quarta-feira, novembro 30, 2011

O GIGANTE DE LA BOCA

A história de um fantástico passeio na história do Boca Juniors, o gigante clube de Buenos Aires


Por Danilo Silveira

Atual líder do torneio Apertura, que corresponde a uma parte do Campeonato Argentino, o tradicional Boca Juniors, clube de Buenos Aires, depois de três anos sem disputar a Taça Libertadores da América, deve voltar a competir no torneio continental em 2012. E como é bom ver o Boca de volta! No mês de junho deste ano, tive a grande felicidade de viajar até a Argentina e visitar o tão famoso clube. Fiquei surpreso, encantado e feliz.

O começo de uma longa viagem pelo gigante

De táxi, cheguei ao simpático bairro de La Boca, onde fica localizado o Boca Juniors. Não demorou muito até avistar o estádio, pintado de amarelo e azul, as tradicionais cores do clube. O taxista fez um grande favor, me deixando na porta de entrada para a loja do clube, que é por onde entram os turistas que vão fazer visitas. Assim que entrei, me deparei com uma imensa quantidade de produtos do clube. Roupas, acessórios e muitos funcionários do clube para atender os visitantes. Aos poucos, fui me familiarizando com o local e não demorou muito para olhar para a minha direita e me deparar com, nada mais nada menos que duas estátuas. Tratavam-se de dois homens, de baixa estatura. Ali estavam, na minha frente, Juan Román Riquelme e Diego Armando Maradona, dois grande ídolos do futebol argentino e do clube. Claro que eu tinha em mãos a minha máquina fotográfica e registrava tudo que via pela frente. Depois de rodar bastante tempo na loja do clube, chegava a hora de visitar outra parte: uma espécie de museu, a casa do Boca! Mas, para isso, era necessário falar com um dos atendentes, gastar alguns pesos para adquirir um ticket que me possibilitava ter acesso a essa outra parte do clube. Dinheiro pago, ingresso na mão e lá fui eu.

A magia do Boca Juniors

Mesmo sem ter um guia turístico, não era difícil entender cada coisa que tinha no museu. Não demorou muito para me deparar com centenas de pequenas fotos de jogadores, além de um painel gigante. Nesse painel, estava o nome de cada jogador que já vestiu a camisa do Boca, algo simplesmente sensacional. Junto ao nome de cada jogador, tinham informações como data de nascimento e gols pelo clube. É difícil precisar o tempo, mas perdi (na verdade ganhei) muitos minutos admirando os jogadores que fizeram parte da história do gigante Boca Juniors. Um pouco mais adiante, um auditório gigantesco, certamente onde devem acontecer alguns eventos, mas, nesse dia, ele estava vazio e fiquei admirando alguns quadros , com alguns dizeres interessantes sobre o clube.



Algo muito difícil é lembrar de tudo que vi dentro do museu, pois a cada passo, a cada respiração, algo diferente, algo novo. Em uma das paredes, estavam estendidas diversas camisas que o clube usou ao longo da história, nesse momento, tive vontade de pegar algumas delas para mim, mas, obviamente não o fiz. Em cada parede, uma frase, uma imagem ou algo relacionado ao Boca. Em um dos cantos do museu, fotos grandes com os jogadores que fazem parte do atual elenco do clube. Nesse momento, percebemos que esse museu tinha uma grande peculiaridade: ser renovável. Se por conta disso alguém se sentir mal de usar a palavra museu, pode trocar, pode usar “Casa do Boca”, “Loja do Boca”, Exposição do Boca”, qualquer dessas expressões pode ser válida, mas o fato é que o lugar tinha uma atmosfera muito interessante e cada instante que passava, dava mais vontade de permanecer lá dentro.

De fato, a Bombonera!

Depois de vasculhar bastante o museu, chegava a hora de subir uma rampa, que sinceramente não sabia onde ia dar. E nem durante o percurso de subida eu consegui não ser interrompido por algo interessante. Mais ou menos na metade do caminho que me levava ao segundo andar, me deparei com uma grande maquete, que simbolizava o bairro de La Boca. A paisagem escura dava a entender que era noite e obviamente, tive que tirar fotos. Incrível como ao analisar as fotos foi possível ter uma nítida impressão de que todo aquele cenário é real. Eu já estava em La Boca, mas parecia que tinha outra, dentro dela mesmo, em forma de maquete. Algo mágico! Quando chegava ao fim do meu percurso na rampa, foi possível avistar algo verde: o que era? Sim! Era grama! Era o campo do Boca Juniors, a tão famosa “La Bombonera”. Demorei alguns muitos segundos para acreditar que estava chegando de fato ao estádio, estava avistando o campo do Gigante de Buenos Aires. Quando foi possível ver de o campo todo, fiquei alguns minutos parado, perplexo, encantado e pouco depois desci as escadas da arquibancada para ver o estádio todo. Impressionante a proximidade das arquibancadas para o campo. Impressionante também a altura do estádio.


Fiquei imaginando a pressão que um adversário deve sentir ao jogar dentro de “La Bombonera” lotada. Uma espécie de caldeirão, algo perfeito. Posso descrever o estádio em mil palavras e provavelmente, quem ainda não visitou o estádio, quando visitar vai achar melhor ainda. A arquibancada que eu me encontrava ficava situada atrás de um dos gols e era a única com acesso ao público. Logo, um simpático rapaz veio em minha direção perguntando meu time. Quando disse “Flamengo”, ele mostrou bastante preparo e citou os nomes de Fluminense, Vasco e Botafogo, mostrando conhecer o futebol brasileiro. Logo, ele disse que eu poderia gastar mais alguns pesos e pisar no gramado para tirar algumas fotos e uma dessas fotos seria entregue para mim na hora. Logicamente aceitei a proposta e quando entrei no campo ele me veio com a bandeira do Flamengo e eu praticamente não acreditei. O clube possui a bandeira de diversos clubes, para atender os desejos dos visitantes. Depois de algum tempo, lá estava a foto revelada em minhas mãos. Depois de ficar bastante tempo admirando o estádio, voltei para o museu e me deparei com mais coisas interessantes no segundo andar.

A história do Boca em vídeos

Se a visita acabasse por aí, eu já consideraria o Boca Juniors o maior clube de futebol que eu já visitei, mas tinha mais coisa. Era possível ver diversos telões, passando vídeos com jogos antigos. Cada telão representava uma campanha do Boca em determinada competição. Uma coisa fantástica! Abaixo do telão, todos os jogos do time naquele campeonato. Alem disso, protegidos por vidros, vários troféus do clube expostos. A quantidade de telões era tantas que parecia que eu estava dentro de uma grande emissora de televisão. Fiquei mais algum tempo admirando os vídeos, depois dei uma rápida passada no refeitório do clube. Quando desci as escadas para ir embora, a minha fome já estava grande. Vi mais algumas coisas interessantes, tirei mais algumas fotos e tratei de ir embora, antes que eu resolvesse ficar lá para sempre! Tirei algumas fotos do Aldo de fora do estádio e fui embora na certeza que tinha feito um dos melhores passeios da minha vida.

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domingo, novembro 27, 2011

NO APAGAR DAS LUZES, BRASILEIRÃO FICA ABERTO TANTO NA PARTE DE CIMA, QUANTO NA PARTE DE BAIXO

Pelo terceiro ano consecutivo, título será decidido na última rodada; Corinthians e Vasco são os dois candidatos.



Por Danilo Silveira

O Corinthians chegou muito, mas muito perto de garantir o título de campeão brasileiro. O Cruzeiro chegou muito, mas muito perto de garantir-se na Primeira Divisão e rebaixar Atlético/PR e Ceará, mas quis os deuses desse maravilhoso e emocionante esporte que o dia 4 de dezembro fosse a data marcada para essas definições.

O Corinthians venceu o Figueirense, por 1 a 0, gol de Liédson e quando o árbitro apitou o término do jogo, faltavam cerca de dez minutos para o término do jogo entre Vasco x Fluminense. O 1 a 1 de momento dava o título ao Timão, mas o gol de Bernardo veio para dar uma ponta de esperança ao Vasco e jogar uma ducha de água fria nos corintianos. Agora, o Vasco precisa vencer o Flamengo e o Corinthians ser derrotado para o Palmeiras, para que o título não vá para o Parque São Jorge e o caneco pare na sala de troféus de São Januário.

Já na parte de baixo da tabela, a derrota do Atlético/PR por 2 a 1 para o América/MG, conjugada com a derrota do Ceará para o Cruzeiro estava rebaixando o Vozão e o Furacão, mas nos minutos finais o time cearense chegou ao empate diante da Raposa, deixando tudo em aberto. Agora, o Vozão enfrenta o Bahia, na última rodada, fora de casa, precisando vencer e torcer por um tropeço do Cruzeiro. Já o time mineiro, para não depender de outros resultados, precisa vencer o Atlético/MG, que hoje livrou-se do rebaixamento ao derrotar, em casa, o Botafogo, por 4 a 0. Já o Atlético/PR precisa na última rodada vencer o Coritiba e torcer para derrota do Cruzeiro e empate do Ceará. Se o Ceará e Cruzeiro empatarem o Furacão empata em pontos e números de vitória com o Cruzeiro, mas tem um saldo de gols a menos em relação aos mineiros.

E quem acha que a emoção acabou por aí, engana-se. Na briga por vagas na Libertadores, mudanças. O Flamengo, que encontrava-se em sexto, atrás de Figueirense e Inter, venceu o Colorado em Macaé, com gol único de Ronaldinho Gaúcho e pulou para quarto lugar, ultrapassando, além do próprio Inter, o Figueirense, derrotado pelo Corinthians. Botafogo e São Paulo poderiam entrar no G-5 também, mas o Glorioso perdeu para o Galo e o Tricolor Paulista foi derrotado pelo Palmeiras. Com isso, o Coritiba, que venceu em casa o já rebaixado Avaí, por 1 a 0, pulou de nono para quinto lugar. Com isso, Flamengo e Coxa dependem só dos seus resultados para irem para Libertadores de 2012. O Coritiba enfrenta o Atlético/PR, que ainda sonha em permanecer na elite, na Arena da Baixada e o Flamengo enfrenta o Vasco. O Rubro-Negro precisa apenas de um empate para garantir-se na competição Sul-Americana e com esse placar ainda tiraria do Vasco qualquer possibilidade de título. O Fluminense, com 62 pontos, já está garantido na competição, mas precisa de um empate, ou então de um tropeço do Flamengo para se livrar da Pré Libertadores. Uma derrota do Tricolor para o Botafogo, conjugada com uma vitória do Flamengo, coloca o Rubro-Negro direto na fase de grupos e empurra a equipe das Laranjeiras para a Pré-Libertadores.

Por fim: Alguém ainda acha que o sistema de pontos corridos, no Brasil, tira a emoção do campeonato?

JOE HART BRILHA E GARANTE EMPATE AO CITY DIANTE DO LIVERPOOL


Por Danilo Silveira

Cada dia que passa tenho mais convicção de que o Campeonato Inglês é o melhor e mais bem disputado do mundo. Neste domingo, mais um excelente jogo de futebol. O Manchester Cty conseguir arrancar um empate do Liverpool, jogando fora de casa, no estádio Anfield Road. O placar de 1 a 1 muito se deve à grande atuação do goleiro Joe Hart, do time de Manchester, que fez belas defesas durante os 90 minutos.

Pouco antes da bola rolar, pôde-se ouvir um grande minuto de silêncio, em respeito à morte de Gary Speed, que aconteceu na manhã deste domingo. Como jogador, foi o segundo que mais vezes entrou em campo para disputar jogos de Premier League e atualmente dirigia a Seleção do País de Gales. Gary Speed foi encontrado enforcado, dentro de casa e há suspeitas de suicídio.

O jogo

A bola rolou e o Manchester City começou melhor na partida, tentando pressionar a equipe adversária no campo ofensivo, com a proposta de manter a posse de bola à procura de espaços no meio dos marcadores. O primeiro lance de perigo de gol aconteceu aos 16 minutos e nasceu em uma falha do lateral-esquerdo José Enrique, do Liverpool. O jogador espanhol atrasou a bola para o seu compatriota Pepe Reina, mas a bola foi espremida e Aguero por pouco não ganhou a dividida do goleiro. No lance, Reina usou o braço esquerdo e a bola estava fora da área, mas o árbitro nada assinalou. As chances de gols foram escassas nos minutos iniciais e o primeiro gol da partida acabou nascendo de bola parada. Aos 30, escanteio cobrado da direita e o zagueiro Kompany, usando a cabeça e o ombro, abriu o placar para os visitantes. Porém, dois minutos mais tarde, o Liverpool empatou, em lance onde contou com a própria sorte e a infelicidade do zagueiro Lescott, que fez uma boa partida. O meio-campista Adam arriscou fraco, de muito longe, mas a bola acabou desviando no defensor do City e matando o goleiro Hart. O City acusou o golpe e o Liverpool se animou com o gol, passando a ser superior na partida. Ainda na primeira etapa, a equipe da casa teve duas chances de virar o marcador. Aos 36, pela ponta esquerda, Kuyt deu belo lançamento para Adam, que da entrada da área bateu rasteiro, quase pegando Hart no contrapé, mas o goleiro ainda conseguiu utilizar os pés e impedir o gol. No minuto seguinte, Johnson apareceu pela direita e bateu colocado, mas a bola acabou saindo. E no último lance da primeira etapa, apareceu o talento do time visitante. Aguero tabelou com David Silva pela ponta esquerda e chutou rasteiro, obrigando Reina a trabalhar.

Joe Hart aparece e se transforma no nome do jogo

Se cada time teve seu momento de superioridade na primeira etapa, os 45 minutos finais começaram de forma bastante equilibrada. O Liverpool, empurrado por sua torcida, buscava a vitória e o City tentava não se acuar, assim, o jogo estava totalmente aberto. Aos 19, o técnico Roberto Mancini, aniversariante do dia, resolveu sacar o francês Nasri, que fez uma partida razoável, para lançar o atacante Balotelli, que apresentava, em meio ao seu cabelo raspado, um desenho amarelo na cabeça. Dois minutos depois da entrada do italiano, quem teve a chance de marcar foi o Liverpool. Downing recebeu lançamento na entrada da área, pegou de primeira, a bola quicou no gramado e Hart fez uma boa defesa. Aos 28 minutos, mais um recuo de bola errado e Reina teve novamente que ser ágil para dividir com o meio-campista Milner para evitar que o adversário saísse na cara do gol. Aos poucos o Liverpool começava a pressionar o City de maneira mais incisiva, aos 31, após bate rebate na área, a bola sobrou para Skertel finalizar, mas Hart defendeu de forma segura. Vendo seu time começar a ficar acuado, Roberto Mancini promoveu sua segunda mudança, lançando Dzeko na vaga de Aguero, que fez um bom primeiro tempo. No minuto seguinte, em jogada de ataque, Balotelli acabou pulando em cima do zagueiro Skertel e jogando o braço no rosto do adversário, recebendo assim o segundo amarelo e sendo expulso de campo. Tão logo, o técnico escocês do Liverpool, Kenneth Dalglish, promoveu sua primeira e única mudança na equipe, tirando Kuyt, que não foi muito bem, e lançando o atacante Carroll. Os três lances de perigo nos minutos finais deixaram claro que os goleiros foram os grandes personagens do jogo. Aos 42, Suárez apareceu pela direita e chutou para mais uma boa defesa de Hart. No minuto seguinte, contra ataque do City, David Silva recebeu na área e Reina saiu do gol para fechar o ângulo do jogador, que perdeu tempo e quando conseguiu fintar o goleiro e chutar, os marcadores do Liverpool já tinham chegado e impediram que o chute entrasse. O lance mais incrível do jogo aconteceu aos 47 minutos, quando Carroll cabeceou uma bola no canto esquerdo e Joe Hart fez uma monumental defesa e no rebote Suaréz chutou para nova defesa do goleiro do Manchester City, que garantiu mais um precioso ponto para o seu time, além da invencibilidade na competição. Agora, em 13 partidas o City conseguiu 11 vitórias e dois empates, liderando a competição com cinco pontos de vantagem para o Manchester United. Já o Liverpool encontra-se em sexto lugar, dois pontos atrás do Chelsea, que é o quinto.

EM MEIO A TANTA COISA ERRADA, O FUTEBOL VALE MUITO A PENA #PARABÉNSSPORT


Por Danilo Silveira

Cada dia que passa, o futebol nos deixa mais triste com certas situações, certas coisas que acontecem que realmente acabam desanimando aqueles que, como eu, são apaixonados pela beleza desse esporte. Escândalos, brigas entre torcidas, violência em Centros de Treinamento, despreparo de algumas entidades, mas no meio de tudo isso, ainda se acha um motivo para sorrir. E hoje, mais uma vez, o futebol provou que em meio a tanta coisa errada, sempre há um espaço para se comover e se emocionar.

O palco foi o estádio Serra Dourada. O Sport enfrentava o Vila Nova, na luta para voltar à Primeira Divisão, depois de estar disputando pelo terceiro ano consecutivo a Série B. O palco estava montado, o apaixonado torcedor pernambucano encheu as arquibancadas e fez uma linda festa. Um misto de ansiedade, nervosismo e paixão davam o tom do estádio, em um dos jogos mais importantes daquela equipe nos últimos anos. Mas, dentro de campo é que morava o problema. Não pela qualidade técnica de jogares, não pelo adversário ser difícil, mas sim pelo estado do gramado. Uma forte chuva castigou a grama e deixou o estádio sem condições de receber uma partida de futebol. O certo seria cancelar o jogo e remarcar. Mas, as partidas da última rodada precisam ser realizadas no mesmo horário e o adiamento do jogo certamente geraria um transtorno muito grande. Parece-me que o gramado do Serra Dourada não tem um sistema de drenagem nem perto de bom ou então caiu um temporal daqueles do tempo da Arca de Noé. Qualquer das opções que seja a correta, o fato é que o estádio não apresentava ali as condições básicas para a prática futebolística.

Mas, o jogo enfim começou. O primeiro tempo terminou 0 a 0 e os outros resultados indicavam que o Leão Pernambucano precisava vencer se quisesse voltar à Primeira Divisão. Poucos minutos passados da segunda etapa e chega a notícia de que o jogo entre Asa e Vitória teve 28 minutos de intervalo (o certo são quinze), pois a equipe baiana demorou a voltar ao gramado. Em meio a tantas coisas erradas, o Sport lutava dentro de campo com todas as suas forças, mas acontece que a força da natureza é maior e as poças em campo não deixavam a bola correr, não deixavam o jogo fluir e me fazia pensar que o acesso ficava cada vez mais longe do Sport e que, incrivelmente, fenômenos naturais estavam interferindo diretamente no resultado final de uma partida ou pelo menos interferindo na realização da partida em condições decentes.

Foi quando aos 20 e poucos minutos, uma cabeçada de Bruno Mineiro morreu no fundo das redes do Vila Nova e o Serra Dourada quase veio abaixo. Nesse momento, choros de alegria, risos de felicidade, rezas em nome da fé e agradecimentos aos céus ditavam o ritmo nas arquibancadas. Cada torcedor do seu jeito, da sua maneira única e particular, comemorava. Teve aquele que ficou perplexo e parece ter travado todo o corpo com o gol do Leão, teve aquele que beijou o escudo, aquele que começou a chorar copiosamente. Mas todos eles, movidos por um só sentimento: a paixão pelo Sport. A paixão pelo Sport que hoje superou distâncias, que levou gente de Pernambuco para Goiás, a paixão que foi além dos limites da tensão de ver um time jogar em condições inadequadas. E um time que correspondeu dentro de campo ou, se preferirem, dentro d’água. Se a torcida superou muitos limites, o time em campo superou os limites da natureza.

E ao final do jogo, a grande festa. Errado ou não por leis esportivas, a torcida invadiu o gramado do Serra Dourada para comemorar, para festejar e para rezar. Após algum tempo comemorando dentro do campo, torcedores se reuniram no centro do gramado, se ajoelharam e agradeceram aos céus pelo acesso do Sport de Recife para a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro. Foi algo arrepiante, algo bonito, mágico. Se há coisas no futebol que fazem a gente repensar o envolvimento tão grande com esses esportes, há outras que fazem a gente se emocionar, se comover e ter a certeza que o futebol vale a pena.

PARABÉNS LEÃO!!!

sábado, novembro 26, 2011

DANDO UMA DE GATO MESTRE



Por Danilo Silveira

Resolvi dar uma de Gato Mestre para a 37ª rodada do Brasileirão. Vamos lá:

Palmeiras 1 x 2 São Paulo

O enjoado time do Palmeiras vai até dar trabalho para o São Paulo, mas no fim vai prevalecer a qualidade do Tricolor Paulista, que vai seguir vivo na luta por uma vaga na Libertadores do próximo ano.

Santos 2 x 0 Bahia

Precisando vencer para não depender mais de nada para permanecer na elite, o Bahia vai perder para o Santos, que vai usar o jogo como teste para o Mundial de Clubes.

Flamengo 1 x 0 Inter

Vai ser mais uma atuação ruim do time da Gávea, mais a massa rubro-negra vai empurrar e o time conseguir uma vitória suada diante do Inter e entrar na zona de classificação para a Libertadores.

Fluminense 2 x 2 Vasco

Vai ser um dos melhores jogos do campeonato, recheado de gols das duas equipes. O empate vai tirar o Fluminense da briga pelo título, mas via manter o Vasco vivo, por conta do tropeço corintiano.

Grêmio 1 x 1 Atlético/GO

Com o Dragão praticamente livre do rebaixamento e o grêmio quase garantido na Sul-Americana, teremos um jogo chato no Olímpico e um empate com um gol para cada lado.

Atlético/MG 2 x 0 Botafogo

O Botafogo até que vai jogar bem, mas não vai conseguir segurar o Galo, que vai afzer boa partida e livrar-se de uma vez por todas da degola.

Figueirense 1 x 0 Corinthians

Na raça e na vontade, o Figueira vai superar o Corinthians, ganhar fôlego na briga pela Libertadores e jogar a decisão do título, pelo terceiro ano consecutivo, para última rodada.

Coritiba 3 x 0 Avaí

Diante do rebaixado time catarinense, o Coxa vai vencer bem, mostrar mais uma vez sua força em casa e continuar com chances remotas de Libertadores.

América/MG 2 x 1 Atlético/PR

Já rebaixado, o América/MG vai contribuir para ter a companhia do Furacão na Série B de 2012. Com boa atuação, a equipe de Givanildo vai vencer e apertar a corda no pescoço do time paranaense.

Ceará 0 x 0 Cruzeiro

Vai ser um jogo com cara de decisão. Muita correria, muita vontade, pouca inspiração e nada de gols.

quarta-feira, novembro 23, 2011

BARÇA VENCE MILAN EM GRANDE JOGO DE FUTEBOL

Time italiano busca empate duas vezes, mas acaba derrotado no San Siro por 3 a 2

Por Danilo Silveira


Aqueles que tiveram a oportunidade de assistir ao duelo entre Milan e Barcelona, na tarde desta quarta-feira, foram coroados com um grande jogo de futebol. Jogando em casa, no estádio San Siro, o Milan, comandado por Maximiliano Allegri, fez uma excelente partida diante da equipe espanhola comandada por Pepe Guardiola. No placar, 3 a 2 para o time espanhol, que teve alguma dificuldade de implementar seu estilo de jogo, mas esbanjou talento e qualidade para chegar à vitória.
Primeiro tempo de tirar o fôlego.
O Milan começou a partida utilizando a estratégia de marcar o adversário no campo ofensivo. E deu certo, haja vista que o time espanhol tinha dificuldades de impor o seu ritmo e estilo de jogo, de atuar no campo ofensivo mantendo a posse de bola. Porém, o Barça tem muita qualidade e aos 13 minutos chegou ao primeiro gol. Lançamento para Thiago Alcântara na direita, ele conseguiu ganhar da marcação e perto da bandeirinha de escanteio impediu que a bola saísse; o jovem dominou a redonda, tocou para trás e encontrou Messi. E quando a bola encontra o melhor jogador do mundo quase sempre algo de produtivo acontece; e dessa vez o argentino deu um lançamento primoroso para Abidal na ponta esquerda; o francês chegou batendo cruzado e antes que a bola encontrasse Xavi, Van Bommel acabou desviando e marcando contra. O gol serviu de ânimo para o Barcelona e aos 16, nova jogada de Thiago Alcântara; ele deu um bonito passe para Fábregas, que deu um belo chute de primeira, obrigando Abiatti a trabalhar. A resposta do Milan veio dois minutos mais tarde, quando Ibrahimovic recebeu na esquerda, bateu para área e a bola chegou ao outro lado, encontrando Boateng, que bateu para o meio encontrando Robinho, que perdeu uma incrível oportunidade, batendo por cima do gol, estando a cerca de três metros do gol. Mas os italianos conseguiram chegar ao empate no minuto seguinte; Sedoorf, conhecido por ter muita qualidade no passe, deu uma assistência perfeita para Ibrahimovic, que bateu na saída de Valdés para deixar tudo igual. O ritmo do jogo era eletrizante e Messi quase colocou o Barça novamente na frente minutos depois, ao finalizar um cruzamento rasteiro de Fábregas e acertar o travessão. Aos 28, uma bela troca de passes do Barcelona e Xavi acabou derrubado na área; pênalti assinalado. Messi, que até ali não tinha marcado nenhum gol em equipes italianas, correu para bola e bateu com paradinha, no canto direito de Abiatti. Porém, essa paradinha fez o árbitro invalidar o gol e dar cartão amarelo para Messi. O argentino partiu novamente para a cobrança, mudou o canto e fez o segundo gol do Barça na partida. E o tento parece ter animado o argentino, que ainda teve duas grandes aparições na primeira etapa. Aos 32 ele serviu David Villa, que não ampliou devido à grande defesa de Abiatti e aos 38 ele fez fila no sistema defensivo do Milan e chutou cruzado para nova defesa do goleiro. No jogo da 1ª rodada, o Milan chegou ao empate nos acréscimos, com uma cabeçada de Thiago Silva e por muito pouco o brasileiro não empatou também o jogo de volta, também pelo alto. Aos 46, após escanteio da direita, ele subiu livre, mas a cabeçada acabou passando à esquerda do gol de Váldes.
Milan empata, mas Xavi coloca Barça novamente na frente.
Durante a primeira etapa, o Milan deu trabalho ao Barça, com Ibrahimovic, Boateng e Sedoorf tendo boas atuações. Na parte ofensiva, talvez Robinho tenha sido o jogador de menor destaque e para a segunda etapa, ele deu lugar para Alexandre Pato. E o Barcelona começou bem os 45 minutos finais, mas aos 8 minutos, após uma sobra de bola área, Boateng deu um drible desconcertante em Abidal e finalizou para vencer Valdés e empatar novamente a partida. O gol fez o Milan se animar e tentar pressionar o Barcelona, que voltou a ter dificuldades no jogo. Mas, aos 17 minutos, talvez no momento mais delicado da equipe espanhola na partida, apareceu novamente o talento dos jogadores da equipe. Messi deu um passe genial, deixando Xavi na cara do gol e o espanhol teve calma e categoria para completar rasteiro para o fundo das redes e colocar novamente seu time à frente do placar. Pouco depois do gol da equipe espanhola, Maximiliano Allegri precisou mexer novamente na equipe, já que o zagueiro Nesta se machucou.Em seu lugar, entrou Bonera. Enquanto isso, Guardiola tirava David Villa, que não fez uma boa partida, para colocar o chileno Aléxis Sanches, que brigou bem mais que o seu companheiro. Aos 23, ele quase ampliou após desviar uma cobrança de falta, mas Abiatti apareceu e fez boa defesa. Na segunda metade da etapa final, a partida caiu um pouco de produção, com as chances de gol parando de aparecer. O Milan, que contou com a entrada de Nocerino na vaga de Vam Bommel, tentava acelerar o jogo e pressionar a equipe espanhola em busca do gol de empate. Enquanto isso, na equipe espanhola, Pedro entrou na vaga de Fábregas, que não apresentou o melhor do seu futebol (dele muito se espera), mas fez uma grande partida. Vale ainda destacar a grande atuação de Thiago Silva na segunda etapa, que apareceu bem para conter os avanços da equipe adversária. Os minutos se passaram e o Barcelona conseguiu segurar o marcador e sair da Itália com a primeira colocação garantida na fase de grupos da UEFA Champions League.

terça-feira, novembro 22, 2011

FESTA NAPOLITANA


Na raça e com dois de Cavani, Napoli derrota o City e chega perto da vaga para as oitavas da Champions

Por Danilo Silveira
Foi um belo jogo de futebol. Um dos melhores times da Itália enfrentava um dos melhores times da Inglaterra. E no duelo entre Napoli e Manchester City, realizado em Nápoles, no estádio San Paolo, melhor para os donos da casa. Com dois gols do artilheiro Cavani, a equipe de Walter Mazzarri conseguiu uma heróica vitória diante dos comandados de Roberto Manicini e agora precisa somente de si, mais precisamente de um vitórias fora de casa diante do Villarreal, para avançar para as oitavas de final da Champions League.
O Jogo
Aos 18 minutos de jogo saiu o primeiro gol da partida. Da esquerda, Lavezzi cobrou escanteio no primeiro pau, Cavani desviou de leve na bola e ela entrou. Era o Napoli conseguindo uma importante vantagem na primeira metade da etapa inicial. Mas, do outro lado, encontrava-se o Manchester City, atual líder do Campeonato Inglês, que tem apresentado um bom futebol. E a equipe comandada pelo italiano Roberto Mancini trocava bons passes, tentando envolver o Napoli para tentar empatar a partida. E o gol saiu em uma falha do zagueiro Aronica. Bola na direita, cruzamento rasteiro e o defensor cortou mal e a bola sobrou para David Silva, que bateu cruzado para defesa de De Sanctis, mas na sobra, Balotelli sói teve o trabalho de empurrar a bola para as redes. E nesse momento o Napoli vivia uma situação complicada na partida. Além de ver sua vantagem ir pelo ralo, a equipe italiana via o City jogar melhor e o apito final da primeira etapa veio em excelente momento.
Cavani aparece de novo e dá vitória ao Napoli
Para a segunda etapa. as equipes voltaram sem substituições, mas o desenho do jogo mudou um pouco e o Napoli conseguiu sair mais para o campo ofensivo. E logo aos 4 minutos, Dossena cruzou da esquerda e Cavani emendou para marcar o seu segundo gol no jogo e colocar novamente sua equipe na frente. E o City passou por um momento de desequilíbrio. A equipe inglesa pareceu ter sentido o gol e via o Napoli melhor na partida. Aos 14, Walter Mazzarri precisou mexer, tirando o volante suíço Inler, machucado, e lançando Dzemalli. Os minutos se passaram e o City logo equilibrou novamente a partida e aos 26 minutos, a equipe ficou mais ofensiva, já que Roberto Mancini optou por tirar De Jong e lançar o francês Nasri em campo. O problema nem de longe era falta de ousadia, mas acontece que Mancini tinha no banco de reservas Kum Aguero, mas optava em mante-lo na reserva, talvez algum aspecto físico que eu desconheço impossibilitasse o argentino de jogar muito tempo e o ele seguia no banco de suplentes. O City tentava encurralar o Napoli no campo ofensivo,mas acabava ficando exposto ao contra ataque. E os italianos tiveram três chances de aumentar o placar. Primeiro, Lavezzi driblou Kompany pela esquerda e arriscou para defesa de Hart, depois Hamsick carimbou a trave do goleiro inglês e por último Maggio recebeu de Lavezzi, mas errou ao tentar driblar o goleiro. Somente aos 35 minutos, Aguero veio para o jogo, na vaga de Dzeko, que foi bem discreto na partida. E logo em seus primeiros lances ele foi perigoso. Primeiro, colocou a bola na cabeça de Balotelli, que cabeceou por cima e depois arriscou um chute pela ponta direita e obrigou De Sanctis a trabalhar. Quanto mais o final do jogo aproximava-se, mais a pressão do City aumentava, mas após o apito final, festa napolitana no estádio San Paolo. O Napoli conseguia uma heróica vitória para continuar dependendo das próprias pernas na Champions League.
No outro jogo do grupo, o Bayern venceu o lanterna Villarreal, na Alemanha, por 3 a 1, garantindo assim a primeira colocação do grupo. Agora, a briga fica pela segunda vaga. Para seguir na competição, o City precisa derrotar o Bayern na Inglaterra e torcer por um tropeço do Napoli na Espanha, diante do Villarreal. Caso contrário, o atual líder do Campeonato Inglês irá dar adeus à competição européia de forma precoce.

domingo, novembro 20, 2011

BALANÇO DOS CARIOCAS NA 36ª RODADA

Flu goleia e quebra série invicta do Figueira, Vasco vence Avaí, enquanto Flamengo e Botafogo decepcionam

Por Danilo Silveira

Peço Desculpa a todos os botafoguenses, mas não vou poder me aprofundar em detalhes de Botafogo 1 a 2 Inter, pois não assisti ao jogo. Mas, cabe destacar que o Glorioso chegou à quarta derrota seguida e vê o sonho de disputar a Libertadores de 2012 cada vez mais longe.

Vasco 2 a 0 Avaí

No sábado, o time cruzmaltino fez o seu dever de casa muito bem ao vencer o Avaí, por 2 a 0, com uma boa apresentação. Na primeira etapa, o goleiro Moretto, da equipe catarinense, teve bela atuação e foi determinante para a partida chegar sem gols ao intervalo. Mas, logo nos minutos iniciais do segundo tempo, Felipe, um dos principais nomes do jogo, marcou um golaço, ao driblar um marcador e chutar com estilo, no canto esquerdo do goleiro, que nada pôde fazer. Pouco tempo depois, Bernardo foi para o jogo e assim que entrou em campo, cruzou da esquerda uma bola na cabeça de Élton, que de cabeça, ampliou e fechou o placar. No domingo, a torcida vascaína secou o Corinthians e chegou a ficar contente quando o Atlético/MG fez 1 a 0. Mas com um gol de Liédson e outro de Adriano, aos 43 minutos, o Timão virou e segue na liderança, com dois pontos de vantagem.

Figueirense 0 a 4 Fluminense

Na última quarta-feira, Fred fez quatro gols na vitória do Tricolor sobre o Grêmio, por 5 a 4 e hoje mais uma vez o artilheiro apareceu, balançando as redes três vezes e ajudando o Fluminense a quebrar a série invicta de 14 jogos sem perder do Figueirense. Na primeira etapa, o Flu não jogou bem. Com um sistema defensivo muito bagunçado, a equipe de Abel Braga viu o time catarinense desperdiçar algumas chances de gol. Porém, nos minutos finais, Sóbis poderia ter colocado o Tricolor em vantagem, mas de frente para o gol chutou fraco, para tranqüila defesa de Wilson. Na segunda etapa, o Tricolor logo abriu o placar com Fred. O Figueirense saiu em busca do empate, mas o Tricolor melhorou a marcação e passou a jogar muito bem taticamente. Foi a vez do Figueira se desorganizar na parte defensiva e tomar mais três gols, dois de Fred e um de Marquinhos. Se conseguir duas vitórias nas duas rodadas que faltam e o Corinthians não somar mais que um ponto, o Fluminense chegará ao título brasileiro de 2011, assim como em 2010.

Atlético/GO 0 a 0 Flamengo

Apesar de não ter perdido, o Flamengo mais uma vez deu vexame. Com o Serra Dourada cheio de torcedores rubro-negros, a equipe de Vanderlei Luxemburgo fez uma partida nada mais que bisonha e chegou ao terceiro jogo seguido sem marcar gols. Mesmo com atuações péssimas em seqüência, a equipe continua viva na briga por uma vaga na Libertadores. Durante quase todo o jogo, praticamente nenhuma chance de gol. Ronaldinho mostrou-se apagado e criou muito pouco. Thiago Neves até apareceu bastante, mas errando basicamente tudo que tentava. Enquanto isso, o Atlético/GO dominou o campo ofensivo por grande parte do tempo, criou algumas chances, mas faltou um pouco de competência e sorte para abrir o placar. Com o empate, o Flamengo saiu do G-5, cedendo lugar ao Inter. Na próxima rodada, o Rubro-Negro recebe o Colorado, em Macaé, e se vencer volta à zona de classificação para a Libertadores.

quinta-feira, novembro 17, 2011

UM DIA A PACIÊNCIA ACABA

Em dia de xinagmentos a Luxemburgo e Ronaldinho, Fla tem atuação péssima e pênalti defendido por Paulo Victor garante empate sem gols

Por Danilo Silveira

A torcida do Flamengo, que deu show durante todo o Campeonato Brasileiro, apoiando o time mesmo nos momentos mais complicados, perdeu de vez a paciência. A péssima atuação diante de um arrumado Figueirense, rendeu vaias para o técnico Vanderlei Luxemburgo e até para Ronaldinho Gaúcho, que teve uma das suas piores atuações desde que chegou à Gávea.

Um passe do R10 para Leo Moura, somado a uma assistência perfeita do lateral para Deivid, que debaixo da trave perdeu a chance de abrir o placar, ao ter seu chute defendido por Wilson. Isso foi o que de melhor o Flamengo conseguiu produzir dentro dos 90 minutos e olha que o fato aconteceu logo aos dois minutos de jogo. Fora isso, passes errados, uma zaga enrolada, um meio-campo sem criatividade, laterais fora de forma e um treinador perdido. Foi isso que se viu em um Engenhão com bom público. Os passes que o Flamengo acertava eram laterais, sem objetividade e quando os jogadores tentavam algo mais bem elaborado, os pés dos adversários costumavam ser o destino da bola. Por outro lado, quando o Figueirense tinha a bola, a rodava com tranqüilidade, calma e muito mais lucidez. O lateral-direito Bruno se destacava e em um dos raros lances de perigo da equipe catarinense na primeira etapa, ele driblou Júnior César e David Braz, ganhou na corrida de Aírton, foi ao fundo e cruzou; a bola rodou a área e chegou ao pés de Elias, que rolou para trás para Túlio chegar chutando, mas a bola acabou explodindo em um jogador rubro-negro. A velocidade de Welington Ném nos contra ataques não surtia muito efeito e o time catarinense ainda perdeu Júlio César, nos minutos iniciais do jogo. Contundido, o artilheiro da equipe deixou o campo para a entrada de Aloísio.Para a segunda etapa, as equipes voltaram com a mesma formação. Mas não demorou e Jorginho precisou mexer novamente, sacando Túlio, machucado, e lançando Jônatas, aquele mesmo, revelado pelo Flamengo. Enquanto isso, a torcida rubro-negra pediu o garoto Thomás e logo foi atendida. Luxemburgo lançou o jovem meia atacante e Muralha, nas vagas de Willians e Renato, que saiu vaiado por parte da torcida e teve seu nome gritado por outra parte. Olhando a característica dos jogadores trocados, esperava-se uma melhora do Flamengo, mas o time piorou ainda mais e em um erro de passe de Ronaldinho Gaúcho no ataque, o Figueira puxou contra ataque, Jônatas entregou para Aloísio, que serviu Welington Ném, que driblou Paulo Victor, mas acabou derrubado pelo goleiro; pênalti assinalado. Aloísio foi para a cobrança, mas bateu fraco, no canto direito do goleiro rubro-negro, que defendeu. Luxemburgo resolveu mexer novamente e chamou Fierro, mas as vaias e os gritos de burro vieram antes mesmo do chileno entrar em campo e o treinador rubro negro desistiu da mexida. Pouco depois, ele lançou Jael na vaga de Deivid, enquanto Jorginho tirava Elias para colocar Fernandes. A calma e tranqüilidade do Figueirense contrastavam com os erros do Flamengo e aos poucos o desespero foi batendo à porta da equipe da Gávea. As tentativas de Alex Silva de chegar ao ataque driblando os jogadores do Figueira demonstravam a falta de organização e padrão tático do time. Se Ronaldinho não errava tudo que fazia, errava quase tudo e em troca ganhou vaias da torcida nos minutos finais de jogo.

Título? Quem sabe no Cariocão 2012! Vaga na Libertadores? Quem sabe por um milagre divino! Técnico? O Flamengo precisa de um há algum tempo!

EMPATE COM SABOR DE DERROTA


Vasco faz 1 a 0, tem chance de ampliar, mas acaba cedendo empate ao Palmeiras
Por Danilo Silveira

Em um jogo pegado, amarrado, disputado, o Vasco perdeu a chances de continuar com o mesmo número de pontos do Corinthians. A equipe cruzmaltina chegou a assumir provisoriamente a liderança, ao estar ganhando de 1 a 0 do Palmeiras, enquanto o Timão empatava com o Ceará. Porém, o Verdão acabou chegando ao empate e o Corinthians marcou um único gol e conseguiu os três pontos em cima do Vozão.

Dedé abre o placar aos 3 minutos

Logo aos 3 minutos de jogo, o ídolo recente do Vasco, o zagueiro Dedé, subiu na área adversária e cabeceou para o fundo das redes para abrir o placar no Pacaembu. Era o início dos sonhos da equipe cruzmaltina. Logo, o Vasco definiu uma proposta de jogo: recuou, marcou muito bem e esperou o melhor momento para sair em contra ataque. Aos 15 minutos, uma bola enfiada na frente e João Vitor ia sair na cara do gol, mas acabou derrubado por Renato Silva. A opção certa do árbitro Leandro Vuaden seria dar o cartão vermelho para o defensor vascaíno, mas ele acabou agindo de maneira equivocada, dando somente o amarelo. E essa falta levou perigo: Marcos Assunção cobrou no canto direito e Fernando Prass fez boa defesa. Renato Silva não fazia uma boa partida, enquanto Dedé assustava talvez pelo excesso de confiança, ao tentar sair jogando driblando. Pelo lado esquerdo, Jumar fazia uma boa partida e o Vasco foi se segurando bem. Nos minutos finais da primeira etapa o Vasco conseguiu explorar melhor os contra ataques e em um deles, Felipe serviu Diego Souza que de cabeça quase ampliou, mas com a defesa de Deola, a equipe carioca foi mesmo com a vantagem mínima para o intervalo.

Luan empata e Vasco vê Corinthians abrir vantagem

Sem alterações, as equipes voltaram para a segunda etapa. E nos minutos iniciais, após uma jogada bem trabalhada pela direita, Allan arriscou e a bola passou à direita de Deola. Dedé, se não foi tão bem na primeira etapa, começou os 45 minutos finais de forma impecável, muito bem nas bolas aéreas. A torcida do Vasco cantava nas arquibancadas do Pacaembu e a essa altura do campeonato o time assumia a liderança, já que o Corinthians estava empatando em 0 a 0 com o Ceará. Aos 13, o sistema defensivo palmeirense cometeu a besteira de deixar Dedé livre após cobrança de escanteio e o “mito”, como é chamado pela torcida vascaína, obrigou Deola a fazer boa defesa em cabeçada. Aos 14, Felipão resolveu mexer duplamente, tirando Patrick e Ricardo Bueno e lançando Pedro Carmona e Dinei. Aos 16, em jogada pela ponta esquerda de ataque do Palmeiras, Dedé cometeu pênalti em Luan, mas Leandro Vuaden ignorou, mas pouco depois, veio a justiça. Escanteio cobrado e após bate rebate na área, Luan empurrou para as redes e empatou a partida. Logo depois do gol, Cristóvão Borges sacou Éder Luis, que não vinha bem e lançou Bernardo, que também não entrou bem. Os minutos se passavam e a grande chance do Vasco poderia ter vindo, mas o árbitro acabou ignorando uma penalidade em Felipe, por sinal, o segundo pênalti que Leandro Vuaden deixou de assinalar, que bom que foi um para cada lado, pelo menos o prejuízo é menor ao andamento do jogo. Diego Rosa e Elton entraram na equipe vascaína, nas vagas de Allan e Diego Souza. E em belo passe de Felipe, Diego Rosa teve a chance de desempatar o jogo, mas chutou por cima da meta. Felipão lançou Chico na vaga de João Vitor, os minutos se passaram e após o apito final, pior para o Vasco, que vê o Corinthians abrir dois pontos na luta pelo caneco. Já o Palmeiras, chegou aos 42 e segue a uma considerável distância da zona de rebaixamento.

segunda-feira, novembro 14, 2011

O PESO DA PALAVRA "STATUS"

Por Danilo Silveira

Pelo que leio, ouço, e vejo, os flamenguistas não agüentam mais o técnico Vanderley Luxemburgo. Sendo sincero, eu também não agüento mais o pentacampeão brasileiro fazendo besteiras atrás de besteiras à beira do campo. Mas, sinceramente, nenhuma mexida ou escalação do treinador me surpreende mais. Acho que aprendi a contemplar de maneira tranqüila e pacata as substituições feitas por treinador, que acho que nem ele entende.

Contra o Coritiba, por volta dos 30 minutos da primeira etapa, quando o time pedia por 2 a 0, ele começou a aprontar. Inventou de tirar o jovem Thomaá, que não vinha bem, mas também não vinha mal na parida, e colocou Willians. Isso mesmo, perdendo o jogo por dois gols, ele abria mão de um homem de criação para lançar um volante, diga-se de passagem, volante esse que há três dias Luxemburgo não queria mais no elenco do clube.

Por essas e outras que ver o Flamengo jogar está dando certo desânimo. Quando o técnico parece jogar contra o time, algo está errado. E além de contemplar a saída de Thomás ainda na primeira etapa, vi o treinador rubro-negro, após o intervalo, lançar o chileno Fierro na vaga de Aírton. Querem explicações táticas da substituição? Não tenho resposta e acho que o Luxemburgo não tem.

A falta de critério, falta de capacidade de enxergar o jogo e de mexer na equipe de forma decente, parece provocar revolta dos rubro-negros, o que de certa forma é bom. Acredito que se não fosse o nome “Vanderley Luxemburgo”, o nosso querido Luxa já teria pego suas malas e deixado a Gávea, escorraçado, como costumam dizer na gíria, há muito tempo. Enquanto isso, o Caio Júnior, que vem bem à frente do Botafogo, sofre com esse mal do futebol, que chama-se “status” Ou alguém aqui ainda acha que o trabalho do Luxemburgo é melhor que o do Caio Júnior.

Falando em números, apenas a quantidade de vitórias separam Flamengo e Botafogo e isso faz o time alvinegro estar na zona da Libertadores e os rubro-negros não. Se fosse para deixar de lado a paixão e o clubismo, eu diria: que o Botafogo vá para a Libertadores e o Flamengo dispute a Copa do Brasil, pois seria o mais justo pela qualidade do futebol apresentado pelas duas equipes.

Por fim, deixo uma perguntinha aos botafoguenses: querem trocar o Caio JR pelo Luxemburgo?

sábado, novembro 12, 2011

COM BELA ATUAÇÃO, FIGUEIRENSE VENCE GALO E FICA A DOIS PONTOS DOS LÍDERES

Depois de sair atrás, equipe pressionou o Galo durante toda a segunda etapa e conseguiu a virada

Por Danilo Silveira

Uma justa e bela vitória do time do Figueirense em Santa Catarina. A torcida compareceu e apoiou o time durante os 90 minutos e um gol aos 43 minutos de jogo decretou a vitória de virada, por 2 a 1 da equipe comandada pelo técnico Jorginho, sobre o Atlético/MG de Cuca, que tinha vencido as três últimas partidas.

O jogo começou bem equilibrado. As duas equipes jogavam com três volantes, mas Richarlyson atuava bem avançado no Galo, quase como um meia. Aos 8, próximo da meia lua, André arriscou e a bola saiu à direita do gol defendido por Wilson. O jogo era bom, movimentado e mais ou menos na metade da primeira etapa o Figueira passou a acelerar mais o jogo, tentando levar perigo com Júlio César e Welington Nem. No lado mineiro, Daniel Carvalho e Carlos César faziam boa partida. E o Galo acabou conseguindo levar uma vantagem para o intervalo. Escanteio cobrado da direita e Werley, que vinha bem defensivamente, fez de cabeça o primeiro gol da partida. Aos 47, o Figueira poderia ter empatado em boa jogada; Welington Nem entregou para Júlio César, que driblou dois atleticanos, mas de frente para o gol acabou chutando para fora.

Para a segunda etapa, Jorginho abriu mão de um volante, sacando Túlio para a entrada de Fernandes. E o Figueira voltou pressionando o Galo e o lateral-direito Bruno Vieira aos poucos foi se tornando o melhor jogador em campo; com um minuto ele fez boa jogada, cruzou e a bola chegou para Elias, no segundo pau, emendar de primeira e a bola sair à direita. Três minutos mais tarde, Welington Nem recebeu na frente, girou em cima da marcação e chutou com perigo, coma bola passando à esquerda. E aos 6, Welington Nem tabelou com Elias e chutou de fora; a bola tpocou no chamado “montinho artilheiro”, Renan Ribeiro acabou perdendo o tempo do lance e a bola entrou. Logo, Cuca mexeu na equipe, tirando Daniel Carvalho e lançando Marquinhos Cambalhota. Mas o Figueira tinha o amplo domínio do jogo e o Galo não conseguia ficar com a bola no campo ofensivo por muito tempo. A equipe comandada por Jorginho não parava de criar chances. Júlio César, Helder, Fernandes, todos tiveram a chances de virar o marcador. Enquanto isso, Cuca tirou Richarlyson e lançou Dudu Cearense e aos 21, Jorginho lançou Aloísio na vaga de Elias. Fillipi Souto ainda saiu para a entrada de Serginho e Éber entrou na vaga de Welington Nem, que fez boa partida. Os técnicos já tinham feito todas as alterações e o Figueira continuava em cima do Galo. E aos 42, Bruno Vieira, o melhor jogador em campo, deu um drible da vaca em Triguinho, cruzou rasteiro e Júlio César apareceu livre no segundo pau para marcar o gol da vitória. O estádio quase veio abaixo e o Galo, desorganizado, se lançou ao ataque, mas bravamente o Figueira se segurou até o apito final.

Com 56 pontos, o time catarinense está a dois dos líderes Vasco e Corinthians e seca os rivais, que entram em campo neste domingo. O sonho da Libertadores e até do título está mais vivo do que nunca no coração dos torcedores do Figueira.

domingo, novembro 06, 2011

AGORA SIM, FLAMENGO!


Flamengo joga bem, goleia o Cruzeiro e fica apenas três pontos atrás do topo

Por Danilo Silveira

Hoje foi o dia dos rubro-negros lavarem a alma. Vanderley Luxemburgo, que tanto errou sob comando do Flamengo, tanto escalou o time mal, fez o óbvio, escalou o time certo e o resultado acabou vindo naturalmente. Com um segundo tempo arrasador, com direito a três gols de Thiago Neves, o Flamengo fez 5 a 1 no Cruzeiro e colocou o time mineiro na zona de rebaixamento. E longe do Rio de Janeiro, os ventos sopraram a favor também. O Vasco perdeu para o Santos na Vila Belmiro, por 2 a 0, enquanto o Corinthians foi derrotado pelo América/MG, em Sete Lagoas, por 2 a 1. Com isso, o Fla está somente três pontos atrás do topo da tabela.

O jogo

O Flamengo começou a partida bem, avançando seus jogadores, marcando o Cruzeiro no campo de ataque. Mas, logo a Raposa equilibrou a partida, com o Montillo sendo a figura mais incisiva no meio-campo. O argentino partia para cima da marcação rubro-negra, esbanjando qualidade e levando perigo. Os minutos se passaram e aos 23, uma pane no sistema defensivo rubro-negro originou o primeiro gol cruzeirense. Escanteio cobrado da direita, desvio no primeiro pau e Anselmo Ramon apareceu livre de marcação, próximo à marca penal e emendou para as redes. E o gol animou a equipe celeste, que minutos depois, entrou tabelando na área rubro-negra e só não ampliou porque o chute de Farias carimbou o travessão. E a equipe mineira teve mais uma grande chance de ampliar; Montillo apareceu na área pela direita e Alex Silva chegou de carrinho, na bola, mas usando força desproporcional e o pênalti foi certamente assinalado. Victorino partiu para a cobrança e novamente o travessão salvou o Flamengo. E a ajuda do poste superior não parou por aí. Aos 35, Deivid arriscou de longe, a bola tocou no travessão, bateu nas costas do goleiro Fábio e entrou. Era o empate rubro-negro. E o Flamengo passou os minutos finais da primeira etapa bem e um chute de Thiago Neves, no canto superior direito de Fábio poderia ter virado o jogo, mas o goleiro cruzeirense fez ótima defesa. E a alegria dos flamenguistas viria na segunda etapa.

Sabe quando dá tudo certo para um lado e tudo errado para o outro? Essa foi a tônica da segunda etapa. Vanerlei Luxemburgo mexeu bem, lançando Muralha na vaga de Maldonado. E logo aos 3, Ronaldinho bateu escanteio no segundo pau e Deivid cabeceou para virar a partida. Três minutos mais tarde, Montillo, o melhor em campo do time celeste, acabou sentindo uma contusão e precisou ser substituído e assim Roger foi para o jogo. Aos 8, Muralha deu linda enfiada para Thiago Neves, que pela ponta esquerda dominou e chutou cruzado, para aumentar o marcador. Quatro minutos mais tarde, a dobradinha apareceu novamente. Muralha apareceu pela direita na grande área, cruzou para Thiago Neves, de cabeça, ampliar o marcador. Atordoado, o Cruzeiro não sabia o que fazer. Vagner Mancini lançou Élber e W. Paulista, nas vagas de Charles e Farías, mas pouca coisa mudou. O desequilíbrio emocional e a desorganização parecem ter tomado conta da equipe. Fábio, um dos líderes do time, apresentava uma expressão muito fechada, de tristeza. E aos 24, ele saiu jogando mal, nos pés de Thiago Neves, que deu um lindo toque encobrindo o goleiro, fazendo o quinto gol do Flamengo no jogo e o terceiro seu. Após o gol, Luxemburgo fez suas duas últimas mudanças, lançando David Braz e Fierro, nas vagas de Welinton e do garoto Thomás, que fez bela partida O jovem Anselmo Ramon, atacante do Cruzeiro e autor do gol, que tem qualidades, perdeu a cabeça. Aos 28 minutos, ele agrediu covardemente Fierro, atingindo o chileno na altura do pescoço com os pés, sendo expulso de campo. Os minutos passavam, a torcida rubro-negra fazia a festa, gritava “olé” e o Flamengo esperava o apito final. Um fato engraçado é que Ronaldinho, que tem feito grandes atuações, não fez um bom jogo, mostrando displicência em alguns lances. Mas, o Fla teve outro craque, Thiago Neves, que foi o melhor em campo e fez três merecidos gols.

Agora, o Flamengo chegou aos 55 pontos, contra 58 de Vasco e Corinthians e 56 do Fluminense. Se não fosse a teimosia de Vanderlei Luxemburgo, acredito que o Flamengo já seria campeão brasileiro à essa altura. Hoje, que ele resolveu colocar o time certo e equilibrado em campo, a equipe correspondeu, venceu e convenceu. Falando nisso, algum rubro-negro sentiu falta da dupla Reato Abreu e Willians?

sábado, novembro 05, 2011

EM DIA DE HOMAGENS A FERGUSON, MANCHESTER VENCE SUNDERLAND POR 1 A 0

Técnico, que completa 25 anos no comando do time amanhã, viu sua equipe vencer com um gol contra

Amanhã, dia 6 de novembro de 2011, o escocês Alex Ferguson Completa 25 anos no comando técnico do Manchester United. E hoje os Diabos Vermelhos receberam o Sunderland, em Old Trafford, em dia de homenagem. Em um lado das arquibancadas do estádio, os dizeres “Sr Alex Ferguson Stand”, já que é assim que o local será chamado a partir de hoje. Nas entradas dos times em campo, Ferguson foi aplaudido de pé e fez um discurso ao público. Realmente um momento marcante! É raro hoje ver um técnico permanecer u2 anos em um clube, imaginem 25? E do banco de reservas, o treinador viu seu time produzir pouco, mas conseguir vencer por um placar magrinho: 1 a 0.

O jogo

Com Ronney atuando de meia, Nani aberto na esquerda e Welbeck formando dupla de ataque com ataque com Chicharito, o Manchester pouco conseguiu criar nos minutos iniciais. O Sunderland, por sua vez, perdeu antes dos cinco minutos Wickham, que machucado cedeu lugar ao coreano Dong-Won Ji. E foi em chutes de Larsson e Bendtner que os visitantes assustaram o goleiro Lindegaard. O chute do sueco passou à esquerda da meta, mas o remate do dinamarquês obrigou o arqueio a trabalhar, pulando para o canto direito. E as chances de gol no restante da primeira etapa forma bem escassas. Um chute do Rooney de fora da área aos 30 minutos, para fácil defesa de Westwood era o reflexo da partida. Porém, quando tudo indicava que o jogo iria sem gols para o intervalo, Nani recebeu na área pela direita, bateu e Westwood colocou para escanteio. Córner cobrado da direita na área e Brown, defensor do Sunderland, que atuou no Manchester na última temporada, acabou mandando de cabeça para o fundo das próprias redes.

As equipes voltaram para a segunda etapa sem alterações e o panorama do jogo pouco mudou. Em ritmo lento, Manchester e Sunderland nem pareciam estar disputando em jogo de Campeonato Inglês. Algumas bolas alçadas na área, esboços de jogadas tramadas, mas de fato pouca coisa acontecia. O Manchester quase ampliou em uma cabeçada que um jogador adversário acabou tirando quase em cima da linha. Aos 31, Steve Bruce lançou Meyler e Al Muhammadi nas vagas de Colback e Sossegnon. Mas foi o Manchester que teve uma clara chance de ampliar. Rooney chutou rasteiro no canto direito, Westwood fez bela defesa e no rebote Evra emendou, mas o goleiro do Sunderland estava esperto e teve reflexo para conseguir evitar o gol. Ferguson ainda lançou Carrick e Berbatov, nas vagas de Park e Welbeck. Uma bola cruzada rasteira da direita passou na frente da meta de Lindegaard, mas ninguém tocou e o Manchester se salvou de tomar o empate nos minutos finais.

Verdade seja dita, o futebol apresentado pelo Manchester foi bem fraco, mas o dia foi salvo pelas homenagens ao Sr Alex Ferguson, que completa um quarto de século à frente do Manchester. Há quem diga que a aposentadoria nem passa pela cabeça do treinador e esse casamento pode até completar bodas de ouro!

quarta-feira, novembro 02, 2011

BAYERN VENCE NAPOLI COM "HAT TRICK" DE SUPER MARIO


Atacante alemão abriu 3 a 0 no jogo, mas equipe italiana reagiu e quase chegou ao empate

Por Danilo Silveira
Nesta quarta-feira, o Bayern de Munique deu um grande passo rumo à classificação para as oitavas-de-final da Champions League. A equipe alemã venceu o Napoli, por 3 a 2, em casa, com direito a Hat Trick (três gols na mesma partida) de Mario Gómez. Um jogo aparentemente fácil, visto que o time de Ribery, Mario Gómez e companhia abriu 3 a 0, ganhou contornos de emoção na etapa final.

O Jogo
O Bayern fez um primeiro tempo simplesmente arrasador. Com um meio-campo muito bem organizado, trocando passes de forma veloz e demonstrando paciência. Aos poucos, a equipe alemã, comandada por Josef Heynckes, envolvia o Napoli, que tentava não se encolher, mas acabava fazendo-o, mas aparentemente sem ser por vontade própria, mas sim porque assim lhe era imposto. Aos 9 minutos, Luiz Gustavo assustou em chute colocado de fora da área, defendido por De Sanctis, no canto direito. E antes da primeira etapa chegar à metade, saiu o primeiro gol do jogo. Aos 17, Luiz Gustavo tocou no meio para Schweinsteiger, que entregou a bola para Mario Gómez, na entrada da área; o atacante alemão deu um drible desconcertante em Campagnaro e chutou para o fundo das redes. O Napoli não conseguia ficar muito tempo no campo de ataque devido à forte marcação do time alemão. Lavezzi era a figura mais acesa no time italiano e pelos seus pés passavam grande parte, senão todas as jogadas ofensivas do time. Mas o primeiro tempo era do Bayern e de Mario Gómez. Aos 22, Kross cruzou da esquerda e em posição duvidosa, o Super Mário pegou de primeira para ampliar o marcador. E aos 43, aconteceu a jogada mais bonita da partida; após bela jogada coletiva do time do Bayern, com passes rápidos, De Sanctis fez uma boa defesa, mas deu rebote, deixando a bola chegar aos pés do nome do jogo: Mario Gómez, que não perddou. Era o 3 a 0! Mas, o tão esperado Bayern x Napoli precisava de contornos de emoção e aos 44 o zagueiro argentino Fernández apareceu na área adversária para diminuir o marcador, de cabeça. Falando em zagueiro, minutos antes Aronica se machucou e obrigou Walter Mazarri a fazer a primeira alteração, lançando Dossena em campo. Em chute de fora de área, Hamsick quase diminuiu ainda mais o marcador, já que a bola passou perto do gol de Neuer, à direita. Foi um dos últimos acontecimentos da primeira etapa.
A verdade é que os minutos iniciais do segundo tempo não foram tão bons quanto a primeira etapa. O Bayern já não conseguia envolver tanto o Napoli, que chegava mais ao campo ofensivo, mas não encontrava facilidades para criar chances de gol. Aos 5, uma grande pena. O bom volante alemão Schweinsteiger machucou o ombro e acabou sendo substituído por Tymoschuk. E aos 25 minutos de jogo, tudo levava a crer que o Napoli tinha sofrido um golpe fatal. Zuniga matou um contra-ataque que era puxado pela esquerda de ataque, pelo francês Ribery e acabou recebendo o segundo amarelo, sendo expulso. Três minutos mais tarde, De Sanctis trabalhou ao defender chutou de Lahm. E tudo caminhava para a vitória tranqüila do time alemão, porém, aos 31, o duelo, que parecia controlado pela equipe da casa, ganhou em emoção. Badstuber recebeu o segundo amarelo, ao fazer falta na ponta esquerda defensiva, sendo expulso. Logo em seguida, o volante suíço Inler alçou bola na área e novamente Fernández apareceu, para diminuir o marcador: 3 a 2. O Napoli tinha, a essa altura, cerca de 15 minutos para conseguir o empate, que seria um resultado heróico. Josef Heynckes tirou Ribery, que fez ótimo primeiro tempo, e lançou Alaba, que jogou na ponta esquerda de ataque, fazendo mais ou menos a mesma função que o francês que ele estava substituindo. Tudo levava a crer que o Napoli se lançaria ao ataque tentando o terceiro gol, mas acontece que a equipe italiana não conseguiu “ir para o abafa”, ou seja, exercer aquela pressão no adversário. Os minutos se passaram até que B. Kuipers soprou pela última vez na Allianz Arena, em Munique. Porém, não dá para fechar a crônica desse jogo sem falar do último lance, que foi uma coisa maravilhosa. O goleiro De Sanctis se lançou ao ataque, em busca de uma cabeçada para o gol adversário, porém, não conseguiu e ainda viu o adversário puxar contra- ataque e Mario Gómez cabecear uma bola perto do meio-campo, na direção do sue gol. O fato é que o goleiro deu um pique incrível, e quando a redonda estava próxima de passar a linha do gol, ele se tacou e conseguiu, com as pernas, evitar o quarto gol do Bayern e de Mario Gómez.
No outro jogo do grupo, o Manchester City venceu o Villarreal, fora de casa, por 3 a 0, roubando a segunda posição do Napoli. Veja a classificação abaixo, lembrando que na próxima rodada o Napoli recebe o City no San Paolo, em jogo que promete e muito:
Bayern: 10
City: 7
Napoli: 5
Villarreal: 0