a barreira portista. Villas-Boas resolveu então colocar o argentino Fernando Belluschi em campo. Nada contra a entrada aos 27 minutos, mas a saída de Guarín entendo como um equívoco, ainda mais se levarmos em consideração que àquela altura Silvestre Varela era figura sumida na partida. Pelo menos, seis minutos depois o treinador trocou Varela pelo colombiano James Rodríguez, jogador leve e insinuante.

O Braga necessitava de pelo menos um gol para que o jogo se estendesse à prorrogação, mas esbarrava nas próprias limitações. De quebra, Hélton mostrava "mil e uma utilidades": além de seguro embaixo das traves e da colaboração quando deixava a área para atuar como um líbero, o goleiro brasileiro ainda catimbou um bocado para fazer avançar o cronômetro e foi "premiado" com um cartão amarelo do árbitro espanhol Carlos Velasco Carballo (que atuou bem). A empreitada derradeira do Braga deu-se aos 48 minutos. Alan sofreu falta na altura do meio-campo e o time se mandou pra área, incluindo o goleiro Artur. Cobrança realizada e a bola viajou até o camisa 1, que cabeceou à esquerda no último lance antes do apito final.

Foi o segundo título do Porto na Liga Europa (antiga Copa da UEFA) e os mais supersticiosos devem estar em êxtase: na outra vez em que faturou a competição, na temporada seguinte o clube conquistou a Liga dos Campeões da Europa. Será que o feito pode se repetir? Vamos aguardar. Mas o trabalho de Villas-Boas, mais jovem campeão europeu de todos os tempos (está com 33 anos de idade), parece que vai sendo registrado na história futebolística com tinta permanente.

domingo, maio 15, 2011

COM O CARIMBO "CUCA" DE QUALIDADE.

Por Danilo Silveira

E o técnico Cuca, enfim, pode gritar "É CAMPEÃO" dirigindo a equipe do Cruzeiro. Foi difícil, foi suado, mas no fim, prevaleceu a qualidade do elenco cruzeirense e a busca incessante pelo gol na partida final. Muitos o consideram azarado ou amarelão, eu digo que muitas vezes a sorte não lhe bate a porta, mas a personalidade de suas equipes é algo fantástico de se ver. E hoje, mais uma vez, um Cruzeiro com personalidade e vontade de vencer foi visto em campo, e o título Mineiro vem como recompensa.

A Arena do Jacaré, como já era de se esperar, estava tomada apenas de torcedores Cruzeirenses, que incentivavam a equipe que precisava de uma "vitória simples" para conseguir o título. Sem dúvida, o adjetivo "simples" para essa vitória, significa vencer pelo placar mínimo, pois em campo, não se viu simplicidade, e sim, muita dificuldade.

Cruzeiro pressiona, mas 0 x 0 persiste.

O jogo começou equilibrado, com o Atlético não se encolhendo e a Raposa tentando chegar ao ataque. Aos 14, um lance muito duvidoso, Magno Alves recebeu na frente, e o goleiro Fábio saiu para desarma-lo, mas o impedimento foi assinalado. Vendo o Replay acredito que ele estava na mesma linha, só o tira teima para tirar por completo a dúvida. Aos poucos, o Cruzeiro foi chegando ao ataque e aos 22, cruzamento da direita, Serginho errou e a bola chegou até Roger, que de carrinho finalizou para boa defesa de Renan Ribeiro. Aos 24 minutos, o Cruzeiro dominava todas as ações do jogo, recompondo de maneira veloz e eficiente, buscando a penetração na zaga atleticana, que era difícil graças à grande quantidade de jogadores alvinegros no campo defensivo do Galo. Aos 28, de bola parada uma boa chance; Roger cobrou falta no canto esquerdo de Renan que defendeu bem. Aos 31, uma das melhores chances cruzeirense na primeira etapa, Renan Ribeiro saiu jogando mal, nos pés de Walysson, que errou ao tentar passar a bola para o meio. O erro fez o jovem atacante levar uma grande bronca de Roger, que liderava muito bem a equipe, jogando um belo futebol, que ele sabe muito bem, mas por vezes parece que esse jogador resolve aparecer causando polêmicas ou criando alguma situação ruim dentro do grupo. No minuto seguinte à chance desperdiçada pelo Cruzeiro, Magno Alves poderia ter aberto o placar para o Galo ao receber na frente, mas o Magnata demorou a finalizar e Gil, um gigante, chegou travando. E a marcação avançada do Cruzeiro era bem feita e aos 36, Gilberto interceptou um passe pela esquerda de ataque, trouxe pro meio pela linha de fundo e centrou, mas a bola foi desviada. Aos 39, um contra ataque Atleticano terminou com a finalização pra fora de Giovanni Augusto. Chegava ao fim a primeira etapa e com certeza a apreensão por grande parte dos torcedores celestes que lotavam o estádio aumentava.

Magno Alves perde gol incrível e Cruzeiro garante título no fim.

Faltavam agora 45 minutos para Cuca conseguir o segundo título de sua carreira. Dorival Júnior mexeu duplamente no intervalo, tirando os sumidos Mancini e Renan Oliveira, para as entradas de Claúdio Leleu e Richarlyson. O Cruzeiro começou a segunda etapa tentando acelerar o jogo e sufocar o Galo Mineiro. Aos 6, após escanteio cobrado da direita, Gil subiu para cabecear próximo ao ângulo direito do gol defendido por Renan Ribeiro. Cinco minutos mais tarde, Thiago Ribeiro achou Roger na área e o meia cruzeirense bateu colocado e consciente, mas a bola passou muito perto, à direita d
o gol. Aos 13, Dorival precisou fazer a terceira alteração, tirando Guilherme Santos contundido, para entrada de Bernart. Enquanto isso, Cuca não havia mexido, mas o treinador Celeste fez isso 5 minutos depois, sendo bastante ousado, tirando Éverton para colocar André Dias. Aos 21, Leandro Guerreiro falhou em uma saída de bola, Magno Alves recolheu a redonda, passou por Victorino e chutou para defesa de Fábio. O Atlético, talvez percebendo o esquema ofensivo do Cruzeiro, começou a tentar explorar com mais frequência os contra ataques, fazendo o torcedor viver momentos de fortes emoções em Sete Lagoas. Aos 24, Thiago Ribeiro achou André Dias pela direita da área e o atacante chutou para defesa de Renan Ribeiro. Cuca mexeu novamente, sacando Henrique para entrada de Fabrício. E aos 28, talvez o momento de maior angústia para o torcedor Cruzeirense; Magno Alves recebeu na frente, completamente desmarcado, em posição legal, só que o Magnata demorou para chutar e quando tentou cortar Fábio para direita, a muralha Celeste se agigantou, salvando o Cruzeiro. E no minuto seguinte, a explosão em Sete Lagoas: André Dias foi ao fundo pela esquerda, voltou atrás com Walysson, que cortou pro meio e chutou no canto direito de Renan Ribeiro para abrir o placar. Quase imediatamente, Cuca tirou Roger e colocou o zagueiro Leo, talvez para tentar segurar o Atlético, que certamente avançaria o time. Isso não significa que o treinador Cruzeirense tenha tornado o time defensivo, pois continuava com três atacante e um meia de ligação. De fato a equipe Alvinegra veio pra cima, mas o Cruzeiro criou duas boas chances de ampliar, em chutes de Walysson e Leandro Guerreiro, defendidos por Renan Ribeiro. Por volta dos 40 minutos, este que vos escreve ficou impossibilitado de ver o jogo, já que o sinal da transmissão da partida caiu, mas via Twitter, fiquei sabendo que o Cruzeiro havia ampliado0. Vendo o gol depois, vi que Fabrício cobrou falta na intermediária com um leve toque e Gilberto soltou a bomba no canto esquerdo, fazendo um bonito gol. Quando o sinal da tevê voltou, jogadores do Cruzeiro encontravam-se eufóricos a beira do gramado e Roger, que já havia sido substituído, dava a volta olímpica girando a camisa Cruzeirense, o que lhe rendeu a expulsão. Depois, fiquei sabendo que Gilberto eSerginho haviam sido expulsos, mas a essa altura nada tirava a fel
icidade do torcedor Cruzeirense e o segundo título da carreira de Cuca, o primeiro com a camisa do Cruzeiro.

Após o jogo, em entrevista coletiva, Cuca criticou o jornalista do Globo Esporte, que na última Sexta, dia 13, fez uma brincadeira chamada "A Uruca de Cuca". Enfim, aos poucos o trabalho do melhor técnico do Brasil vai aparecendo. Agora resta ao Cruzeiro comemorar e se preparar para o Brasileirão, que começa semana que vem. Fico feliz em ver o técnico Cuca vitorioso. Parabéns para ele, e é claro para dorival Júnior, que montou uma equipe, se não encantadora, enjoada e vendeu caro a derrota.

sábado, maio 14, 2011

PARA GARANTIR A INVENCIBILIDADE.

Por Danilo Silveira

No dia 3 de abril, o Porto conquistava o Campeonato Português com antecedência, vencendo seu maior rival, o Benfica, em pleno Estádio da Luz, por 2 x 1. Porém ainda faltavam alguns jogos para a equipe conseguir uma marca sensacional: acabar o campeonato de maneira invicta. E a vitória hoje, fora de casa, sobre o Marítimo, por 2 x 0, fez a equipe comandada por André Villas-Boas conseguir atingir essa missão.

Porto faz 2 x 0 na primeira etapa.

O Porto entrou em campo com alguns reservas, pois na próxima quarta-feira disputa a final da Liga Europa, diante do Braga. Falcão e Hulk e João Moutinho, o último contundido, não iniciavam a partida, e desses, só Falcão encontrava-se no banco de reservas. A partida começou equilibrada, com a equipe da casa não se encolhendo. Aos 15, Djalma, principal arma ofensiva da equipe na primeira etapa, arriscou de fora da área, chutando fora do alvo. Aos 20, apareceu o talento do time campeão: Guarín deu primorosa enfiada de bola para Varela, que dominou e chutou com categoria no alto do canto esquerdo do goleiro Brasileiro, Marcelo. A partida seguiu e aos 29, mexida no Marítimo, saiu Rafael Miranda machucado para entrada de Sérgio Marakis. E dois minutos mais tarde, James Rodríguez deu belo lançamento para Walter, que no meio de dois marcadores, cabeceou para vencer o goleiro Marcelo e ampliar. O Porto ainda teve chance de ampliar aos 33, após cruzamento da esquerda, um adversário cortou, mas a bola chegou até Varela, que emendou de primeira, em um lance belíssimo plasticamente, só que a bola passou à direita do gol.

Porto segura Marítimo e termina campeonato invicto.

Para a segunda etapa, André Villas-Boas lançou Sereno na vaga de Sapunaru e a equipe da casa psssou a agredir mais o Porto. Foi aí que o goleiro Beto começou a aparecer. Aos 3, ele fez bela defesa evitando o primeiro gol do Marítimo na partida. No minuto seguinte, Luciano Amaral arriscou de fora da área e a bola subiu, passando por cima da meta. Aos 13, o técnico Pedro Martins mexeu pela segunda vez, tirando Alonso e colocando Danilo Dias. No minuto seguinte, mais uma chance clara da equipe do Marítimo; Babá recebeu na cara do gol, mas conseguiu chutar em cima do goleiro Beto, perdendo inacreditável chance. A zaga do Porto apresentava o mesmo problema que pôde ser analisado na partida de ida contra o Villarreal, a marcação em linha, que possibilitava a todo momento um adversário aparecer vindo de trás, em posição legal. Villas-Boas mexeu novamente, tirando o bom jogador Guarín, para entrada de Belluschi. O tempo foi passando, o Marítimo apesar de mostrar-se um time lutador, apresentava algumas limitações. O placar foi se arrastando, os donos da casa até poderiam ter diminuído ou até mesmo o Porto aumentado, mas a essa altura, nada tirava a invencibilidade do Porto. É o primeiro título invicto do clube em toda a história.

19 VEZES MANCHESTER.

Por Danilo Silveira

Não pude assistir ao jogo entre Manchester united e Blackburn hoje de manhã. Porém, mesmo assim, vou escrever um grande texto. Não falando desse jogo em si, mas do campeonato todo, pois o empate dos Red Devils hoje, garantiram o 19º título Inglês do clube, em toda a história.

Se existe uma palavra que pode expressar esse título, chama-se sorte. Vejam bem, não estou desmerecimento a equipe, apenas pontuando que o Manchester abusou do direito de ter sorte ao longo da temporada. Alguns deslizes que o Arsenal sofreu, com doses de azar e incompetência, também foram fundamentais para os Red Devils levarem o caneco.

Vale lembrar que no início do campeonato, o comentário era que as equipes inglesas teriam que se desdobrar em para o troféu não pousar novamente em Stanford Bridge. Só que o tempo passou e o Chelsea foi despencando na tabela, perdendo pontos importantes e vendo Manchester United, Manchester City e Arsenal assumirem a ponta. Vale lembrar que as duas equipes de Manchester chegaram a ocupar as duas primeiras posições e brigar ponto a ponto pela liderança. Só que o City também teve uma queda em seus resultados, e viu o Arsenal aparecer, de maneira encantadora, para atrapalhar a vida do Manchester United. Digo encantadora, pois o futebol dos Gunners era bonito de se ver. A equipe Londrina tem muita qualidade e no segundo turno começou a vencer bastante e parecia ser a favorita ao título.

Mas, cada show exibido pelo Arsenal, era uma vitória fria e gelada do United. Virou rotina na Premier League ver o Arsenal encantar, dominar o adversário e criar inúmeras chances, só que em alguns desses jogos a vitória não veio. O Manchester seguia com sua defesa sólida, rígida, quase intransponível e também virou rotina ver a equipe de Alex Ferguson conseguir gols salvadores e heróicos no final dos jogos. Com o tempo, o artilheiro Berbatov perdeu a vaga para Chicharito, que foi figura importante na reta final. Aliás, na reta final os Red Devils subiram de produção; Valencia voltou, Park também e a equipe chegava forte no momento decisivo. No Arsenal, o azar perseguia. Além dos desfalques que a equipe teve ao longo do segundo turno, alguns fatos de pura falta de sorte; falhas dos goleiros, bolas na trave no fim do jogo, pressão que não foi transformada em gol. Para citar todo esse azar da equipe Londrina, pego duas partidas. Uma delas, fora de casa, quando a equipe abriu 4 x 0 no Newcastle no primeiro tempo, e por incompetência deixou o jogo terminar 4 x 4. Uma outra partida foi no Emirates, contra o Liverpool, quando a equipe jogou muito bem, e nos acréscimos, no fim do jogo, Van Persie converteu uma penalidade e fez o gol, que tudo indicava ser o da vitória. Só que o Liverpool deu a saída de bola e consgeuiu falta perigosa na entrada da área, a infração foi cobrada na barreira, a bola subiu e chegou nos pés de um jogador do Liverpool na ponta esquerda da área; infantilmente, Eboue cometeu pênalti e o empate do Liverpool veio.

Portanto, digo que o Manchester mereceu o título. A sorte faz parte do futebol, o azar também, mas no geral, digo que os Red Devils foram mais competentes que os Gunners, a pesar de achar o futebol do Arsenal mais bonito e vistoso.

quinta-feira, maio 12, 2011

EM MAIS UMA LAMENTÁVEL "BATALHA NORDESTINA", FLA JOGA MUITO BEM, MAS CAI PRO CEARÁ.

Danilo Silveira

O empate de ontem do Flamengo com o Ceará, que decretou a eliminação do Rubro Negro da Copa do Brasil foi a maior ironia da temporada que aconteceu com o Flamengo. Acompanhei quase todas as partidas do time no ano, e dessas que eu vi, a de ontem foi disparada a melhor. E justo quando a equipe "come a bola" em campo, o resultado favorável não vem.
Nos primeiros minutos, a postura do Flamengo era de quem precisava fazer pelo menos dois gols para se classificar, a equipe marcou em cima do Ceará, valorizou a posse de bola e começou rapidamente a criar chances. Em um lance incrível, Botinelli recebeu na esquerda com boas chances de fazer o gol, mas chutou de maneira pífia. O Ceará logo aos 9 mexeu: saiu Boiadeiro para a entrada de Diego Macedo. Balançar as redes era questão de tempo para os visitantes e aconteceu quando Ronaldinho Gaúcho conseguiu um passe magistral, por cima da zaga, achando Thiago Neves na direita; o meia ajeitou a bola e completou para as redes. O gol animou ainda mais o Rubro Negro, que ampliou em belo chute cruzado de Thiago Neves, que morreu no canto direito de Fernando Henrique. Vágner Mancini resolveu mexer, colocando o atacante osvaldo e tirando Vicente, que infernizou a zaga rubro negraA partida parecia controlada, mas em questão de poucos minutos, a sorte parece ter mudado de lado. Falta para o Ceará pela ponta esquerda, bola alçada na área e Washington, de cabeça, diminuiu. Pouco depois, Angelim cometeu falta pela ponta esquerda de defesa, quando um adversário partia em direção à área: como já tinha amarelo, ele recebeu o cartão vermelho. Logo, Luxa tirou Botinelli e colocou Egídio. Na cobrança, Felipe se esticou para colocar a redonda para escanteio. E na cobrança desse escanteio, bola na área, após o desvio, Washington pegou de primeira e empatou a partida, fazendo o resultado voltar a ser favorável para a equipe Cearense. No lance, muita confusão, pois os jogadores do Flamengo reclamavam uma mão do atacante Cearense na disputa pelo alto, para
mim, lance normal. Felipe recebeu amarelo por reclamação. Quando o árbitro apitou o fim do primeiro tempo, os jogadores foram em direção ao árbitro reclamar e a polícia logo invadiu o campo. Vanderley também foi até o centro do gramado para te
ntar tirar os jogadores da confusão, só que mais uma vez, cenas lamentáveis foram vistas pela polícia do Nordeste. Em uma atitude covarde e desmedida, os policiais cercaram os jogadores do Flamengo e um deles chegou a agredir Ronaldinho Gaúcho com um escudo. Nessa confusão, Vanderley Luxemburgo acabou expulso. E a polícias? Deve ter continuado em campo, para fazer uma suposta segurança, que na verdade só aumenta o clima de guerra dentro de campo.

A segunda etapa não demorou a começar e mesmo com um a menos, o Flamengo dominava a partida, partia pro ataque e o gol aprecia questão de tempo. O Ceará tentava não se encolher e levava perigo com o atacante Osvaldo. Em campo, talvez pela primeira vez, eram vistas algumas belas arrancadas de Ronaldinho Gaúcho coma camisa rubro negra. E em uma delas, o meia serviu Wanderley na ponta esquerda, só que o atacante rubro negro acabou chutando para defesa de Fernando Henrique. Luxa ainda mexeu duas vezes, tirando Léo Moura e Willians para as entradas de Fierro e Negueba, que jogou aberto pela direita levando perigo ao sistema defensivo cearense. Os minutos se passaram e o Flamengo cada vez pressionava mais. O fato de estar com um jogador a menos parecia não existir. O rubro negro jogava bonito, com garra, vontade e a classificação para as semis dependia de um gol salvador. Mas após o apito final, festa Cearense no Estádio presidente Vargas.

segunda-feira, maio 09, 2011

BARÇA VENCE ESPANHOL E TÍTULO PODE VIR NO MEIO DE SEMANA.

Por Danilo Silveira

Já faz algum tempo que sabemos que o campeão espanhol seria o Real Madrid ou o Barcelona. E no fim de Abril e começo de Maio essas equipes foram pautas de todos os jornais mundiais, devido aos 4 confrontos em menos de 30 dias. E depois de conquistar a vaga para a final da Champions, o Barça botou uma mão e quatro dedos no caneco do espanhol. A equipe de Joseph Guardiola venceu a equipe do Espanhol hoje e agora precisa somar apenas um pontos nos próximos três jogos que restam.

Superior, Barça abre o placar.

Depois de ver o Real fazer 6 x 2 no Sevilla fora de casa, o Barça entrou com seus medalhões no gramado do Camp Nou e soube se impôr diante do Espanhol. A equipe visitante até começou parecendo que dificultaria o jogo do Barça, marcando adiantado. Mas, o toque de bola rápido, a penetração no campo adversário e a qualidade da equipe Catalã aparecer, era questão apenas de minutos. Não demorou muito para Messi começar a brilhar e causar um tormentos para seus marcadores, passes geniais, arrancadas, controle de bola, tudo isso fazia o Argentino comandar sua equipe. O gol saiu ainda na primeira etapa, dos pés de Iniesta. A equipe ainda poderia ter ampliado antes do intervalo, mas a diferença mínima prevaleceu.

Piqué amplia e só tragédia tira título do Barça.

Antes dos cinco minutos, o Barça ampliou em bola parada. Escanteio cobrado da esquerda e Piqué subiu para cabecear para o fundo das redes. Coma vantagem de 2 x 0, o Barça não teve muitas dificuldades para administrar o placar, o atacante Osvaldo era a figura mais perigosa da equipe adversária, mas a superioridade do Barça era nítida. Não demorou muito para o árbitro apitar. Com a vitória, a equipe de Messi e companhia fica muito perto do título, que pode vir na Quarta, quando o adversário é o Levante.

domingo, maio 08, 2011

MUITA CORRERIA, NADA DE GOLS.

Por Danilo Silveira

Santos e Corinthians começaram hoje a decidir o título do Campeonato Paulista. Foi uma partida muito corrida, onde Neymar teve uma bela atuação, mas no placar, tudo zerado e nenhuma equipe vai com vantagem para o segundo jogo, semana que vem, na Vila Belmiro.

Primeiro tempo equilibrado

O primeiro tempo foi muito corrido, brigado e pegado. As duas equipes mostravam muita aplicação na marcação, Liédson era incansável no time do Corinthians e voltava para marcar até o campo de defesa. O tmepo foi passando e o equilíbrio persistia. Em bela jogda pela esquerda, Neymar avançou e ao invés de cruzar preferiu o chute, carimbando a trave de Júlio César. No lance seguinte, o Timão respondeu em chute de Bruno César, que passou por cima da trave de Rafael.

Neymar incendeia jogo

A segunda etapa começou com alteração no Santos: Ganso,sumido na primeira etapa, sentiu a coxa e deu lugar para Allan Patrick. Coube a Neymar a missão de ser o melhor jogador do Santos. O menino estava endiabrado, em belo passe ele deixou Danilo na cara do gol e o jogador baeu pra fora. Pouco depois, ele tabelou com Allan Patrick e carimbou o travessão corintiano. Com o adversário melhor em campo, Tite fez dupla alteração: saíram Dentinho e Bruno César para as entradas de Willian e Morais. A equipe do Parque São Jorge até melhorou e levava perigo em contra ataques. Na melhor chance da equipe na partida, Liédson recebeu pela esquerda e carimbou a trave direita de Rafael. Sem gols na partida, as equipes vão empatadas para a partida de volta, mas antes, o Santos tem uma difícil missão na Quarta, quando vai até a Colômbia enfrentar o surpreendente Once Caldas, pela Copa Libretadores.

OBS: Um fato ruim para o futebol aconteceu hoje: Paulo Henrique Ganso irá parar por 30 dias devido á contusão de hoje

quinta-feira, maio 05, 2011

NEM MIL PALAVRAS EXPRESSAM A DOR NOS CORAÇÕES CRUZEIRENSES

Por Danilo Silveira

Queria eu hoje estar escrevendo sobre mais um baile e mais um passeio Cruzeirense em Sete Lagoas. E demonstro sim minha torcida. O jornalista é ser humano, tem sensibilidade, gostos e preferência. Mas hoje eu não posso dizer que o "Carrossel Celeste de Cuca" funcionou. Nada deu certo, um time que parece sim ter sentido e o Cuca hoje fez aquilo que ele não poderia ter feito, descontrolou-se.

Como disse um amigo meu amante do Cuca, "Mesmo sem sair uma gota do lado de fora, a alma ainda chora essa eliminação do Cruzeiro" Parece não haver uma explicação para o que aconteceu hoje em Sete Lagoas. Onde está o Cruzeiro que encanta? Onde está o Cuca comandando uma equipe envolvente e com personalidade. Parece que sumiram justamente na hora H. Sem dúvida,s muitos oportunistas vão vir com aquele discurso chato e batido de "amarelão" "desequilibrado emocionalmente". Em entrevista, o goleiro Fábio disse que essa Libertadores é passado e digo para ele que o futuro poderia se ralgo lindo e maravilhoso, mas agora via ficar apenas na imaginação dos Cruzeirenses.

É hora de levantar a cabeça, juntar os cacos e ir atrás do caneco do Mineiro. Ano que vem tem outra Libertadores, mas é preciso chegar até ela, e o único caminho é o Campeonato Brasileiro, e é nesse torneio que o Cruzeiro precisa vim forte. E posso falar: aposto nessa equipe.

Não posso terminar essa postagem sem falar do Cuca. Hoje, ele perdeu a cabeça. Nos acréscimos do jogo deu uma cotovelada em um adversário que disputava bola perto da linha lateral. Triste! Vergonhoso para um técnico tão bom. Vale ressaltar também que o meia Roger foi expulso na primeira etapa de maneira infantil e inconsequente. Os bastidores do Cruzeiro nesse momento devem estar bombando, e domingo tem decisão do Campeonato Mineiro. Desejo sorte ao Cruzeiro e peço calma ao Cuca! O futebol Brasileiro precisa dele, e ele precisa repensar o que fez hoje. Sem palavras, sem choro, apesar do árbitro ter anulado um gol legal do Cruzeiro no fim do jogo. O silêncio muitas vezes é o melhor remédio!

terça-feira, maio 03, 2011

EMOÇÃO, SUPERAÇÃO E MERECIMENTO: O BARCLEONA VAI VISITAR WEMBLEY!

Por Danilo Silveira

Estava engasgado há um ano! Em 2010, a Inter de Milão de José Mourinho eliminou o Barcelona na semifinal da Champions League. Chegava então a hora de dar o troco. Iniesta voltava de suspensão e o Barça estava mais do que pronto para encarar o Real, sendo que já começava o jogo com 2 x 0, placar construído semana passada no Santiago Bernabéu. O Real Madrid não contava com Pepe e Sérgio Ramos, suspensos. Na lateral direita Arbeloa substituiu o espanhol e no meio, Diarra entrou no lugar do Português. Além disso, Khedira e Ozil não atuavam por opção táticas, com Higuaín e Kaká sendo titulares. Dessa forma, o Real vinha mais ofensivo, com um time digno da grandeza do clube. O técnico José Mourinho, também não podia dirigir o time à beira do gramado, e como não foi achado um lugar seguro para ele dentro do Camp Nou (erro na estrutura, diga-se de passagem), o comandante português assistiu o jogo do hotel.

Real até sufoca, mas o show logo começa.

Precisando de gols, o Real Madrid conseguiu uma Blitz no campo ofensivo, encurralando o Barça, só que isso durou cerca de dez minutos apenas. Não demorou muito para o Barça colocar a bola no chão e sair tocando. Aos 21, escanteio cobrado da direita e Busquets apereceu livre e cabeceou para fácil defesa de Cassillas. Aos 29, um dos primeiros sintomas de nervosismo do Real, Ricardo Carvalho cometeu falta em Messi e puxou o Argentino no chão, dando a entender que queria que ele se levantasse de pressa. E no 15 minutos finais, as chances começaram a aparecer para a equipe Catalã. Após tro
ca de passes, Messi trouxe da direita pro meio e arriscou para defesa de Cassillas. Logo em seguida, jogada belíssima do Argentino; Daniel Alves cruzou da direita, ele dominou no peito, limpou Xabi Alonso e chutou cruzado, com a bola indo pra fora. Pedro ainda desperdiçou uma chance e Messi outra e o placar foi zerado para o intervalo; um detalhe é que Messi recebeu 5 faltas na primeira etapa, se não errei em minhas contas.

Barça dá aula de futebol e se classifica com empate.

Não precisa muito para um lance se tornar polêmico nesse tipo de jogo e com um minuto da segunda etapa, Cristiano Ronaldo arrancou pelo meio e foi derrubado por Piqué, na queda o Português derrubou Mascherano com o peso do seu corpo e a bola sobrou para Higuaín chutar para as redes, mas o árbitro deu falta de Cristiano no Argentino; em minha opinião, ele deveria ter assinalado falta do Piqué no jogador do Real. E aos 8 minutos,
explosão no Camp Nou: Iniesta deu passe primoroso para Pedro, que teve a calma e a tranquilidade para tocar na saída de Cassillas e abrir o placar. Agora, o baile catalão estava refletido também no marcador: 1 x 0. Imediatamente, Aitor Karanka, auxiliar de Mourinho que comandava a equipe, mexeu, tirando Higuaín para colocar Adebayor. E o show do Barça continauva e o Real se via na roda. A bola era tocada de um lado para outro, parece que um imã prendia a redonda nos pés dos jogadores do Barça. Kaká, apagado em campo deu lugar a Ozil. E bastou um erro do Barça pro Real empatar a partida; Pedro saiu jogando mal, entregando a bola nos pés de Di Mária, que deu um corte no marcador e chutou carimbando a trave, e na sobra, rolou pro meio para Marcelo emendar para as redes; o Brasileiro rapidamente pegou a bola e levou para o centro do gramado. E o Real parece ter acordado e veio pra cima, mas a calma, a tarnquilidade e o show de paciência dado pelo Barça fazia a partida estar altamente sob controle da equipe Catalã. Sem saída, o Real apelava para as faltas, Lass Diarra parecia ser o substituto de Pepe, tamanha era a grosseria na hora de marcar do meio campsita. Adebayor aparecia bem mais que Higuaín, não pelo futebol, mas pela quantidade de faltas que cometia. O futebol apresentado pelo Real era escasso e o volume de faltas da equipe cada vez aumentava mais. A atuação coletiva do Barça era perfeita, Iniesta era o dono do meio campo, Piqué era um xerife e Messi dispensa comentários. Começei a me perguntar no meio do jogo, se voltando de contusão Iniesta está jogando assim, imagina no auge físico? O Real mal pegava a bola o Barça marcava sob pressão, uma aula de marcação, uma aula de paciência, uma aula de toque de bola, uma aula de futebol era vista no Camp Nou. Uma aula também de superação; um time que perdeu a semifinal em 2010, manteve a personalidade, a pegada e rumava para a final; superação também de Iniesta, que voltando de contusão era um dos melhores em campo. E talvez a maior superação de todas foi vista aos 44 minutos: Um mês e meio depois de ser afastado dos gramados para cuidar de u m tumor no fígado, Abidal voltava aos campos para substituir Puyol. Um Camp Nou com quase 100 mil pessoas aplaudia o jogador em uma cena emocionante. É o Barça, de maneira belíssima, de maneira justa e limpa na final da Champions League, que acontece no fim do mês em Wembley.

Segundo minhas contas, o Real fez 30 faltas, 11 delas em Messi. Segundo dados de uma emissora de Tevê, o Barça terminou o jogo com 64% da posse de bola. Dados que ilustram a partida, mas garanto que nada substitui a beleza de ver o Barcelona jogar.