quinta-feira, maio 31, 2012

EM NOITE DE APAGÃO, SELEÇÃO BRASILEIRA REACENDE CHAMA DA ESPERANÇA

Por Danilo Silveira



Era por volta das 21h, que estava eu sentado na minha poltrona, esperando a bola rolar para Brasil x EUA, fato esse que aconteceria cinco minutos mais tarde. De repente, ocorre um apagão e a energia do meu apartamento cai, assim como a do prédio, da rua e da rua ao lado. O jeito foi descer às pressas, à procura de um estabelecimento onde estivesse com energia e com a televisão ligada na transmissão do jogo. Não demorei a achar um barzinho, que não tinha muito movimento, nem muita gente em volta, mas estava passando o jogo. E lá vi Neymar fazer 1 a 0 de pênalti. Em seguida, lembrei-me que um amigo meu morava perto dali e liguei para ele, perguntando se lá havia energia. A resposta foi positiva e aos 16 minutos da primeira etapa, lá estava eu, acomodado, vendo perfeitamente o jogo.

Demorei algum tempo pensando, como a população não se identifica mais com a nossa seleção. Provavelmente, se tivéssemos um Boca x Fluminense pela Libertadores ou um Corinthians x Vasco, o fato da energia ter acabado em muitos prédios, faria aquele pequeno estabelecimento, naquele momento portando uma tevê ligada, estar lotado, entupido, intransitável. O fato é que não parecia uma noite de jogo do Brasil.

A verdade é que a Seleção Brasileira também não me empolga mais, também não desperta mais em mim aquele desejo, aquela torcida. Mas o fato é nesse jogo, o Brasil que se apresentou (pelo menos a partir dos 16 minutos, onde a energia me permitiu assistir) bem. Oscar foi bem, Neymar foi bem, Marcelo foi bem e o conjunto funcionou. O sistema defensivo apresentou falhas na bola aérea, mas a sorte e o goleiro Rafael ajudaram bastante. No placar final, 4 a 1 para o Brasil, com um de Neymar, um de Thiago Silva, um de Marcelo e um de Pato (é bom ver Pato voltar a jogar e fazer gol). Longe, bem longe de ser uma equipe parecida com a Espanha, Alemanha ou Argentina da Copa do Mundo de 2010, mas digamos, uma seleção aceitável. Gerações antigas, provavelmente lembram com saudosismo de Pelé, Garrincha, Jairzinho, entre outros. Já eu, lembro com saudosismo de Ronaldo e Rivaldo. Não sei se daqui a uns 20 anos, vamos nos lembrar, saudosamente, de Neymar, Ganso, Oscar e companhia.

Mas o fato é que é essa a turma que tem a missão de reconquistar a população brasileira, de fazer a torcida canarinha voltar a ter aquela vontade de torcer. Em 2006, a queixa era falta de vontade, em 2010, a queixa era falta de talento. Diante dos EUA, tivemos um time qualificado, demonstrando muita vontade. Um grande passo! Não sou nem um pouco fã do trabalho de Mano Menezes na seleção. Para mim, um técnico que teve um início promissor, mas enfiou os pés pelas mãos e se perdeu no comando. Um treinador que foi pressionado, questionado e seu emprego parecia estar em grande risco. Ao que parece, Mano conseguiu, digamos, um novo começo. Mais uma vez promissor. Mano, reacendeu a chama da esperança de vermos em campo, na Copa de 2014, uma seleção competitiva, qualificada, comprometida e digna. Resta saber se ele vai novamente trocar os pés pelas mãos. Esperemos que não!

domingo, maio 27, 2012

ÍBSON REESTREIA BEM, FLA APRESENTA MELHORAS, MAS CEDE EMPATE AO INTER NO SEGUNDO TEMPO

Por Danilo Silveira




Ontem, antes do jogo entre Flamengo e Inter, eu falei que o time carioca, por conta das atuações que vinha apresentando ao longo do ano e de toda bagunça aparente dentro do clube, merecia jogar em um Engenhão vazio, mas Íbson, o estreante da noite, merecia ser ovacionado em um estádio lotado.

Os espectadores que compareceram ao estádio olímpico João Havelange, viram algo que tem sido raro ultimamente: o Flamengo jogar bem. Se não durante os 90 minutos, durante uns 65, o time de Joel Santana fez uma boa exibição. Esse ano, o Rubro-Negro carioca já ganhou muito jogo, atuando mal, e dessa vez, ironicamente, a equipe correspondeu bem dentro de campo, mas não saiu com três pontos no bolso. Um duelo de seis gols, contra o desfalcado Inter, (mesmo sem alguns de seus principais jogadores o Inter mostrou-se mais arrumado que muito time do Brasileirão) terminou 3 a 3.

Na primeira etapa, o melhor em campo foi Íbson. Jogando mais avançado do que costuma, como um meia, ele foi bem (o que não significa que eu ache que ele deve atuar nessa posição o restante do campeonato). O camisa 7 rubro-negro organizou o meio-campo, mostrou muita disposição na marcação e ainda participou de um dos gols. Primeiro, Aírton, em uma espécie de meio-voleio, abriu o placar. Pouco depois, o Flamengo exerceu uma marcação pressão no Inter e Íbson acabou roubando a bola do zagueiro Índio e sofrendo o pênalti, que R10 cobrou no canto direito de Muriel. Por falar nisso, Ronaldinho mais uma vez teve uma atuação abaixo da crítica, e foi substituído debaixo de vaias na segunda etapa. Porém, muita coisa ainda aconteceu antes disso.

O Inter diminuiu com Gilberto, ainda nos 45 minutos iniciais. Veio o segundo tempo e veio o gol do artilheiro. Demonstrando o oportunismo característico dessa sua volta ao Flamengo, Vagner Love fez 3 a 1. A primeira vitória do Fla no Brasileirão parecia bem encaminhada, mas Fabrício e Dátolo, com belos chutes no canto esquerdo, empataram o jogo. Destaque para a falha de Ronaldinho no terceiro gol do Inter. Mais uma daquelas jogadas onde o craque vira de costas para o marcador, fica predendo e bola e acaba perdendo-a. Mais uma daquelas jogadas onde o craque arma um contra ataque para o adversário.

O empate momentâneo não apagava a boa atuação rubro-negra, e tínhamos no Engenhão um jogo aberto, com duas equipes buscando o ataque e com espaços para isso. Era a hora de Joel Santana colocar velocidade na equipe. Ao contrário disso, o técnico lançou o volante Amaral na vaga de Aírton, Renato Abreu na vaga de Luiz Antônio e Deivid na vaga de Ronaldinho, que saiu sob vaias.

A melhora no futebol apresentado pelo Flamengo foi considerável, mas a fase ainda tão ruim, que nem assim a vitória veio! E apesar de ter melhorado o desempenho, destaques negativos para Ronaldinho e para as substituições de Joel Santana.

quinta-feira, maio 24, 2012

DEFESA DE CÁSSIO E GOL DE PAULINHO AOS 43 DO SEGUNDO TEMPO COLOCAM O TIMÃO NA SEMIFINAL

Por Danilo Silveira


Durante toda a semana, eu falei que Corinthians x Vasco tinha grandes chances de ser um bom jogo, se alguma das equipes fizesse um gol cedo. Tal afirmativa, foi proferida pelo fato do 0 a 0 não dar a classificação a nenhum dos times, levando a disputa para os pênaltis, já que foi exatamente esse o placar do jogo de ida. Acreditava que se o gol cedo para um dos lados se concretizasse, passaríamos a ter uma partida muito aberta, com muitos contra ataques e muitas chances de gol. Mas, de fato, não saiu gol no Pacaembu no começo. Nem no meio! O tento decisivo veio aos 43 do segundo tempo, e foi de Paulinho, que, completamente sozinho, após cobrança de escanteio, subiu e cabeceou para as redes vascaínas.

 De fato também, não tivemos um jogo com muitas chances de gol. Tivemos foi um duelo bastante homogêneo durante os 90 minutos. Quase sempre no mesmo ritmo, na mesma cadência, com a mesma pegada, a mesma vontade. Um jogo que lembrou alguns duelos entre equipes européias. Se não foi um jogo daqueles com muitas chances, que tira o fôlego do narrador, foi uma partida muita tática, bem jogada. Difícil destacar o melhor jogador em campo. Talvez Paulinho, que apareceu bastante na frente, deu uma boa cabeçada na primeira etapa, para bela defesa de Fernando Prass e ainda com a cabeça, fez o heróico gol da classificação. E como esquecer Cássio? Não dá para não citar o goleiro do Timão como um dos heróis da classificação, por ter feito uma defesa espetacular por volta da metade do segundo tempo. Falta para o Timão na ponta direita, bola alçada na área e Prass afastou de soco; a bola chegou na intermediária, para o lateral Alessandro, que rebateu para frente, mas teve seu chute interceptado por Diego Souza. Até aí parece um lance normal e comum, mas o que tornou a jogada incrível foi o seu desfecho. Diego Souza retomou a bola, ainda no campo de defesa, cruzou a linha divisória, e incrivelmente, o sólido e consistente Corinthians não tinha nenhum jogador de linha no campo defensivo, e o meio-campista vascaíno avançou, avançou e avançou, até chutar rasteiro no canto esquerdo, e o goleiro corintiano, com um toque salvador, tranqüilizou o coração dos corintianos. Claro, que apenas momentaneamente, pois no lance seguinte, Nilton aproveitou cobrança de escanteio e carimbou o travessão de cabeça. Nesse momento, a torcida corintiana presente ao Pacaembu respirou aliviada. Tite, nesse momento também estava junto do bando de loucos. Expulso no início da segunda etapa, o técnico passou o restante do tempo assistindo a partida no meio da torcida. E aos 43 minutos da segunda etapa, quando a cabeçada de Paulinho cruzou a linha final, ele comemorou literalmente como torcedor, pulando e abraçando o primeiro cidadão que estava ao seu lado.

Resumindo, tivemos 180 minutos de um grande duelo, entre duas equipes pra lá de homogêneas. Isto é, equipes que não são dependentes de um ou dois jogadores, equipes difíceis de se destacar o craque, o cara, o decisivo. Talvez Dedé seja o nome mais perto desse patamar, e mesmo sem ele, o Vasco se postou bem defensivamente durante o confronto.

Se o Santos se classificar nesta quinta diante do Vélez, teremos Santos x Corinthians na semi, mas se os argentinos ganharem, o Timão enfrenta La U ou Libertad. O número de times vai diminuindo, e cada vez mais, cresce o tamanho do sonho da imensa torcida corintiana: vencer a América!!!

quarta-feira, maio 23, 2012

EM JOGO DE POUCAS CHANCES, CLÉBER SANTANA, DE PÊNALTI, GARANTE VITÓRIA DO AVAÍ SOBRE O AZULÃO

Por Danilo Silveira


Depois de três anos consecutivos na Primeira Divisão do Brasileirão, o Avaí volta a disputar a Série B. Após empatar fora de casa na primeira rodada, em 2 a 2, com o Boa, a equipe catarinense fez sua estréia em casa, na competição. E os torcedores presentes à Ressacada viram um duelo com poucas chances de gol, com o Avaí dominando o jogo quase todo e vencendo o São Caetano por 1 a 0, com gol de pênalti, convertido por Cléber Santana.

O jogo

Avaí é melhor, mas não cria praticamente nenhuma chance de gol

A partida começou equilibrada, com as duas equipes se estudando e tentando achar a melhor maneira de atuar. Conforme os minutos se passavam, o duelo ia se desenhando. O Avaí tentava exercer pressão no São Caetano, que tentava não se encolher. Na parte ofensiva, o Azulão tinha a presença do veterano Somália, que tentava dar trabalho ao sistema defensivo do Avaí, que apresentou algumas falhas. Mesmo assim, o máximo que o atacante do time paulista conseguiu foi uma cabeçada no centro do gol, para fácil defesa do goleiro Diego, ex-Flamengo. Pelo lado do time da casa, cabe destaque a atuação de Cléber Santana, o melhor jogador da primeira etapa. Praticamente todas as jogadas passavam pelo pé do jogador, que mostrou muita qualidade no toque de bola. O atacante Robinho também apareceu bastante, tentando algumas jogadas, mas sem muito sucesso.Os minutos se passaram e na segunda metade da etapa inicial, o São Caetano se encolheu e mais defendeu que atacou, mas apesar disso, não viu seu adversário criar nenhuma chance de maior perigo.

Cléber Santana marca de pênalti e dá vitória ao time que melhor atuou

O técnico do Avaí, Hemerson Maria, voltou para a segunda etapa com Diego Orlando na vaga de Aelson, enquanto Márcio Araújo não mexeu no São Caetano. E os 45 minutos finais começaram de maneira equilibrada. Nenhuma equipe conseguia exercer uma pressão no adversário e o 0 a 0 persistia. Aos 15 minutos, em uma falta cobrada em dois tempos pela ponta direita, Pirão, do Avaí, acertou a trave esquerda do goleiro Luis. Aliás, o volante da equipe da casa subiu de produção na segunda etapa, enquanto Cléber Santana voltou sumido. Mas o meio campista reapareceu aos 24 minutos para fazer o gol do jogo, cobrando pênalti. Penalidade essa que foi originada por uma falha de Wagner, que saiu jogando errado, e na seqüência, Gabriel trombou com Capixaba e o árbitro assinalou a infração. Minutos depois do gol, Hemerson Maria, que havia lançado Palinha na vaga de Robinho, aos 17, colocou Laércio em campo, na vaga de Felipe Alves, que buscou bastante o jogo. E o Azulão precisou ficar atrás no marcador para sair mais para o ataque. Aos 30, o goleiro Diego trabalhou, ao defender um chute da ponta esquerda. Vendo sua equipe em desvantagem, Márcio Araújo, que havia lançado Aílton na vaga de Marcelo Costa aos 20, mexeu duplamente aos 33, colocando Leandrão e Geovane, sacando Somália e Anselmo. Mas foi o Avaí quem seguiu mais equilibrado e mais bem postado em campo e assim, o Azulão não conseguiu exercer pressão nos minutos finais e saiu derrotado de campo.

domingo, maio 20, 2012

EM JOGO FRACO, GOL NOS ACRÉSCIMOS GARANTE ESTREIA VITORIOSA DO GALO


Por Danilo Silveira




Ponte Preta e Atlético/MG deularam neste domingo, em Campinas, no estádio Moisés Lucarelli, na estréia das duas equipes no Campeonato Brasileiro. A Ponte carregava consigo uma eliminação para o São Paulo na Copa do Brasil e uma eliminação para o Guarani na semifinal do Paulistão, mas não sem antes tirar o Corinthians nas quartas de final. Já o Galo, saiu da Copa do Brasil para o Goiás, mas conseguiu o título mineiro derrotando o América na grande final. E no duelo de hoje, após 90 minutos de um fraco futebol apresentado por ambas as equipes, melhor para os mineiros, que venceram com um gol de Escudero, aos 45 minutos da segunda etapa.

O jogo

Primeiro tempo fraco, sem muita emoção

A partida começou muito equilibrada e a primeira grande oportunidade de gol foi da Macaca. Após cruzamento da esquerda, o volante Somália (o mesmo que jogou no Botafogo) cabeceou para excelente defesa de Giovanni, cada dia mais seguro com a titularidade no gol atleticano. O Galo respondeu em uma enfiada de bola pela direita, que terminou com toque de Bernard por cima do goleiro Lauro, que havia saído do gol, mas a bola acabou passando à esquerda. O jogo não era bom, com as duas equipes apresentando dificuldades na criação de jogadas mais elaboradas. Sem contar no excesso de faltas cometidas por jogadores atleticanos, que perdurou por todos os 90 minutos. Aos 17, a Ponte chegou novamente com perigo; após roubada de bola no meio, a equipe campineira trabalhou a bola, que chegou até Somália, que driblou Giovanni, mas desequilibrou-se e não conseguiu bater na direção do gol, chutando para trás, onde encontrava-se um atleticano, que afastou o perigo. A partida seguiu sem muita emoção e as chances de gol quase não apareceram mais na primeira etapa. A jogada de maior destaque do Galo na primeira etapa, só aconteceu aos 45 minutos. Apesar de ter, até ali, levado maior perigo pelo lado esquerdo, com Bernard, a oportunidade se deu pelo lado direito, quando Mancini tabelou com André e chutou para boa defesa do goleiro Lauro, que mostrou-se seguro durante todo o jogo.

Gol de Escuredo nos acréscimo garante triunfo do Galo

Para a segunda etapa, o técnico Cuca mexeu duas vezes, lançando Marcos Rocha na vaga de Carlos César, que sentiu um problema nos minutos finais da primeira etapa e colocando Leonardo Silva na vaga de Dudu Cearense. Assim, o treinador passou a jogar com três zagueiros, dando maior liberdade a Richarlyson e Marcos Rocha. Gilson Kleina também mexeu, sacando Somália e lançando Renê. Apesar das três alterações processadas e 15 minutos para cada treinador conversar com suas respectivas equipes, o segundo tempo começou tão fraco quanto foram os 45 iniciais. Gilson Kleina resolveu mexer novamente aos 16, tirando Tony e lançando Nadson. Lance de maior destaque mesmo só aconteceu aos 18, e nasceu em um erro individual. Leonardo Silva e Roger disputavam bola no campo de ataque da Ponte e o zagueiro atleticano cortou mal, sem atrasar para o goleiro e sem cortar o perigo e em nova disputa entre os dois pelo alto, a bola acabou tocando na mão do defensor. Na minha visão, o toque foi de forma involuntária, mas o fato é que o zagueiro expandiu a área do seu corpo usando a mão e na seqüência do lance, a bola foi jogada para escanteio. Um lance muito complicado, que para mim, o árbitro acertou ao não dar a infração. Faltando cerca de 25 minutos para o término do jogo, os treinadores resolveram mexer pela última vez. Cuca lançou Escudero na vaga de Mancini, enquanto Kleina sacou Enrico, lançando André Luis. E nos minutos finais, o Galo melhorou na partida e passou a figurar mais no campo de ataque, exercendo uma pressão em cima do time da casa. Aos 39, Richarlyson chutou de fora e obrigou Lauro a trabalhar. E o gol do Galo saiu aos 45, após Bernard sofrer falta em jogada pela ponta esquerda. Bola alçada na área, e o perigo foi parcialmente afastado, mas Escudero cabeceou o rebote na direção do gol; uma bola aparentemente bem defensável, mas o volante Baraka tentou afastar e acabou furando, atrapalhando o goleiro Lauro, que viu a bola cruzar a linha final. Resultado: três pontos somados pelo Galo e nenhum pela Ponte.

VALENTE NOS MOMENTOS MIAS ADVERSOS, COM SORTE NOS MOMENTOS MAIS DECISIVOS, O IMORTAL CHELSEA CONQUISTA A EUROPA

Por Danilo Silveira


E depois de conseguir o complicado, quase impossível, feito de tirar o Barcelona da UEFA Champions League na semifinal, o Chelsea conseguiu ser campeão, em cima do poderoso Bayern de Munique, em plena Allianz Arena.

Não que o Bayern tenha a qualidade que tem o Barcelona, mas é um time excelente, focado na ofensividade e que tem grandes jogadores, com Arjen Robben e Ribery. A partida começou e a equipe de Munique foi fiel ao seu estilo de jogo, às suas características, e partiu para cima do Chelsea. A grande chance da primeira etapa foi com Robben, que pela ponta esquerda, se desvencilhou da marcação e bateu para boa defesa de Cech, que ainda viu a bola tocar na trave direita. O Chelsea, por sua vez, adotava uma proposta de jogo defensiva, com boa semelhança com a adotada contra o Barcelona, nos 180 minutos.

O gol do Bayern parecia questão de tempo, a superioridade da equipe alemã era grande, mas do outro lado, tínhamos um Chelsea totalmente aplicado e focado na proposta de não permitir que a bola ultrapassasse a linha final do competente goleiro Peter Cech. Nos minutos finais da primeira etapa, o Chelsea até que se soltou um pouco mais no jogo, mas a preocupação do time parecia muito mais em não sofrer gols do que fazer.

Veio a segunda etapa e o panorama do jogo pouco mudou. O holandês Arjen Robben continuou jogando muito bem, sendo para mim o melhor jogador em campo. O Bayern fazia uma partida coletiva muito boa, à altura do que eu esperava, haja vista jogos anteriores da equipe. Depois de abusar do direito de dar sorte diante do Barcelona, parecia improvável que o Chelsea conseguiria, mais uma vez, passar um jogo todo retrancado e evitar uma derrota. Mais os minutos passavam e a prorrogação estava cada vez mais próxima. Mas Muller, em uma bonita cabeçada para o chão, tratou de colocar o Bayern de Munique na frente, pouco antes dos 40 minutos, mas não sem antes ver a bola tocar o travessão para depois cruzar a linha final. Tudo indicava que seria o gol do título, o gol que faria os torcedores alemães comemorarem durante muitos e muitos dias uma conquista que viria a ser épica. Roberto Di Matteo, treinador do Chelsea, lançou, tardiamente, Fernando Torres, que tinha cerca de 5 minutos para tentar ajudar sua equipe a fazer um gol salvador. Hupp Heinecks, por sua vez, tirou Muller, até ali o autor do gol único, e lançou o zagueiro Van Buyten, provavelmente para auxiliar na marcação em um possível abafa do time inglês nos minutos finais.

Acontece que quiseram os deuses do futebol, que aqueles não fossem os minutos finais da UEFA Champions League 2011-2012. Drogba, após escanteio da direita, deu uma tjjolada de cabeça, e levou o jogo para a prorrogação. A bola ainda bateu em Neuer antes de entrar, mas não teria o menor cabimento culpar o grande goleiro alemão pelo gol sofrido. Também acho sem sentido culpar o técnico, por ter lançado um zagueiro no lugar de um atacante, faltando cinco minutos. Não caberia ao Bayern culpar ninguém, e sim entrar com personalidade na prorrogação.

E personalidade não falta para equipe do Bayern. A prorrogação começou, o Chelsea até iniciou melhor, tentando pressionar, com boa atuação de Fernando Torres, mas o time alemão logo equilibrou as ações e depois voltou a jogar melhor. Nesse cenário, surgiu um pênalti, cometido por Drogba. Mas uma vez, o Bayern chegava perto do gol do título. Se minutos antes o gol aconteceu, mas não acabou sendo o do título, agora a bola não cruzou a linha final, pois Peter Cech foi bem e defendeu a cobrança de Robben, que, sinceramente, não foi das melhores. Mas o Bayern seguiu jogando bola, partindo para cima e tentando o gol que o deixaria perto do título. Mas o aplicado Chelsea conseguiu levar o jogo para os pênaltis.

Três pênaltis batidos para cada lado e apenas um desperdiçado: Mata cobrou e Neuer pegou. O Bayern estava a duas conversões de penalidades para erguer a taça. Mas Cech pegou a cobrança de Olic e Schweinsteiger cobrou no pé da trave esquerda. Por fim, Drogba converteu, garantindo o primeiro título da UEFA Champions League da história do Chelsea.

O Chelsea, longe de ser brilhante, mas muito aplicado e demonstrando uma vontade sobrenatural de vencer, passou por Napoli, Benfica, Barcelona e Bayern de Munique, e pôde erguer o troféu de campeão da Europa. Assim foi o Chelsea, um time que abusou da sorte, que viu sua trave ser carimbada quatro vezes na semifinal e duas na final. Assim dói o Chelsea, um time que viu os melhores jogadores de Barcelona e Bayern desperdiçarem cobranças de pênalti decisivas. Assim foi o Chelsea, um time que, mesmo não sendo brilhante (longe disso), não se entregou na primeira queda, mesmo não jogando um futebol encantador, não sucumbiu aos times que mais encantavam e quando parecia que o título era impossível, não desistiu e se mostrou imortal!


sábado, maio 19, 2012

VEM AÍ O BRASILEIRÃO 2012 - PREVISÕES

Por Danilo Silveira



Neste sábado, vai começar a Primeira Divisão do Brasileirão. A fórmula é a mesma já conhecida pelos brasileiros, os pontos corridos. Ao todo, 20 clubes se enfrentam em turno e returno, e após as 38 rodadas, o clube que somar mais pontos é o campeão e os 4 com pior campanha, são rebaixados.

Dois fatores tornam muito difícil a missão de apontar os favoritos. Primeiro, pois se trata de um campeonato muito equilibrado e segundo porque a janela de transferências do exterior será aberta e os times podem se alterar muito ao longo da competição. Mesmo assim, vou fazer o mesmo que eu fiz ano passado, as minhas previsões.

*Nesse ano, o campeão será novamente o Corinthians. Um bom time, que manteve a base, manteve o técnico e vai conseguir repetir o feito de 2011 e erguer o caneco.

*Logo atrás do Timão, vão vir Botafogo, Flamengo e Santos. Os três vão terminar a competição com os técnicos que começaram: Osvaldo de Oliveira, Joel Santana e Muricy Ramalho.

*Uma das surpresas será o Atlético Mineiro de Cuca, que vai conseguir uma boa campanha e vai terminar em quinto lugar, conseguindo uma vaguinha na Libertadores.

*O São Paulo vai terminar fora da zona da Libertadores, mas como vai vencer a Copa do Brasil, vai estar garantido na competição Sul-Americana em 2013.

*A recém promovida à Série A, Ponte preta, vai conseguir terminar o campeonato na zona intermediária, garantindo vaga na Sul-Americana, junto com Coritiba, Cruzeiro, Vasco, Fluminense, Inter, Grêmio e Sport.

*Náutico, Portuguesa, Bahia e Figueirense vão disputar a Série B em 2013.

*Mais uma vez, vai brilhar a estrela do garoto Neymar, que vai dar vários de seus shows e conquistar novamente o prêmio de melhor jogador do campeonato. Luís Fabiano e Vagner Love também vão se dar muito bem na competição, um dos dois será o artilheiro.

*Como sempre, teremos trocas de técnicos, porém, muitos times, cerca de 10, vão terminar a competição com os técnicos que começaram. Felipão e Vanderlei Luxemburgo são dois que não vão terminar a competição nos clubes onde se encontram atualmente: Palmeiras e Grêmio. Inclusive, o Verdão vai terminar na parte de baixo da tabela, sem ser rebaixado mas também sem conseguir vaga na Sul-Americana, assim como o Atlético-GO.

Que seja um belo campeonato e que brilhe, acima de tudo, o bom futebol!!!

sexta-feira, maio 18, 2012

FLU E SANTOS VOLTAM DE BUENOS AIRES EM DESVANTAGEM

Por Danilo Silveira



Uma noite tipicamente de Brasil contra Argentina na Libertadores da América. E nos dois confrontos, os dois na casa dos hermanos, vitória dos clubes argentinos. Vamos aos jogos:

Boca 1 a 0 Fluminense

Dos jogos que eu assisti do Boca em 2012, esse foi o melhor. Durante os minutos iniciais, o Flu até conseguiu jogar bem, chegando com qualidade ao ataque, como em chute de Thiago Neves, defendido pelo goleiro, e em chance de Jean, que acabou batendo para fora. Mas logo o Boca tratou de encurralar o Flu, que teve seu esquema de jogo prejudicado por volta dos 30, quando Carlinhos foi infantilmente expulso, ao meter a mão na bola e tomar o segundo amarelo. Cabe ainda lembrar que o lateral havia recebido o primeiro amarelo em uma falta desnecessária, próximo à bandeira de escanteio. O jogo foi zerado para o intervalo, mas ambas as equipes estiveram perto de abrir o marcador antes de irem para o vestiário. O Boca não o fez por conta de Diego Cavalieri, que pegou bem os chutes de Mouche e Squiavi. Já o Flu,teria a chance de bater uma penalidade, se o árbitro não tivesse ignorado um toque de mão de um adversário, dentro da área, após cabeçada de Anderson.

Na segunda etapa, o Boca foi mais incisivo, passou a pressionar mais, e o placar foi aberto por Mouche, que recebeu na ponta esquerda e bateu de primeira, usando a canhota, para estufar as redes tricolores, logo aos 6 minutos. O Boca continuou em cima, pressionando, em busca do segundo gol. Nos minutos finais, o jogo ficou quente, e o árbitro poderia ter posto para fora e zagueiro Schiavi e depois o zagueiro do Flu Anderson, ambos por agressões em adversários. Vale ainda lembrar que o Boca quase ampliou em mais um erro do árbitro. Falta cobrada na área, o sistema defensivo do Flu saiu, fazendo a linha de impedimento, deixando 4 jogadores do Boca impedidos, mas Schiavi, veio de trás, em posição legal, e chutou para ótima defesa de Cavalieri. Apesar da condição legal do zagueiro, acredito que um dos que estavam em posição irregular, participou indiretamente do lance, ao quase tocar na bola. Levando-se em conta que jogou mais da metade do jogo com um a menos, e analisando a boa partida do Boca, o Flu conseguiu um bom resultado, ou melhor, o tamanho da derrota ficou de bom tamanho. Porém, acho que será muito difícil reverter o placar e aposto em classificação Argentina no Engenhão.

Vélez 1 a 0 Santos

Tratou-se de uma partida muito ruim do Santos. Na primeira etapa, o Vélez partiu para cima, conseguindo pressionar a equipe brasileira. Em um primeiro instante, Rafael conseguiu fazer boa intervenção, impedindo o gol do Vélez, mas aos 36, Obolo, de cabeça, conseguiu colocar os argentinos em vantagem. Na parte ofensiva, o Santos pouco criou, e Neymar, muito marcado, quase nada conseguiu.

Para a segunda etapa, o Santos até conseguiu diminuir o ímpeto do Vélez, porém, a equipe paulista não criou praticamente nenhuma situação de gol. A maioria das jogadas santistas girava em torno de Neymar e o problema foi que o craque atuou preso na ponta esquerda, sem movimentação e sem conseguir se desvencilhar da forte marcação adversária. O time argentino ainda conseguiu algumas chegadas perigosas ao ataque, mas o placar não foi alterado. Ficou barato para o Santos, que, creio eu, terá muitas dificuldades na Vila Belmiro, diante de um qualificado adversário. Aposto em classificação Argentina.

Nos 4 jogos de ida das quartas-de-final da Libertadores, apenas 4 gols, sendo que nenhum de time brasileiro

quinta-feira, maio 17, 2012

MUITA LAMA, MUITA VONTADE, MAS NADA DE GOLS

Por Danilo Silveira


Vasco e Corinthians, campeões da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro do ano passado, respectivamente, começaram nesta quarta-feira o duelo que vai colocar um dos dois na semifinal da Libertadores e o outro fora da competição Sul-Amnericana.

Castigado pelas fortes e constantes chuvas na cidade do Rio de Janeiro nos últimos dias, o gramado do estádio de São Januário apresentava grande quantidade de lama, porém, poucas, ou nenhuma, poça.

A bola rolou e tivemos um primeiro tempo fraco tecnicamente, com poucas chances de gol. Porém, a vontade apresentada pelos jogadores em campo era muito grande. Aliás, esse quesito permaneceu estável durante todo o jogo. Emerson Sheik corria muito, se apresentando pelo campo todo, mas com a bola nos pés, se enrolava bastante. Pelo lado do Vasco, destaque para Éder Luís, que aparecia como boa alternativa de ataque pela ponta direita. No meio-campo do duelo, a figura de destaque foi Danilo, que, se não participou diretamente de nenhuma chance de gol, protegeu bem a bola e limpou bem o jogo. Falando em chances de gol, foram pouquíssimas durante o jogo todo. Na primeira etapa, a mais aguda delas foi em uma cobrança de falta de Alex, no centro do gol, mas que Prass rebateu com dificuldade.

Veio a segunda etapa, as equipes voltaram com a mesma formação, mas o duelo melhorou em qualidade, passando a ser melhor disputado. O Corinthians por pouco não abriu o marcador, quando Alex cruzou da esquerda e Jorge Henrique finalizou para bela defesa de Fernando Prass. Já o Vasco, teve ótima oportunidade, com Éder Luís, que recebeu linda enfiada de Diego Souza, mas acabou batendo mal. Se em outras oportunidades Cristóvão mexeu mal na equipe, dessa vez fez tudo direitinho, lançando Carlos Alberto e Felipe, nas vagas de Diego Souza e Juninho. Esse último, ao ser sacado, apresentou um semblante fechado, nitidamente contrariado com a substituição, mas de fato, Juninho não fez uma grande partida. Pelo lado corintiano, Tite lançou Douglas, Willian e Élton, sacando Alex, Emerson e Danilo, mas as mexidas não surtiram muito efeito. O Vasco ainda chegou a abrir balançar as redes, com Diego Souza, de cabeça, mas foi assinalado impedimento e o gol foi anulado. Mesmo vendo o replay mais de uma vez, não consegui ter certeza se o meia vascaíno estava adiantado ou na mesma linha.

Apito final em São Januário e pela primeira vez no ano, o Vasco terminou um jogo sem fazer gols. Se conseguir balançar as redes semana que vem, em São Paulo, jogará pelo empate, caso contrário, precisará segurar o 0 a 0 e levar para pênaltis. A verdade é que, em confrontos de mata-mata, com peso do gol fora de casa, o 0 a 0 é o placar que deixa o confronto mais aberto e um dos motivos é que ninguém entra em campo com o resultado favorável, isto é, ninguém se classifica caso a partida termine 0 a 0. Aposto em classificação corintiana, mas longe de ser uma zebra uma classificação vascaína na semana que vem, fora de casa. Não arrisco palpitar sobre a qualidade técnica do jogo da semana que vem, mas prevejo um duelo de muita emoção, do início ao fim.

segunda-feira, maio 14, 2012

ATLÉTICO/MG DE CUCA É CAMPEÃO MINEIRO INVICTO

Por Danilo Silveira




O Atlético Mineiro, após 36 anos, conseguiu novamente vencer o Campeonato Mineiro de maneira invicta. A equipe do técnico Cuca jogava pelo empate na partida final da competição, mas dominou o América Mineiro em grande parte do jogo e venceu por 3 a 0.

Está certo que o Galo foi eliminado do grande torneio do primeiro semestre que disputava, a Copa do Brasil, mas não é por isso que não se deve valorizar o Campeonato Mineiro. A equipe de Cuca, em 15 jogos, venceu 11 e empatou apenas 4. Cabe-se também destacar o América Mineiro de Givanildo. Uma equipe que se mostrou arrumada, chegou à final após vencer dois jogos diante do Cruzeiro e tinha plenas condições de sair com o título mineiro, no ano do seu centenário.

Os 20 minutos iniciais do jogo foram bem equilibrados e o América poderia ter grande chance de abrir o placar, mas Leandro Vuaden deixou de assinalar pênalti de Bernard, que puxou o lateral China pela camisa. E o Galo abriu o placar com Serginho, que aproveitou, de cabeça, o rebote de um belíssimo chute de Guilherme, que carimbou o travessão e a trave esquerda de Neneca. Após isso, o Galo passou a jogar melhor e o bom e rápido Bernard ampliou o marcador, levando grande vantagem para o intervalo.

Na segunda etapa, Bruno Meneghel entrou na equipe do América, para tentar mudar o atual cenário. Mas o Galo continuou bem no jogo, apoiado em uma grande partida do lateral esquerdo Richarlysson. Os minutos se passaram e mais um gol de Bernard selou a vitória e o título do Galo.

Cabe destacar que é o segundo título mineiro do técnico Cuca, que venceu também com o Cruzeiro no ano passado. Trata-se do treinador hoje com maior identidade com o futebol de Minas Gerais. Chegou ao Cruzeiro em 2010, saiu em 2011, pouco depois assumiu o Galo, onde está até hoje. Somando o trabalho nos dois rivais nesses três anos, Cuca acumula mais que 100 partidas dirigindo os dois gigantes do Estado.

Agora, Tanto América quanto Galo, vão iniciar trajetória no Brasileirão. O Coelho entra para disputar a Série B como o objetivo de terminar entre os 4 primeiros e conseguir o acesso para a Primeira Divisão. Já o Galo, volta suas atenções para a Primeira Divisão. Não entra como um dos grandes favoritos ao título, mas acredito que pode sim surpreender. Um elenco que pode melhorar e precisa de reforços, mas que é muito bom. E um grande técnico à beira do gramado!

PARABÉNS AO ATLÉTICO MINEIRO DO TÉCNICO CUCA!

domingo, maio 13, 2012

APÓS VIVER DE TUDO UM POUCO, MANCHESTER CITY É CAMPEÃO INGLÊS

Por Danilo Silveira

Nunca vi no futebol uma definição de um título tão impressionante como a deste domingo, no Campeonato Inglês. Diria que algo quase indescritível aconteceu no estádio City of Manchester. Desde 1968 o Manchester City não conseguia levantar o troféu de campeão inglês. Foi suado, foi sofrido, mas após o apito final, os torcedores que não morreram do coração durante o jogo épico diante do QPR, puderam comemorar, e muito.

Empatado em pontos com o Manchester United na liderança, o City tinha uma boa margem de vantagem no saldo de gols, portanto, precisava vencer e torcer para que seu rival não aplicasse um goleada surreal. E o United ganhou por “apenas” 1 a 0 do Sunderland, portanto, um triunfo por qualquer placar daria o título ao City. Por volta dos 37 do primeiro tempo, Zabaleta fez o gol do alívio. Porém, muitas emoções ainda rolariam. Em cerca de 20 minutos na segunda etapa, o QPR virou o jogo, tornando a partida um drama para o City. A equipe de Roberto Mancini tinha um homem a mais em campo e tinha cerca de 25 minutos para fazer dois gols e evitar que o troféu fosse para o outro clube da cidade. Pela força que tem o City, pelo bom futebol que demonstrou ao longo do campeonato, não parecia uma missão tão complicada assim fazer dois e não seria incrível que a equipe conseguisse a virada. O que tornou o fato incrível foi que os dois gols saíram nos acréscimos. Aos 47, Dzeko empatou de cabeça, e aos 48, Aguero, com um forte chute, fez o gol que deu o título ao Manchester City e quase trouxe o estádio ao chão!!!

Por tudo que eu vi no Campeonato Inglês, digo que o City mereceu o título. Uma equipe muito mais empolgante, com um futebol muito mais bonito e envolvente que o United. Foi um título suado, sofrido, com contornos de drama, que daria um grande filme. Um título que passou por um começo recheado de vitória, um meio com tropeços e um final simplesmente cinematográfico. Um título que passou por vários resultados elásticos, dentre eles uma vitória por 6 a 1 diante do Manchester United, em pleno Old Trafford. Um título de um time que viveu de tudo um pouco nesse campeonato. Um time que foi, neste domingo, do inferno ao céu, em questão de segundos.

Parabéns ao Manchester City!!!

quinta-feira, maio 10, 2012

VASCO VÊ CLASSIFICAÇÃO QUASE ESCAPAR, MAS BATE O LANÚS NOS PÊNALTIS E PEGA O CORINTHIANS NAS QUARTAS

Por Danilo Silveira




E o Vasco está nas quartas-de-final da Libertadores da América! Jogando na Argentina, diante do Lanús, a equipe cruzmaltina lutou, sofreu, viu a classificação quase escapar, mas, no final das contas, após cinco pênaltis bem convertidos, veio o alívio para o torcedor vascaíno.

Pelada com "p" maiúsculo na primeira etapa

A bola rolou e durante 45 minutos tivemos uma pelada com “p” maiúsculo. Exatamente! Nenhum time conseguia criar quase nada, as duas equipes abusavam das faltas e a ausência de criatividade parecia imperar. Falando em criatividade, o gol único da primeira etapa saiu de um lance de lucidez de um dos jogadores mais lúcidos do elenco vascaíno. Juninho pegou um rebote de bola aérea, viu a passagem lateral de Nilton e deu um sutil toque para o volante vascaíno soltar uma bomba e abrir o marcador. E foi só! Nada mais interessante aconteceu na primeira etapa.

Lanús melhora, pressiona e leva duelo para os pênaltis

Se o jogo tivesse continuado com esse panorama, provavelmente o Vasco não veria sua classificação muito ameaçada em momento algum. Difícil acreditar que com um futebol de tão baixo nível como o apresentado na primeira etapa, o Lanús fosse conseguir fazer dois gols para levar o jogo para pênalti. Acontece que a equipe Argentina mudou a postura, passou a ser mais incisiva, buscar mais o ataque e o sistema defensivo do Vasco começou a apresentar suas fraquezas. Aos 16, Pavone recebeu livre na área, (um outro jogador do Lanús fez falta em Renato Silva, mas o árbitro não marcou) aproveitou que Fernando Prass saiu mal do gol, driblou o arqueiro vascaíno e chutou para empatar. A pressão do Lanús tornou-se grande, e Cristóvão resolveu mexer na equipe. Tendo Felipe, Carlos Alberto e Barbio no banco de suplentes, ele optou por lançar Allan, na vaga de um sonolento Diego Souza. E foi aos 33, que Gutiérrez aproveitou um rebote dado por Fernando Prass e chutou para virar o jogo, levando a decisão para os pênaltis. 

Cobrança de Romero explode no travessão e põe Vasco no caminho do Corinthians

Vieram as penalidades e Felipe, Juninho, Carlos Alberto, Renato Silva e Alecsandro converteram. Quatro jogadores do Lanús também converteram, mas, para a felicidade da torcida vascaína, Romero carimbou o travessão de Fernando Prass. E o adversário do Vasco nas quartas de final será, nada mais, nada menos, que o Corinthians. O atual campeão brasileiro enfrenta o atual campeão da Copa do Brasil!

QUATRO DIAS, DUAS DERROTAS E UM SEMESTRE COMPROMETIDO

Por Danilo Silveira



Mais uma vez, de novo, novamente, o Botafogo teve um dia daqueles que todos os torcedores do Glorioso provavelmente querem esquecer. Depois do acachapante 4 a 1 para o Fluminense no domingo, a equipe voltava as atenções para a Copa do Brasil, onde precisava de uma vitória simples, ou de um empate em 0 a 0 para avançar às quartas-de-final. O empate em 1 a 1 levava para os pênaltis e qualquer resultado diferente dos citados acima eliminava o Botafogo da competição e classificava o Vitória.

O jogo

Elkeson abre o placar para o Glorioso

O Botafogo começou o jogo com uma postura interessante, partindo para cima do Vitória. Maicosuel pela esquerda e Elkeson pela direita ditavam o ritmo do meio-campo. Felipe Menezes pelo meio não apareceu tanto e Loco Abreu ficava na frente, esperando uma oportunidade de gol. E ela apareceu após belo passe de Maicosuel e o uruguaio pegou de primeira, acertando as redes baianas, só que pelo lado externo do gol. E aos 21 minutos, veio o gol alvinegro. Após a bola viajar pelo alto e acertar a cabeça de um jogador do Vitória, Elkeson ganhou na corrida de Wellington Saci e, desequilibrado, tocou na saída do goleiro Douglas para abrir o marcador no Engenhão.

O Vitória pouco conseguiu produzir na primeira meia hora de jogo e o Botafogo ganhava consistência defensiva na boa atuação do zagueiro Brinner. Só que quando o intervalo se aproximava, os baianos começaram a criar oportunidades de gol. Após escanteio cobrado, Jefferson saiu mal e Lucas, em cima da linha, salvou de cabeça o que seria o empate do Vitória. E o goleiro alvinegro se redimiu da falha, minutos depois, quando salvou uma cabeçada de Geovanni, no canto direito. Só que aos 47, o goleiro alvinegro voltou a sair mal e Lucas voltou a cortar a bola em cima da linha, só que dessa vez utilizando as mãos. Pênalti assinalado, cartão vermelho para o lateral-direito alvinegro, que já tinha sido expulso domingo, no duelo com Fluminense. Só que Jefferson tratou de se redimir novamente, dessa vez defendendo a penalidade cobrada por Neto Baiano, no canto esquerdo. Está certo que o goleiro alvinegro estava à frente da linha do gol quando o atacante do Vitória bateu na bola, mas nada foi assinalado e o Botafogo foi em vantagem para o intervalo.

Botafogo se encolhe, Vitória aperta e vira o jogo

Para a segunda etapa, o treinador do Vitória, Ricardo Silva (o mesmo que dirigia o Vitória no vice-campeonato da Copa do Brasil em 2010), sacou Geovanni e lançou o atacante Dinei. Era sua segunda mexida, pois aos 32 da primeira etapa, o lateral direito Romário entrou na vaga de Leo, contundido. Oswaldo também voltou com o time diferente para a segunda etapa, lançando Gabriel na vaga de Felipe Menezes, provavelmente pensando em recompor a defesa por conta da expulsão de Lucas. E o Vitória voltou melhor para a segunda etapa. Logo aos 3, Pedro Ken bateu falta com perigo, obrigando Jefferson a defender no canto direito. E aos 11, na área alvinegra, Renato evitou a saída de bola pela linha final e a redonda sobrou para Marcelo Mattos, que bobeou, e Dinei rolou para trás, onde Pedro Ken apareceu para emendar e empatar o duelo. Nesse momento, o cenário ficou catastrófico para o Botafogo. O atual placar levava o confronto para os pênaltis, mas um gol do Vitória obrigaria o Alvinegro a fazer dois, e era o time baiano que estava melhor no jogo. Aos 16, Jefferson salvou o Botafogo, defendendo uma cabeçada a queima roupa de Dinei. Aos 20, Oswaldo resolveu mexer novamente, lançando Herrera na vaga do contestado Elkeson. Dois minutos mais tarde, pela ponta direita, Romário cruzou na cabeça de Tartá, que cabeceou e dessa vez Jefferson nada pôde fazer para evitar o segundo gol e a virada baiana em pleno Engenhão.

Pedro Ken é expulso, Bota pressiona, mas é eliminado da Copa do Brasil

Quase que instantaneamente, o Botafogo, precisando de dois gols, passou a sair para o ataque. Aos 31, Pedro Ken fez falta dura em Renato e foi expulso diretamente pelo árbitro Paulo César de Oliveira. Agora, as duas equipes estavam iguais numericamente no quesito jogadores em campo. E logo, Oswaldo tratou de lançar Vitor Júnior na vaga de Marcelo Mattos, deixando o time mais ofensivo. O Botafogo precisava de dois gols em cerca de quinze minutos para avançar às quartas-de-final da Copa do Brasil. Loco Abreu quase empatou a partida, mas um adversário tirou a bola em cima da linha. Nos minutos finais, o Botafogo tentou, lutou, correu, pressionou, mas não foi o suficiente para conseguir a classificação. Provavelmente, o torcedor do Botafogo deixou o Engenhão muito frustrado na noite de quarta-feira.

quarta-feira, maio 09, 2012

NA FINAL DE TIMES ESPANHÓIS E TÉCNICOS ARGENTINOS, UM ATACANTE COLOMBIANO DECIDE

Falcao García marca duas vezes e Atlético de Madrid  de Simeone é campeão da Liga Europa em cima do Bilbao de Bielsa


Por Danilo Silveira



No dia 2 de junho de 2012, completarãoo dez anos que a Argentina estreou na Copa do Mundo da Coréia e do Japão. O meio-campo titular daquele time contava com a presença de Simeone, que era dirigido pelo treinador Marcelo Bielsa. E onde quero chegar falando desses dois personagens do mundo do futebol? É que nesta quarta-feira, Atlético de Madrid e Athletic Bilbao disputaram a final da Liga Europa, e Simone e Bielsa faziam parte do duelo, mas com duas diferenças em relação a 2002. Primeiro, é que dessa vez eles encontravam-se em lados opostos. Segundo, é que Simeone dessa vez estava em igualdade com Marcelo Bielsa no sentido profissional, isto é, ele era o técnico do Atlético de Madrid. E no duelo de dois times espanhóis e dois técnicos argentinos, melhor para o Atlético de Madrid de Simeone.

Brilha a estrela de Falcao García

A partida começou e o time de Madrid começou a apertar a saída de bola do Bilbao, tentando impedir que a equipe basca saísse do seu campo de defesa. E foi aos 6 minutos que apareceu o jogador decisivo do jogo: Falcao García! O atacante colombiano invadiu a área pela direita, deu uma pedalada, ajeitou para a perna esquerda e mandou um belíssimo chute, acertando o canto superior direito do goleiro Iraizoz, que não teve culpa alguma no gol. E aos poucos o Bilbao passou a comandar as ações da partida, conseguindo chegar ao campo de ataque. O time basco trocava bons passes, rodava bem a bola, mas o grande problema é que quando chegava na intermediária, o time não conseguia passes de profundidade. Assim, o centroavante Llorente, jogador mais importante para a equipe na reta final da competição, pouco aparecia com a bola. A grande chance do atacante no jogo aconteceu aos 18 minutos, quando após boa troca de passes pela direita, a bola foi alçada na área e ele chegou batendo de primeira, à esquerda do gol do goleiro belga Courtois. Cinco minutos mais tarde, Courtois precisou trabalhar, defendendo um chute rasteiro de Muniain, no canto direito. Por sinal, Muniain foi a figura mais participativa do jogo pelo lado do Bilbao. Mas o nome do jogo brilhou novamente aos 33. Falcao recebeu cruzamento rasteiro da esquerda, deu um corte que deixou o defensor que estava à sua frente caído e bateu para fazer o seu segundo gol e aumentar a vantagem madrilenha.

Bilbao é valente, mas pára na boa marcação adversária

Para o segundo tempo, Bielsa lançou Ibai Gómes e Iñigo Pérez, nas vagas de Aurtenetxe e Iturraspe. O Bilbao se lançou ao ataque, em busca dos dois gols que levariam o jogo para a prorrogação. O Atlético de Madrid marcava com qualidade, mas pouco saía para o campo de ataque. Sendo assim, o jogo ficou preso, amarrado, na intermediária ofensiva do Bilbao. A equipe de Marcelo Bielsa rodava a bola, girava o jogo, buscando um espaço na zaga adversária. Por vezes, a opção da equipe basca foi alçar bolas na área, mas sem obter muito sucesso. Llorente continuava escondido por dentro da marcação adversária e cada vez mais o tempo passava e as coisas ficavam mais complicadas. Bielsa ainda lançou Toquero na vaga de Herrera. O camisa 2 atuou saindo mais da área para buscar o jogo, mas o Bilbao continuava apresentando dificuldades na criação. Aos 25, após sobra de bola aérea, Ibai Gómez emendou de primeira, mas a redonda passou por cima. Aos 33, Susaeta teve bela chance de empatar ao receber na ponta direita da área, mas Courtois apareceu bem para salvar a equipe madrilenha. No minuto seguinte, Falcao García arrancou pela ponta esquerda, passou por dois marcadores e carimbou a trave direita, por pouco não fazendo seu terceiro gol no jogo. E aos 39, veio o golpe final. O brasileiro Diego apareceu pelo meio, deu belo drible em Amorebieta e bateu cruzado, para fazer o terceiro e fechar a conta para o campeão Atlético de Madrid.

Confesso que esse foi o primeiro jogo de time madrilenho que eu assisti na competição. A verdade é que o time não fez uma partida brilhante, agrediu pouco, atacou menos que o adversário, mas quando foi ao campo ofensivo, foi com objetividade. Destaque para o atacante Falcao García, artilheiro da competição, que curiosamente, na temporada passada, também foi campeão da Liga Europa, vestindo a camisa do Porto e também foi o jogador a marcar mais gols no torneio. Falando do Bilbao, cabe dizer que assisti vários jogos da equipe basca. Trata-se de uma equipe muito boa, que tem um estilo de jogo muito interessante, vide os dois bailes que a equipe deu no Manchester United. Diante do Atlético de Madrid, a equipe não se acovardou, não deixou de mostrar organização, de lutar e de buscar o ataque, mas a marcação bem exercida pelo adversário conseguiu esconder um pouco do bom futebol do time de Marcelo Bielsa.

segunda-feira, maio 07, 2012

JUVENTUS VENCE, CONTA COM DERROTA DO MILAN E É CAMPEÃ ITALIANA

Por Danilo Silveira




Neste final de semana, a Juventus venceu o Cagliari, fora de casa, e contou com a derrota do Milan para a Inter de Milão para sagrar-se campeã italiana. A Velha Senhora, em 37 rodadas até aqui disputadas, venceu 22 jogos, empatou 15 e não perdeu nenhum. A próxima rodada é a última, portanto, se a Juve não perder para o Atalanta, em casa, conquistará o título da maneira invicta.

Não vi muitos jogos da equipe na temporada, mas, o pouco que vi me agradou mais que o Milan, campeão da temporada passada, que estava até domingo disputando ponto a ponto o troféu desta temporada. Do que eu pude analisar da Juventus, o grande nome foi o meio-campista italiano Pirlo. Apesar de jogar mais recuado que um meia de ligação, ele era o jogador mais criativo e lúcido da equipe.

Achei interessante o título da Juventus, que não vencia um Campeonato Italiano desde 2003. E esses nove anos de seca ainda foram marcados por um período na segunda divisão. Acredito que a Velha Senhora vai entrar forte na próxima edição da Liga dos Campeões. 

FLUMINENSE LARGA (MUITO) NA FRENTE EM DECISÃO ESTADUAL



Por Eduardo Riviello, extraído de www.jogadadefeito.blogspot.com

O Clássico Vovô, que marcou uma final de Campeonato Estadual pela última vez no ano 1971, retomou o protagonismo no Rio de Janeiro e teve sua partida de ida dominada pelo Fluminense. A vitória por 4a1 deu ao Tricolor das Laranjeiras a significativa vantagem de se tornar campeão mesmo em caso de derrota por dois gols de diferença no próximo domingo. Para o Botafogo reverter a situação, precisará golear o adversário por pelo menos quatro gols de margem - em caso de vitória por três gols, o título será decidido nos pênaltis.

Essa foi a primeira vez que o Fluminense venceu o Botafogo no estádio Engenhão. De quebra, o time comandado por Abel Braga ainda acabou com a invencibilidade do Alvinegro dirigido por Oswaldo de Oliveira - a partir de hoje, pode-se dizer que não há mais nenhum time invicto nas séries A e B brasileiras nesse ano de 2012.

O jogo

As coisas começaram bem para o Botafogo, que iniciou a partida buscando o ataque e não tardou para marcar 1a0: aos oito minutos, o camisa oito Renato pegou de primeira uma sobra de bola originada em cruzamento de Fellype Gabriel e mandou no canto direito. Belo gol para abrir a contagem na final estadual.

Mas o rendimento do Alvinegro de General Severiano foi caindo a ponto de ver-se em campo um time que sequer era sombra daquele que venceu o Vasco na final da Taça Rio. Um pouco pela postura do Fluminense e um tanto pelos erros do próprio Botafogo, que desperdiçava a posse de bola em lances que se complicavam sem qualquer cabimento.

O Tricolor ia chegando com mais freqüência ao ataque, descolando finalizações atrás de finalizações. Parou em Jéfferson, carimbou Antônio Carlos, chutou para fora. Mas, aos quarenta e três minutos, a insistência na busca pelo gol foi recompensada não com um gol qualquer, mas com uma pintura de Fred: após cruzamento de Thiago Neves, o camisa nove emendou uma bicicleta improvável, pegando na veia e mandando a redonda no canto direito. Golaço e 1a1 no placar.

A partida foi para o intervalo após um primeiro tempo onde o Flu era flagrantemente superior dentro das quatro linhas. As jogadas pela esquerda com Carlinhos criavam dificuldades à defesa botafoguense, que tinha o lateral-direito Lucas pendurado com cartão amarelo e bastante perdido no combate aos adversários que caíam pelo seu setor. Oswaldo manteve o mesmo time para a segunda etapa e o Botafogo quase desempatou aos seis minutos, quando Sebastián "El Loco" Abreu, mesmo agarrado por Leandro Euzébio em lance de pênalti não marcado, cabeceou parando em defesa de Diego Cavalieri.

Quem não tinha mais como manter Lucas em campo era o árbitro Luís Antônio Silva Santos: aos dez minutos, o camisa dois calçou Thiago Neves impedindo contra-ataque tricolor e recebeu o segundo cartão amarelo, sendo corretamente expulso. Se naquele momento o Fluminense conquistava uma vantagem numérica no gramado, dois minutos depois passou a obter vantagem também no placar: Deco serviu Rafael Sóbis com belo passe e a jogada foi concluída com uma bela finalização do camisa vinte e três, no ângulo direito. Era a  virada do Fluminense.

Objetivo na construção de jogadas e sabendo explorar os espaços vazios, o Flu não demorou para marcar o terceiro gol: Thiago Neves passou para Sóbis e, após driblar Jéfferson, ele marcou seu segundo gol na partida. 3a1. O gol foi sucedido imediatamente pela parada técnica prevista em regulamento. Fellype Gabriel, deslocado para a lateral-direita, até saiu-se bem por ali. O Botafogo tentava compensar a desvantagem no número de jogadores na base do esforço e dedicação e a partida seguiu movimentada. Melhor para o Fluminense: com o jovem e veloz Marcos Júnior em campo, o Tricolor chegou ao quarto gol em bela jogada, envolvendo Deco, Rafael Sóbis, Fred e o jogador que entrara no segundo tempo, que não desperdiçou a oportunidade.

Os gritos de "olé" deram o tom antes do apito final e deixaram a impressão de que o título estadual de dois mil e doze, embora não definido, está pra lá de encaminhado. Agora, Fluminense e Botafogo voltam suas atenções para suas respectivas eliminatórias de oitavas-de-final: na quinta-feira, o Flu joga com o Internacional, pela Libertadores (0a0 na ida); na quarta-feira, o Botafogo encara o Vitória (1a1 na ida), pela Copa do Brasil. Ambos os jogos serão disputados no Engenhão.

sexta-feira, maio 04, 2012

RECORDAR É VIVER: VASCO 3 A 1 MANCHESTER UNITED - 08-01-2000 - MARACANÃ

Por Danilo Silveira



O torcedor do Vasco deve sentir muita saudade do dia 8 de janeiro de 2000. Naquela tarde, no Rio de Janeiro, mais precisamente no estádio Maracanã, a equipe brasileira venceu o Manchester United, que era o atual campeão europeu. O jogo, válido pelo Mundial de Clubes da FIFA, contou com um primeiro tempo de cinema da equipe carioca, com belas exibições de Ramon, Edmundo e companhia.


Um primeiro tempo para inglês ver!

A bola rolou e logo o Vasco encontrou a maneira ideal de enfrentar o Manchester United. As enfiadas rápidas de bola tentando achar Romário e Edmundo eram ótimo artifício usado diante de um sistema defensivo que marcava em linha. Porém, os impedimentos marcados pelo bandeirinha tornaram-se uma barreira para que o ataque vascaíno chegasse na cara do goleiro Bosnich, em condição legal. Ramon foi o melhor jogador em campo na primeira metade dos 45 minutos iniciais. Pode-se dizer que o camisa 9 era o dono do meio campo. As investidas do Manchester United ao ataque eram sem sucesso e o Vasco contava com boa atuação do zagueiro Mauro Galvão. E aos 24 minutos, Gary Neville atrasou uma bola errada, a redonda caiu nos pés de Edmundo, que não foi fominha, rolou para o lado, deixando Romário de frente para o gol aberto: 1 a 0. Dois minutos mais tarde, o lateral direito Jorginho, o mesmo que foi auxiliar da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2010, deu um belíssimo lançamento da ponta direita e Gary neville novamente falhou, dessa vez ao tentar dominar no peito e a bola chegou até Romário, que usou sua categoria para driblar o goleiro e anotar seu segundo tento. A atuação fraca e apática da equipe inglesa até parecia fruto de certo desinteresse da equipe, que assistia o Vasco esbanjar talento dentro de campo. O quarteto formado por Felipe, Ramon, Edmundo e Romário colocava o time inglês na roda. Isso porque o Vasco ainda contava com Juninho, que não foi tão bem quanto os companheiros acima citados. Na segunda metade da primeira etapa, Romário jogou como meio-campista, voltando para ajudar na armação de jogadas. Aos 41, Felipe chegou na cara do gol e só não ampliou porque Bosnich fez boa defesa em chute rasteiro. Porém, um minuto mais tarde, Edmundo fez a jogada mais bonita da partida. O Animal recebeu na intermediária, de costas para o gol, deu um tapa na bola, girou em cima de Silvestre e bateu na saída do goleiro, para anotar uma pintura de gol: 3 a 0.


Vasco não repete bom primeiro tempo, mas segura vitória.

Para a segunda etapa, Alex Ferguson lançou Sheringham na vaga de Solskjaer e logo com um minuto, o atacante fez uma bonita jogada, recebendo próximo da meia lua e dando belo chute, encobrindo Hélton, só que a bola foi para fora. E foi o primeiro indício que o jogo mudaria de figura. O Manchester passou a dominar o campo ofensivo, rondar a área vascaína e criar oportunidades, como em chute de Keane aos 11, defendido por Hélton. Aos 18, Antônio Lopes fez sua primeira mexida, por motivo clínico. Jorginho sentiu um problema ao cruzar uma bola pela direita e precisou deixar o campo, para a entrada de Paulo Miranda. Ferguson lançou Jordi Cruyff (filho do famoso Johan Cruyff) e Fortune, nas vagas de Stam e Giggs, esse mesmo que joga no Manchester United até hoje. Enquanto isso, Antônio Lopes fez suas duas substituições restantes, lançando Nasa e Alex Oliveira nas vagas de Ramon e Juninho. O Vasco se segurou na parte defensiva, contando com a séria atuação de Júnior Baiano, que não mostrou cerimônia para dar chutões para frente. O United ainda fez um gol, aos 36 minutos, após jogada bem trabalhada, onde Keane apareceu no segundo pau para receber cobrança de falta, tocar para o meio, onde Butt empurrou para o gol. O time inglês até deu sinais que pressionaria em busca de mais um gol, mas o Vasco neutralizou bem as jogadas ofensivas e saiu do Maracanã com uma boa vitória diante dos Diabos Vermelhos.


quinta-feira, maio 03, 2012

SAI FELIPE, ENTRA FELIPE: UMA TROCA COMPROMETEDORA!!!

Por Danilo Silveira



A vitória do Vasco diante do Lanús, nesta quarta-feira, em São Januário, pode nos levar a diversas reflexões. O fato é que o Vasco, se não foi brilhante na primeira etapa, foi um time arrumado e inteligente dentro de campo. Um time que soube explorar bem os seus valores individuais, desde a bela defesa de Fernando Prass, evitando o primeiro gol do Lanús, até a pintura que foi o gol do Diego Souza, passando pela boa atuação da dupla Felipe-Juninho. Tratou-se de um dos melhores tempos que eu assisti do Vasco em 2012, que terminou com o excelente placar de 2 a 0 para a equipe brasileira.

Veio a segunda etapa e o Vasco tinha plenas condições de continuar com o mesmo ritmo, a mesma pegada, a mesma organização. O desenho do jogo levava até a crer que o time brasileiro aumentaria o marcador e sairia virtualmente classificado de São Januário. A ducha de água fria para a equipe poderia ter sido uma penalidade assinalada a favor do Lanús, mas o impedimento foi assinalado e a infração foi cancelada pelo árbitro. Porém, a ducha de água fria acabou vindo em dose dupla. Primeiro, Reguero recebeu lançamento nas costas de Fagner, dominou e chutou para diminuir o marcador. Logo em seguida, foi a vez de Cristóvão Borges mexer na equipe. O comandante vascaíno tirou Felipe, o melhor em campo da equipe até então, para a entrada de Felipe Bastos. Sou contra os xingamentos a técnicos e jogadores, mas os gritos de “burro” para Cristóvão mostram que nem sempre o “futebol é resultado”. Vale destacar que Felipe mostrou-se altamente irritado com a sua saída do jogo. Com a mexida, o treinador vascaíno deu uma verdadeira aula de como bagunçar o meio-campo de uma equipe. O Vasco até continuou atacando, mas a organização tática apresentada na primeira etapa foi para o espaço. Carlos Alberto ainda entrou na vaga de Diego Souza e foi bem, mostrou-se bem mais participativo. Aliás, pode-se dizer que Diego Souza jogou mal, porém, foi protagonista do lance mais bonito da partida, um chapéu do adversário, conjugado com um belo chute de primeira para marcar o segundo gol vascaíno. Nos minutos finais, o Vasco teve muito perto de tomar o segundo gol e mesmo não tomando, o time foi vaiado ao fim do jogo, e Cristóvão Borges altamente xingado.

O Vasco leva para Argentina uma pequena, mas importante vantagem. Se a equipe tivesse jogado na segunda etapa aquilo que jogou na primeira, provavelmente essa vantagem seria mais elástica.