sexta-feira, dezembro 31, 2010

RETROSPECTIVA 2010: CRUZEIRO

Por Danilo Silveira

Cuca e Cruzeiro: Uma mistura que muito me agrada.

Cuca para mim é disparado o melhor técnico do Brasil. E falo isso convicto. Novamente Cuca mostrou como é capaz de montar um time ofensivo e eficiente. Não foi campeão brasileiro no detalhe. Seu rendimento foi superior ao campeão brasileiro Muricy Ramalho. Acontece que Cuca assumiu o Cruzeiro no meio da competição, muito atrás do Fluminense. Fluminense esse que tem grande influência do mestre ( assim tenho o costume de chamar Alex Stival). Há quem diga que Cuca foi vice campeão para o seu próprio time. Discordo um pouco, pois Muricy trabalhou com outros jogadores. Mas Cuca tem influência ali.

Era bonito de se ver o Cruzeiro de Cuca jogar. Em algumas rodadas, a equipe encantou, com o melhor futebol do Brasil, que levou a equipe à liderança. Após a maratona de jogos de meio de semana e de final de semana, me surpreendeu a queda do Cruzeiro em algumas rodadas. Derrotas para Atlético-MG e São Paulo fizeram falta no momento decisivo. Mas o que realmente me deixou triste foi que mais uma vez a arbitragem atrapalhou o mestre. Corinthians e Cruzeiro travavam uma batalha digamos decisiva, no Pacaembu. Como é natural de Cuca, pôs sua equipe pra cima, mas o senhor Sandro Meira Ricci, que possuía o poder de soprar o apito dentro das 4 linhas atrapalhou o Cruzeiro. Impedimentos mal marcados, pênaltis ignorados, e no fim, marcou uma penalidade a favor de Ronaldo, que culminou no gol da vitória corintiana. Foi pênalti, mas o que pega é que na mesma partida, Sandro ignorou pênaltis mais escandalosos, digamos assim, pro Cruzeiro. Três pontos que custaram o título de Cuca. Mas a frente desse Cruzeiro em 2011, não seria absurdo dizer que o time luta pra ganhar tudo que disputar.
Cuca parece que caiu como uma luva na equipe cruzeirense. Um clube com estrutura, mas que parece não gostar muito do Glamour, de estar sempre na mídia, com contratações astronômicas. O time joga certinho, com jogadores sem muito marketing, sem muita badalação. Parece até um pouco com o Botafogo de Cuca. Mas dessa vez, aposto em conquistas. Creio que Cuca vai ficar no comando cruzeirense por anos e anos e fazer história lá. Depois, quem sabe não assuma a seleção para agraciar os amantes do futebol ofensivo e bem jogado.

Mesmo sem o título cruzeirense, os deuses do futebol presentearam aqueles, que como eu, gostam de um futebol bem jogado, com a Espanha sendo campeã mundial. Para aqueles que não se importam com a beleza desse esporte, continuar a idolatrar Muricy e reverenciar o trabalho de Mourinho na Inter parece inevitável.

Melhores técnicos de 2010: Vicent Del Bosque (seleção espanhola), Cuca (Cruzeiro), Joseph Gaurdiola (Barcelona), Marcelo Bielsa (Chile) e Dorival Junior (Santos-Atlético-MG).
Parabéns para esses 5 profissionais, que mostraram em campo que gostam de um futebol bonito e bem jogado.

quinta-feira, dezembro 30, 2010

RETROSPECTIVA: FLAMENGO

Por Marcos Freitas

Fla agoniza no sombrio ano de 2010

6 de dezembro de 2009. Precisamente, 18:51 de uma tarde ensolarada no Maracanã. Eu era mais um daqueles 100 mil presentes naquele estádio que fervia de emoção, 17 anos depois. O Flamengo era hexacampeão brasileiro. Todos pensaram: agora voltamos aos trilhos! O Flamengo vai voltar a figurar dentro de campo entre os grandes do país, lutando por títulos nacionais, algo pouco comum nas duas últimas décadas.
Tudo ia bem. Da base titular hexacampeã, apenas Airton e Zé Roberto deixaram o rubro-negro. Entretanto, faltas que foram rapidamente supridas por Kleberson, que voltava ao time titular depois de lesão, e Vagner Love, astro brasileiro que voltava da Rússia para compor o "Império do Amor" junto com Adriano. E 2010 começava. Nas primeiras rodadas, fáceis vitórias no Estadual e um grupo teoricamente fácil na Libertadores. Até que veio o marcante Fla-Flu. Um verdadeiro divisor de águas na vida do rubro-.negro carioca. Logo no início de temporada, o time entrava completo no clássico. Um primeiro tempo marcado pela inoperância de Petkovic e por falhas defensivas, um baile tricolor: 3 a 1. Após ser substituído, Pet brigou com o então dirigente Marcos Braz, o que causou um verdadeiro racha no futebol do clube. Com Vinicíus Pacheco, que substituíra o gringo jogando muita bola, e com atuações marcantes de Adriano e Love, o Fla virou para 5 a 3. Para a torcida, o ano poderia parar por aí. Desde então, o clube viveu um verdadeiro inferno astral.

Com a perda do Carioca para o Botafogo nos dois turnos, tendo um time claramente superior e classificando-se com a última vaga para as Oitavas de Final, Patricia Amorim decidiu pela demissão do técnico Andrade e publicamente repreendeu Adriano pelas longas noitadas e faltas em treinos. Em seu lugar, Rogério Lourenço assumiu, já eliminando o Corinthians, time de melhor campanha na 1ª Fase e no ano de seu centenário. A esperança era de dias melhores. A chave na Libertadores, apontava um confronto contra o Universidad de Chile, uma equipe aguerrida, mas que não se comparava ao time da Gávea.
No primeiro jogo, some uma escalação equivoca, acrescente um time apático e adicione uma torcida impaciente. O resultado foi uma derrota de 3 a 2 em pleno Maracanã, resultado que dificultava e muito a vida dos comandados de Rogério. A vitória por 2 a 1 em Santiago, mostrou que a classificação teria sido tranqüila, caso a soberba do primeiro jogo não atrapalhasse a vida da nação.

Em julho, ocorreu um dos fatos mais marcantes do ano. O goleiro Bruno, ídolo da nação desde 2006 é acusado de elaborar o assassinato de sua amante, a jovem Eliza Samudio de forma brutal. Assim, o goleiro foi parar na cadeia, onde se encontra até os hoje. O suposto crime chocou o país e colocou a imagem e auto estima dos rubro-negros no chão.
No Brasileirão, o Flamengo mostrou-se um coadjuvante perfeito. Passou o campeonato quase inteiro na zona intermediária, vencendo esporádicos jogos, perdendo pontos importantes. Sai Rogerio, vem Silas. Sai Silas, vem Luxemburgo. E o time não muda. A apatia é evidente no rosto dos jogadores. A base do hexa mantida não consegue dar andamento ao time. No fim, escapar do rebaixamento e conseguir avançar à Sul Americana parece obra do acaso e da incompetência maior de seus concorrentes diretos.

A previsão do futuro na Gávea em 2011 é temerosa. Flu, Bota e Vasco já possuem uma espinha dorsal de time formada e um clima mais ameno na política interna de cada um. O Fla que já perdeu Juan e Toró, pode perder, Leo Moura, Willians e Ronaldo Angelin. Sem dinheiro em caixa, a torcida não pode esperar grandes reforços. Cada dia mais, acredito que o hexa foi mais um acaso do futebol do que méritos desse clube Gigante e ao mesmo tempo tão pequeno na visão dos que o comandam.

RETROSPECTIVA 2010: ARGENTINA NA COPA

Por Danilo Silveira


UM VELHO E NOVO "DON DIEGO" À FRENTE DA ARGENTINA.

O futebol nos permite histórias bonitas e emocionantes. E em 2010, tivemos a África do Sul como cenário de uma bela e surpreendente história. Estou falando de Diego Armando Maradona à frente da seleção Argentina de futebol, durante uma Copa do Mundo. Não é necessário conhecer a carreira toda de Don Diego para saber que a palavra “polêmica” sempre andou ao lado das coisas geniais que esse cidadão fazia com a bola nos pés. A última cena que vinha em mente das pessoas quando se atrelava Copa do Mundo e Maradona, era o craque argentino saindo de campo em uma partida de sua seleção contra a Nigéria, ajudado por uma enfermeira, em 1994, nos EUA. Ali, Maradona estava sendo excluído do torneio pelo uso de produto proibido, caracterizando doping.


Como se fosse um filme, com recomeço 16 anos depois, lá estava Maradona na África do Sul, em uma Copa do Mundo com o posto de técnico da Argentina. O adversário da estréia? A mesma Nigéria que anos antes fez Maradona pagar um grande vexame. Com uma dívida histórica com o futebol internacional, Maradona mudou o seu perfil, seu comportamento e foi um Gentleman na copa. Algo bonito de se ver, uma história de superação e evolução! O futebol apresentado pela Argentina era um dos mais bonitos daquela copa, contando com um Messi encapetado que só não fez chover nos jogo de estréia. No placar, apenas 1 x 0, pois um endiabrado Enyeama, goleiro nigeriano, defendeu até pensamento. No segundo jogo, mais uma grande atuação de Messi e sonoros 4 x 1 na Coréia do Sul. Os dias se passavam e os hermanos cada vez mais ganhavam força e confiança no torneio. Maradona tinha uma relação com seus atletas, pelo menos na frente das câmeras, exemplar. Antes do início e no final de cada partida, lá ia o Pibe cumprimentar seus jogadores um a um dando-lhes um carinhoso abraço. Era bonito de se ver. Vencedores não se fazem apenas dentro de campo.

Na terceira partida da primeira fase, Maradona, já classificado, entrou com um time misto, e venceu a Grécia por 2 x 0. Era a hora de começar o mata-mata. Quatro jogos separavam a Argentina do tricampeonato. Maradona, bem humorado, disse que caso sua seleção vencesse a Copa, andaria pelado em Buenos Aires. Os argentinos estavam com ele. Ídolo incontestável em seu país, Maradona foi ao longo da Copa adquirindo mais um fã: esse que vos escreve. Ver a Argentina jogar era bonito, era legal. A paz parecia reinar naquele grupo. E olha que deve ser difícil conseguir isso com uma seleção argentina, conhecida por ter times com temperamento forte, que criam confusão a cada jogo, tornando de futebol uma guerra. Mas nada disso era visto. Alguns diziam que bastava a Argentina ser eliminada que tudo mudaria de figura. Eu estava duvidando muito, mas na verdade, não tinha vontade alguma de ver aquela seleção eliminada da Copa do Mundo. Ver essa Argentina levantando o caneco seria algo mágico. Deixando de lado a rivalidade com o Brasil e qualquer tipo de torcida contra, queria que o futebol reinasse, e naquele momento achava que a Argentina campeã faria um bem danado para o futebol. Oitavas de final e um México pela frente. Uma atuação boa na primeira etapa e um segundo tempo bem abaixo do que eu esperava foram suficientes para aplicar um 3 x 1 e colocar os hermanos nas Quartas de final. O adversário era a Alemanha, que vinha jogando um excelente futebol. O dia 3 de Julho entrou para história como a queda da Argentina dirigida por Maradona. Um gol sofrido no início parece ter sido fatal. A Alemanha jogando em contra ataques rápidos e com uma defesa consistente, aplicou uma sonora goleada em Maradona: 4 x 0. A zaga argentina não jogava bem e não era capaz de suportar os contra ataques alemães. Messi bem que tentou, lutou e não se omitiu. Mas não deu!


Ali chegava ao fim uma linda história, de um grupo que deve ser aplaudido de pé. Os minutos foram se passando e o baile alemão contou com o respeito dos jogadores argentinos. Não me lembro de ter visto nenhuma jogada que caracterizasse destempero daquele time dirigido pelo Pibe. Ao final do jogo, Maradona não se escondeu; foi até cada jogador e deu o mesmo abraço após cada vitória, afinal, naquele dia, Maradona estava sendo derrotado no campo, mais era um vitorioso fora dele. Alguns dizem que Maradona xingou torcedores alemães ao final do jogo para tentar tirar o mérito de Don Diego naquela Copa. De fato, houve algum incidente sim, acredito que ele tenha sido provocado e foi “tirar satisfações”. Nada que mereça muito alarde e que apague o que Maradona fez em 2010 na África do Sul. Com isso, pagou grande parte da sua dívida com o futebol.

quarta-feira, dezembro 29, 2010

ARSENAL VACILA E APENAS EMPATA COM WIGAN.

Por Danilo Silveira.

O Arsenal entrou em campo hoje para enfrentar o Wigan no seu último jogo do ano. Uma vitória significaria começar 2011 com o mesmo número de pontos dos líderes Manchesters (City e United). Com uma equipe diferente da que fez grande partida contra o Chelsea há dois dias, os Gunners não repetiram a excelente atuação e não passaram de um empate em 2 x 2.

O Arsenal, com a proposta de rolar a bola no campo de ataque encontrava um adversário perigoso e veloz no contra ataque. Aos 16, N’Zogbia recebeu no campo de ataque, avançou, driblou Diaby e Koscielny e se atirou no gramado. No lance corrido o espectador até pode achar que houve a penalidade, mas no Replay é perceptível que o zagueiro francês recolhe a perna. Watson cobrou no canto direito de Fabianski, que até pulou para o lado certo mas não evitou o gol. Com Bendtner e Chamack no ataque, o Arsenal não mostrava a mesma velocidade do jogo contra o Chelsea. O Wigan não se encolhia e marcava o Arsenal de maneira avançada. Aos 23, Rosicky arriscou de fora e o goleiro Ali Al Habsi defendeu. Três minutos depois, um contundido Diaby deu lugar a Wilshere (volante inteligente que fez grande partida contra o Chelsea).O jogo era amarrado, com entradas fortes. N’Zogbia aparecia pelo lado direito oferecendo perigo a uma bagunçada zaga da equipe londrina. Porém, nos minutos finais o talento do Arsenal entrou em ação. Aos 39 Bendtner recebeu na frente, chutou para defesa do goleiro, mas no rebote Arshavin deu lindo voleio de primeira para o fundo das redes. Aos 43, Arshavin fez linda jogada individual e deixou o dinamarquês Bendtener na cara do gol; um chute no canto esquerdo do goleiro dava aos Gunners o direito de ir para o intervalo à frente no marcador.

O segundo tempo começou corrido equilibrado, mas sem muitas oportunidades. A primeira a se destacar foi aos 13, quando Chamack cabeceou a esquerda do gol de Ali Al Habsi após escanteio cobrado da direita. Aos 18, Sagna errou saída de bola pela direita do campo defensivo e Cleverley arriscou pra fora. A postura do Arsenal não era de quem pretende assumir a liderança do campeonato inglês. Talvez a vantagem no placar dava à equipe a impressão que tudo estava resolvido. Mesmo assim, aos 23 os Gunners tiveram grande chance de ampliar quando Wilshere deu lindo passe para Arshavin, que dominou mas acabou finalizando em cima do goleiro que saiu bem para evitar o terceiro gol. O técnico da equipe da casa, Roberto Martinez, colocou McArthur na vaga de Gohouri: era a primeira substituição da equipe. Aos 29, Bendtner perdeu bola no campo de ataque e o contra ataque do Wigan terminou com N’Zogbia chutando para boa defesa de Fabianski. Quatro minutos mais tarde, o mesmo N’Zogbia deu cabeçada em Wishere, caracterizando agressão e recebendo o vermelho, piorando as cosias para sua equipe. Porém, aos 35, não só Wishere, mas toda equipe londrina recebeu um duro golpe. Escanteio cobrado da esquerda, Rodallega desviou para dentro no segundo pau e Squillaci tentou evitar que a bola chegasse ao adversário e acabou cabeceando contra a própria meta: era o empate do Wigan. Quase imediatamente, Arsene Wenguer colocou Nasri e Walcott nas vagas de Arshavin e Wishere. Não consigo ver cabimento em tais substituições, mas mesmo assim, o Arsenal podia ter feito o terceiro, se o juiz marcasse pênalti quando Narsi cobrou falta e a bola foi cortada com a mão por um adversário que compunha a barreira. Mesmo assim, nada justifica a postura do Arsenal. Dois pontos que podem fazer muita falta.

O resultado deixou o Arsenal dois pontos atrás dos líderes e fez o Wigan deixar a zona de rebaixamento. Nos outros jogos do dia, o Chelsea acabou com a seca de vitórias ao vencer o Bolton no Stanford Bridge por 1 x 0, gol do francês Malouda. Já o Liverpool perdeu em casa para o ex lanterna Wolverhampton. Confira a classificação:

1 Manchester United 38
2 Manchester City 38
3 Arsenal 36
4 Chelsea 34
5 Tottenham 33
6 Bolton 29
7 Sunderland 27
8 Blackpool 25
9 Blackburn 25
10 Stoke City 24
11 Everton 22
12 Liverpool 22
13 Newcastle 22
14 West Bromwich 22
15 Aston Villa 20
16 Wigan 20
17 Birmingham 19
18 Fulham 19
19 Wolverhampton 18
20 West Ham 17

terça-feira, dezembro 28, 2010

MANCHESTER TERMINA 2010 COM EMPATE AMARGO DIANTE DO BIRMINGHAM.


Por Danilo Silveira

Depois de ver o Manchester City vencer o Aston Villa e assumir a ponta da tabela, o Manchester United entrava em campo para enfrentar o Birmingham em busca novamente da ponta. É correto afirmar que naquela altura o United tinha três jogos a menos que o City (17 contra 20), mas perder a liderança com certeza não estava nos planos de Ferguson. E realmente sua equipe não perdeu a liderança, mas o empate em 1 x 1 deu a sensação de 2 pontos perdidos e não de um ganho.

Diante de um St. Andrew's Stadium com mais de 28 mil espectadores, as duas equipes entraram no gramado. Um começo de jogo estudado, sem muitas chances de gol. O primeiro lance a se destacar foi um chute executado por Wayne Rooney aos 7 minutos de partida, com a bola passando à direita da meta de Foster. O atacante inglês tentou mais duas finalizações nos minutos seguintes, mas sem muito sucesso. A grande chance da primeira etapa aconteceu quando Giggs apareceu pela direita e chutou para dentro da área (em minha opinião ele quis cruzar), a bola encobriu o goleiro que ainda raspou na redonda, que tocou caprichosamente na trave direita. Apesar da chance, o Manchester não estava bem postado em campo. Berbatov e Rooney saíam muito da área, deixando o time sem opção para o toque final. Ao mesmo tempo, povoavam o meio de campo, que já contava com Carrick, Giggs, Anderson e Gibson. Enquanto isso, os donos da casa tinham como opção ofensiva um Beausejour pela esquerda muito marcado pelo lateral Rafael e Jerome centralizado que não levava muito perigo ao gol de Van Der Saar. Aos 25, Ferguson do Birmingham fez falta em Anderson e o brasileiro foi tirar satisfação dando uma peitada no escocês; Gardner também entrou na confusão e levou amarelo assim como Anderson. Aos 29, Jerome recebeu passe na frente e o zagueiro Vidic tentou cortar, acertando um chute no peito do atacante; falta para os donos da casa e amarelo pro ele. Até o fim da primeira etapa, podemos destacar duas finalizações de Gardner ao gol de Van Der Saar e nada mais.

A segunda etapa começou com o Manchester tentando chegar mais ao ataque; Rafael aparecia mais no apoio e a bola era rolada pelo gramado em busca de uma oportunidade. Mas aos 6, a equipe da casa chegou ao ataque em chute de Bower que foi desviado para escanteio cobrado curto e depois de troca de passes, Gardner chutou para defesa tranqüila do goleiro holandês. Em campo, tinha um tal búlgaro chamado Berbatov, artilheiro da Premier League. Ele apareceu no meio, deu de calcanhar para Gibson, recebeu na frente, ajeitou com a esquerda e chutou de direita no canto esquerdo de Foster: era o gol que podia dar folga na liderança aos Red Devils. Aberto o placar em Birmingham. Três minutos mais tarde, Berbatov recebeu no meio, driblou Ridgewell e carimbou a trave direita dos donos da casa. Donos da casa esses que pareciam ter sentido o golpe, vendo um Manchester melhor arrumado em campo. Bola pra cá, bola pra lá e o tempo foi passando. Aos 22, depois de troca de passes, Anderson arriscou e a bola passou a direita. Com o final da partida se aproximando os técnicos resolveram mexer; primeiro A. McLeish trocou Larsson por Hleb, depois Ferguson trocou Anderson por Fletcher. Os donos da casa não conseguiam ameaçar o Manchester, Beausejour foi para direita, mas não conseguiu sucesso por lá e saiu para a entrada do grandalhão Zigic. Aos 37, Vidic subiu na área do Birmingham e cabeceou para boa defesa de Foster, quase o segundo dos Red Devils. Última substituição na equipe da casa: Sai Jerome, entra Kevin Phillips. Tudo parecia bem encaminhado para vitória dos visitantes, mas aos 44, cruzamento da direita, Zigic tocou de cabeça e Bowyer completou para o gol, jogando uma ducha de água fria nos líderes do campeonato, que perderam dois preciosos pontos hoje.

O Birmingham não é derrotado em cãs Ana Premier League há 23 jogos e apesar de invicto na competição, o Manchester acumula muitos empates, o que pode lhe custar a liderança brevemente. Confira a classificação, lembrando que o Arsenal joga amanhã; portanto, podemos terminar 2010 com três equipes empatadas em pontos na liderança. Confira abaixo a classificação coma pontuação e o números de jogos já realizados por cada equipe:

1 Manchester United38 18
2 Manchester City 38 20
3 Arsenal 35 18
4 Tottenham 33 19
5 Chelsea 31 18
6 Bolton 29 19
7 Sunderland 27 20
8 Blackpool 25 17
9 Blackburn 25 20
10 Stoke City 24 19
11 Liverpool 22 17
12 Everton 22 19
13 Newcastle 22 19
14 West Bromwich 22 19
15 Aston Villa 20 19
16 Birmingham 19 18
17 Fulham 19 19
18 Wigan 19 18
19 West Ham 17 20
20 Wolverhampton 15 18

segunda-feira, dezembro 27, 2010

COM APRESENTAÇÃO MEMORÁVEL, ARSENAL FAZ 3 X 1 NO CHELSEA E SEGUE NA COLA DO LÍDER.


Por Danilo Silveira

Magnífica! Assim pode ser resumida a atuação do Arsenal na partida de hoje diante do Chelsea, no Emirates. A vitória por 3 x 1 deixou os Gunners a dois pontos do líder Manchester , que joga amanhã contra o Birminghan. Os Red Devils têm um jogo a menos na tabela, mas a torcida que viu a partida de hoje deve estar preocupada com esse Arsenal aparecendo no retrovisor.

A partida começou truncada, com as duas equipes correndo muito e demonstrando muita vontade. Os dois gigantes da Inglaterra, que possuem jogadores de muita qualidade, se estudavam em campo a procura da melhor maneira de atuar. Song lançou Van Persie na área, mas o holandês se desequilibrou e não conseguiu completar para gol. A resposta dos Blues veio quando Drogba recebeu na intermediária, avançou e chutou cruzado rasteiro, a direita do gol de Fabianski. Aos poucos, o Arsenal foi se postando melhor ofensivamente e começou a dominar a partida. Um invocado Nasri pela esquerda, Walcott pela direita e Wilshere no meio interagindo com Fabregas faziam a equipe londrina rodar a bola à procura de uma chance para abrir o placar. Do outro lado, encontrava-se um Chelsea encolhido, acuado, mas marcando com muita consistência. Naquele momento da partida pensei comigo que faltava aos Gunners acelerar o toque de bola, para que a redonda chegasse em boas condições à Van Persie, que estava sumido na partida. E quando isso aconteceu, o holandês apareceu pela esquerda mas chutou pra fora. Em um lance em total desacordo com a beleza do futebol apresentado em campo pelo Arsenal, o jogador do Chesea, Kalou, deu uma forte entrada em Chichy e poderia até ter sido expulso, mas o homem do apito optou apenas pelo amarelo. A essa altura o desenho tático da partida estava claro: um Arsenal fazendo a bola girar esperando o momento certo de penetrar e um Chelsea encolhido esperando um contra ataque. Nasri apareceu pouco atrás da linha da área pelo meio e chutou com estilo para linda defesa de Peter Cech, que com um tapinha colocou pra escanteio. Aos 43 veio o lance que fez a partida crescer em emoção. Wilshere apareceu no meio, tocou para Fabregas que caiu, mas a bola sobrou para Song tocar no canto esquerdo de Cech e abrir o placar. Festa no Emirates.


Para o segundo tempo, Carlo Ancelotti mexeu, tirando Mikel para a entrada de Ramires. Quando eu disse que o gol do Arsenal faria a partida crescer em emoção, foi porque na segunda etapa o Chelsea provavelmente sairia mais para o jogo, devido ao placar que lhe era adverso. E aos 5 minutos da segunda etapa, Narsi recebeu na intermediária muito marcado, mas a bola foi cortada errada e chegou na direita para Walcott, que avançou e na saída de Cech rolou para Fabregas empurrar pro gol vazio: 2 x 0. Dois minutos mais tarde, Terry saiu jogando errado com Malouda, Walcott roubou a bola tocou para Fabregas, recebeu na frente e chutou para fazer o terceiro. Princípio de goleada no Emirates. Ancelotti colocou Kakuta na vaga de Malouda e logo depois veio o gol do Chelsea: Drogba cobrou falta na área e Ivanovic cabeceou para o fundo das redes. O gol dava a sensação de que os Blues iriam para cima em busca do empate, mas acontece que o Arsenal fazia uma excelente partida (a melhor que já vi dessa equipe), mostrando uma personalidade muito grande. Song (um dos melhores em campo) mostrava uma versatilidade incrível, marcando que nem um excelente volante e chegando à frente como um armador qualificado. Terceira e última mexida no Chelsea: sai Paulo Ferreira entra Bosingwa. Aos 23, contra ataque do Arsenal, Kakuta cortou mal e a bola chegou limpa para Nasri, que chutou mal nas mãos de Cech, perdendo grande chance. Diaby e Chamach entraram nas vagas de Walcott e Van Persie. Adminitrando o jogo muito bem os Gunners diminuíram o ritmo e viam um Chelsea frio, sem forças para atacar. Drogba teve uma falta para cobrar do mesmo lugar de onde havia, minutos antes, saído o gol dos Blues, mas dessa vez o marfinense cobrou para fora. Arsene Venguer colocou Rosicky na vaga de Fabregas, que saiu ovacionado por uma torcida que cantava empolgada diante de um lindo espetáculo visto em campo. As cortinas se fecharam (leiam “o juiz apitou”) e o espetáculo terminou (leiam “a partida acabou”).

Com o resultado, o Arsenal volta a vice liderança, somando 35 pontos, enquanto o Chelsea segue em quarto com 31.

RETROSPECTIVA 2010: INTER DE MILÃO

Por Danilo Silveira

INTERNAZIONALE CONQUISTA O MUNDO, MAS FUTEBOL PASSA LONGE DE AGRADAR.

Inspiração pra falar sobre o Internazionale de José Mourinho é o que falta aos três escritores desse livro. Como seria legal se o Barcelona tivesse ganho a UEFA CHampions League. O livro estaria pronto, sem precisar eu ficar escrevendo esse artigo. Mas vamos lá.

O fato é que eu não gosto do Mourinho. Motivos óbvios para aqueles que conhecem a forma com que penso esse esporte. Comparo o Mourinho ao Dunga e ao Muricy. São técnicos vencedores sim, mas que demonstram em suas partidas não gostarem do futebol bem jogado e além disso, medo de perder. A Inter de Milão foi avançando na Champions League e confesso que não vi todas as partidas dessa equipe. O maior feito dos italianos foi ter derrotado o Barcelona na semifinal. Nesse dia, o futebol chorou. Com um a menos desde o primeiro tempo, Mourinho acabou essa partida com seus jogadores enfurnados no campo de defesa, tentando segurar a pressão barcelonista. Se não fosse um erro do juiz ao anular um gol dos espanhóis, talvez o futebol estivesse mais alegre em 2010.

Mas, deixando de lado a emoção de um torcedor fanático pelo futebol, digo que a Inter de Milão estava na final da Champions. O adversário era o Bayer de Munique. Ao final, 2 x 0 para os italianos em mais uma atuação digamos retrancada do senhor português, que fica ao banco de reservas. Com isso, a Inter estava no mundial interclubes.

Lá, em Abu Dabhi, os italianos já não contavam mais com Mourinho, que foi para o Real Madrid. Mas incrível como com Rafa Benítez no comando a Inter continuava sem jogar bem. Porém, com um pouco menos de consistência defensiva. Na estréia no torneio, venceu o Seongnam da Coréia por 3 x 0 em uma atuação sonolenta. Na final, pegou a zebra africana que derrotou o Internacional de Porto Alegre, o Mazemb; aplicando um 3 x 0 sem muito encanto. Confesso que o jogo ficou tão sonolento que parei de ver antes do apito final. Assim, como Muricy Ramalho com o Fluminense, a Inter de Milão estava provando que é possível vencer jogando “pedra em santo”.

Agora, Mourinho assumiu o Real e até que começou bem, mas na última partida já tirou um pouco do encanto do time e começou com seu joguinho que pouco me agrada. Vamos ver se os ares da capital espanhola faz Mourinho rever um pouco seus conceitos. Caso isso aconteça, o futebol agradece.

NO EMBALO DE CARLITO TÉVEZ.

Por Danilo Silveira
Depois de perder grande chance de assumir a liderança no meio de semana (derrota em casa para o Everton), o Manchester City foi até o St James Park enfrentar o Newcastle que ocupa a meiuca da tabela. E o milionário time inglês conseguiu a vitória, com participação decisiva do argentino Tévez.

Mal o senhor C. Foy apitou pela primeira vez, o gol do Manchester saiu. A bola estava sob controle, nos pés do goleiro Krull, mas ele inventou de sair jogando rasteiro pelo meio da área, aí apareceu Tévez para roubar a bola, abrir na esquerda para Barry chutar e abrir o placar. E parece que o gol sofrido não fez muito bem à equipe da casa, e aos 4 minutos, dois jogadores se enrolaram com a bola no campo defensivo e novamente Tévez apareceu, avançou, abriu na direita para Milner e entrou na área para completar o cruzamento e ampliar. Nem 5 minutos passado, o City estava abrindo caminho para conseguir três importantes pontos na tabela de classificação. Mas o Newcastle tinha um cabeludo um pouco estabando mas que dava trabalho à zaga adversária: Carroll. Logo após o segundo gol do City, ele recebeu cruzamento da direita e cabeceou para boa defesa do goleiro Hart. Aos 13, Tévez apareceu novamente, arriscando de longe, mas a bola subiu. O Newcastle entrou no jogo e tentava se organizar para criar situações de gol. Acontece que o City, acredito que muito em função da vitória parcial, recuou e marcava bem, impedindo a penetração dos donos da casa. Mas o contra ataque do City levava perigo e Tévez roubou bola no campo de ataque e a jogada terminou com Kolarov soltando uma bomba por cima. Com um Manchester City esperando um contra ataque pra ampliar e um Newcastle sem criação e enfrentando dificuldades, a partida foi para o intervalo.

No início da segunda etapa, o City se mostrava mais presente no campo de ataque, tentando imprimir velocidade na partida. Precisando de gols, com seu time mostrando fragilidades ofensivas, A. Pardew decidiu mexer na equipe, tirando Routledge e colocando Ranger. Empurrado pro sua torcida, o Newcastle bem que tentava, mas furar a defesa dos visitantes era missão complicada, muito também pela falta de criatividade apresentada em campo pelo time da casa. Sem conseguir por baixo, os cruzamentos buscando Carroll se tornavam a opção. O técnico do City R. Mancini resolveu mexer na sua equipe, tirando um sumido David Silva para entrada de A. Johnson. Sem oportunidades de gol, parecia que a partida iria terminar 2 x 0. Mas lembram que eu falei de um tal cabeludo meio estabando mas que levava perigo ao adversário? Pois é! Barton cobrou escanteio da esquerda e Carroll apareceu livre no meio da área para cabecear para o gol e diminuir o marcador. O relógio marcava 26 minutos, ou seja, o Newcastle tinha 20 minutos para marcar mais um gol e empatar a partida, o jogo estava aberto. A vontade demonstrada pelos jogadores era grande, mas a limitação também. Mesmo assim lá vinha o Newcastle em busca de mais um gol. Mas o City tinha um argentino chamado Carlito Tévez. E ele apareceu pela esquerda, trouxe pro meio, tabelou com A. Johnson e chutou: a bola bateu no seu compatriota e adversário, Coloccini e entrou. Mais três pontos na conta do City, que com o resultado assumiu a vice-liderança. Já o Newcastle ocupa a nona colocação.

sábado, dezembro 25, 2010

RESTROSPECTIVA 2010: ESPANHA CAMPEÃ MNDIAL.

Com o final do ano se aproximando, a equipe dos Craques na Rede vai disponibilizar alguns textos do que mais relevante aconteceu nesse ano de 2010. Começaremos pela Espanha campeã mundial.

Da Europa para o mundo: Espanha vence Copa do Mundo 2010.

Por Eduardo Riviello

A Espanha que foi à África do Sul em 2010 estava representada por uma das melhores gerações de uma seleção nos últimos tempos. Talentos individuais incontestáveis, mas que carregavam o indesejável peso de, pelo fato da Fúria jamais ter conquistado um Mundial, serem rotulados como "amarelões". Não é objetivado nesse texto nos aprofundarmos na discussão sobre o termo "amarelar", mas deixo aqui registrado que sempre discordei veementemente dessa nomenclatura, especialmente quando apontada para a seleção espanhola: o fato de alguém entrar em campo com um suposto favoritismo e não vencer o jogo é absolutamente natural - o que deveria ser analisado não é meramente o resultado, mas como foi o desempenho da equipe na partida.

E a Copa do Mundo começou, para a Espanha, com essa discussão a todo vapor: a derrota por 1a0 para a Suíça, na estréia em 16 de junho, fez brotar inúmeros comentários sobre o fracasso que seria o Mundial espanhol. Um comentarista de uma emissora aberta brasileira chegou a dizer, logo após o término dessa partida, que nunca confiou na Espanha pois trata-se de um time com "fragilidade emocional". Naquele mesmo momento, pensei comigo: "esse sujeito não assistiu a partida ou então não entendeu nada do que se passou diante de seus olhos". A Espanha, caros amantes do futebol, fez uma grande estréia, circulando a bola, finalizando, mantendo um volume de jogo intenso do princípio ao final da partida. O goleiro Diego Benaglio, em atuação inspirada, manteve a meta inviolável. Aliás, a meta suíça não foi vazada uma única vez na Copa anterior e, naquele mesmo Mundial, sofreria um único gol (do ofensivo Chile de Marcelo Bielsa, e em condição irregular).

Veio a segunda rodada, e a Espanha repetiu a grande atuação da estréia. Mas com uma diferença: se naquela oportunidade o placar lhe foi adverso, dessa vez os espanhóis triunfaram sobre Honduras com dois gols de David Villa, que naquele momento iniciaria uma série de atuações decisivas e que o colocariam como um dos destaques da Copa 2010. Na terceira e última rodada pelo grupo H, espanhóis e chilenos, que demonstravam dois dos mais belos estilos de jogo em território sul-africano, se enfrentaram em partida onde ambas as equipes demonstravam vocação ofensiva. Fizeram um grande jogo até os 30 minutos da segunda etapa, quando, informados pelo placar zerado entre Suíça e Honduras, passaram a se respeitar mutuamente para manter o resultado que classificava ambas as seleções.

Vieram as oitavas-de-final. O adversário era Portugal. A seleção retrancada de Carlos Queiroz não havia sofrido um único gol na primeira fase e seguia apostando num sólido sistema defensivo para passar pela Espanha. O jogo seguia, o cronômetro avançava e a Espanha mantinha-se firme na proposta de fazer rolar a bola pelo gramado na busca por uma oportunidade. Se fosse um time emocionalmente frágil, a Espanha poderia se desesperar facilmente com a boa atuação do goleiro Eduardo e a persistência do 0a0 no placar. Mas não. Aquela Espanha é forte na bola e na cabeça e, numa jogada altamente trabalhada e que terminou nos pés de Villa, conquistou o gol e o direito de seguir encantando o mundo no continente africano.

Nas quartas, veio novo desafio sul-americano. Os paraguaios engrossaram surpreendentemente a partida, estabelecendo um sistema de jogo que apostava na marcação-pressão, visando manter o talentoso meio-campo espanhol distante da meta defendida por Justo Villar. Em jogo que contou com fortes emoções na segunda etapa (com direito a um pênalti perdido para cada lado), no final triunfou a equipe mais disposta a atacar, contando com novo gol do decisivo David Villa.

Na fase semifinal, um oponente duríssimo: a Alemanha de Joachim Löw. Uma Alemanha revolucionária, que jogava um futebol com a bola no chão e de troca de passes que destoavam da tradição alemã de buscar incessantemente o "chuveirinho". Uma Alemanha que encantava. Uma Alemanha que ia atrás do tetracampeonato. O momento mais adequado e oportuno para a "fragilidade emocional" espanhola desabrochar e tirar os comandados de Vicente Del Bosque da disputa pelo título. Certo? Errado! Jogando no ataque e mantendo a mesma postura que a levou até esse jogo, a Espanha pressionou a Alemanha e desenvolveu novamente uma grande atuação coletiva, coroada com gol de cabeça de Carles Puyol. A Alemanha, que havia atropelado Austrália, Inglaterra e Argentina, estava irreconhecível. Mas as três estrelas bordadas na camisa parecem deixá-la imune ao famigerado conceito de "amarelar".

E lá foi a Espanha para o fatídico 11 de julho, no estádio Soccer City, em Johannesburgo. Um gol de Andrés Iniesta no 116º minuto diante da Holanda deu à Espanha, que estava representada por uma das melhores gerações de uma seleção nos últimos tempos, o inédito título de campeã mundial. Partida dificílima, sem dúvidas. Os holandeses, que chegavam em sua terceira final de Copa do Mundo, tiveram chances incríveis de abrir o placar, como uma de Arjen Robben após passe de Wesley Sneijder, quando Iker Casillas fez valer a máxima de que "um grande time começa por um grande goleiro". Parabéns, Espanha! Naquela altura, poucos se lembravam da estréia diante da Suíça. Mas eu acho que todos deveriam ter aquela partida inaugural vivas na memória. Afinal, aquela foi a primeira de muitas grandes atuações da Espanha na Copa 2010. A exemplo da Eurocopa 2008, uma Espanha amarelo-ouro.

sexta-feira, dezembro 24, 2010

RODADA NATALINA NA PREMIER LEAGUE


Por Danilo Silveira

O espírito natalino parece fazer muitas pessoas esquecerem momentaneamente ofutebol. Mas não os ingleses! Em plenos dias 26 e 27 de dezembro, uma rodada inteirinha da Premier League para os amantes de futebol.

Na liderança, o Manchester United enfrenta no domingo o Sunderland no Old Trafford. Uma vitória garante os Red Devils por mais uma rodada na ponta.

O Manchester City, que perdeu grande chance de asusmir a liderança durante a semana ao perder em casa St James Park encarar o Newcastle para tentar se recuperar do tropeço.

Depois de um começo de campeonato sombrio, o Liverpool se recuperou na tabela e pega o Blackpool fora de casa para tentar se aproximar ainda mais dos líderes.

Para mim, entre o0s melhores times desse campeonato está o Tottenham. A equipe de Bale e Van der Vaart vai até Birmingham enfrentar o Aston Villa buscando encostar ainda mais nos líderes.

Na segunda feira, o grande jogo da rodada. Simplesmente Arsenal x Chelsea. Presente de natal para os amantes desse esporte. O Arsenal, vice líder busca se manter na cola do Manchester, ou até ultrapassar o rial em caso de tropeço dos Red Devils. Já o Chelsea está a um ponto do adversário londrino e três do Manchester. Esse jogo promete!

Confira abaixo os demais jogos:

Fulham x West Ham
Wolverhampton x Wigan
Blackburn x Stoke City
Bolton x West Bromwich
Everton x Birmingham

Tabela de classificação:

1 Manchester United 34
2 Arsenal 32
3 Manchester City 32
4 Chelsea 31
5 Tottenham 27
6 Sunderland 27
7 Bolton 26
8 Newcastle 22
9 Liverpool 22
10 Blackpool 22
11 West Bromwich 22
12 Blackburn 22
13 Stoke City 21
14 Everton 21
15 Aston Villa 20
16 Birmingham 18
17 Fulham 16
18 Wigan 16
19 Wolverhampton 15
20 West Ham 13

domingo, dezembro 19, 2010

DI MARIA SIMULA, APANHA E MARCA O GOL QUE DÁ MAIS TRÊS PONTOS AO REAL.


Por Danilo Silveira

Para seguir apenas três pontos atrás do líder Barcelona, o Real Madrid precisava vencer o Sevilla, no Santiago Bernabéu. A equipe de José Mourinho conseguiu a missão, mas não foi fácil. Um gol salvador do argentino Di Maria, na segunda etapa, garantiu o triunfo merengue por placar mínimo.

A partida começou e o Real até que jogava no campo de ataque, mas estava longe de ser aquele time envolvente e bonito de jogos atrás. Sem muita criatividade e esbarrando na marcação adversária, a equipe não criou muitas chances de abrir o placar e o jogo foi para o intervalo.

Na segunda etapa a partida esquentou. Não muito pelas oportunidades de gol, mas o clima ficou tenso e jogadores começaram a se estranhar. Aliás, antes de começar a falar sobre os ânimos exaltados, vale ressaltar que Negredo perdeu uma incrível chance cara a cara com Cassillas. Aos 14, começou as discussões. Di Maria caiu na área, (em minha opinião nada a marcar) e o juiz mandou o jogo seguir. O goleiro Palop foi correndo em direção ao argentino reclamar de uma possível simulação, assim como Zokora. Pasmem; Cristiano Ronaldo veio apaziguar o princípio de confusão. Aos 16, Mourinho tirou Benzema e Khedira para colocar Leon e Granero. Mas um minuto depois as coisas complicaram para o Real, quando Ricardo Carvalho, em disputa pelo alto, atingiu Negredo (difícil falar se foi intencional) e recebeu o segundo amarelo, sendo expulso. Ânimos exaltados no Bernabéu e nova confusão. Pouco depois, Escude agarrou Leon na área (em minha opinião pênalti) e o juiz nada marcou; na seqüência do lance, Diarra entrou forte em um Adversário (em minha opinião poderia ser expulso) e recebeu apenas o amarelo; Pepe também recebeu cartão da mesma cor por reclamação.

A essa altura o Real estava vendo o Barcelona se distanciar 5 pontos na liderança, mas aos 31, Leon arriscou pro gol, a bola desviou na zaga e achou Di Maria na esquerda; o argentino dominou e o goleiro Palop saiu do gol para tentar fechar o ângulo, mas Di Maria trouxe para trás fazendo parecer que ia cruzar e chutou para o gol vazio . Festa em Madrid. Logo após o gol, Mourinho chamou Albiol no banco para substituí-lo por Ozil, dando a entender que queria fechar a equipe (em minha opinião, atitude reprovável de caráter defensivo). Ozil ainda demorou para sair de campo levando amarelo. Peço lado do Sevilla, o técnico G. Manzano mexeu três vezes em pouco tempo, tirando Konko, Capel e Zokora para as entradas de Acosta, Alfaro e Jose Carlos. Esse primeiro levou amarelo em lance pela direita de ataque adversário; Di Maria se chocou com um am,rcador e os dois forma pro chão, Acosta foi até o argentino e empurrou a cabeça do jogador, que por sua vez fez uma cena tremenda como se tivesse sofrido forte agressão (em minha opinião, vermelho para Acosta pela agressão, mesmo que leve, e amarelo pro argentino por simulação) Antes do fim, ainda deu tempo de Dabo dar forte entrada em Di Maria e ser expulso. Final de uma partida onde o tamanho da reportagem não condiz com o tamanho do futebol apresentado pelas duas equipes.

Agora o Real segue na cola do Barca, três pontos atrás, enquanto o Sevilla está mais perto da zona de rebaixamento do que dos líderes.

SEM MAIORES DIFICULDADES, INTERNAZIONALE É TRICAMPEÃ DO MUNDO.

Por Marcos Freitas.

Confirmando os prognósticos, a Inter de Milão sagrou-se neste sábado tricampeã do mundo ao derrotar o Mazembe por 3 a 0 na decisão do Mundial de Clubes da FIFA, disputado em Abu Dhabi.

Na condição de favorito, o time dos brasileiros Julio Cesar, Maicon, Lucio e Thiago Motta, todos titulares, tomou a iniciativa do jogo e abriu o plcar aos 13 minutos. O macedônio Pandev, não desperdiçou a oportunidade e deslocou o goleiro figuraça Kidiaba, abrindo o placar para os interistas.

Os europeus pareciam mesmo dispostos a decidir a partida no primeiro tempo. Mesmo com 1 a 0 no marcador, aos 17, Samuel Eto'o jogou mais uma ducha de água fria nas pretensões congolesas, ao aproveitar cruzamento vindo da esquerda. A partir deste momento, o que se viu foi um esforço dos africanos em chegar ao gol de Julio Cesar. Mesmo com maior volume de jogo, as chances não apareciam com frequência. A inter soube segurar o ritmo da partida. Aos 41 da segunda etapa, o golpe final, o jovem Biabiany que havia começado a partida como reserva, aproveitou enfiada de bola em profundidade e deu números finais a partida.

Apesar da frustração, os congoleses saem com a sensação de dever cumprido por conseguirem duas eliminações históricas para uma nação tão sofrida. À Inter, um Mundial vencido, e o objetivo da Tríplice Coroa neste ano conquistado. No entanto, o time deve melhorar, e muito, para pensar em títulos nesta temporada.

No outro jogo da noite, o Internacional derrotou o Seognam Ilhwa por 4 a 2 na disuputa do 3º lugar. Vale destacar mais uma vez o apoio dos colorados que compareceram em um impressionante número, apesar da tragédia ocorrida na primeira partida. O Colorado mostrou uma postura totalmente diferente da semifinal e praticamente liquidou a fatura na primeira etapa. Alecsandro e Tinga abriram o placar. No segundo tempo, D'Alessandro e Alecsandro, anunciavam uma goleada histórica. Porém Molina, descontou duas vezes para os coreanos tornando-se o artilheiro da competição. Os dois gols foram sofridos pelo argentino Pato Abbondanzieri, que anunciou a aposentadoria nesta competição.
Com certeza, o final não foi o esperado pela metade vermelha do Rio Grande. Certamente, no sonho dos torcedores e atletas, o sábado seria de apreensão para a final. Porém o sonho continua vivo para 2011.

ROMA VENCE LÍDER MILAN E SE APROXIMA DO TOPO DA TABELA.

Por Danilo Silveira

O Milan contava com o apoio de sua torcida para abrir ainda mais vantagem na ponta do italiano. O adversário era a Roma que buscava os três pontos para se aproximar do topo da tabela. Adriano, o imperador, começava a partida como titular.

No primeiro tempo, Ibra teve uma chance claríssima de abrir o placar, quando saiu cara a cara com Doni, mas o sueco foi inventar de bater por cobertura e acabou chutando em cima do goleiro. Veio à segunda etapa e a Roma não se encolhia, o jogo era equilibrado, mas não era dos mais empolgantes. Cruzamento rasteiro da direita, Abate tentou cortar, mas a bola bateu em Borrielo e entrou. Sorte de artilheiro! Faltando menos de 10 minutos para o término da partida, Maximiliano Allegri colocou Ronaldinho Gaúcho em campo. O brasileiro Fez uma linda jogada, que poderia ter resultado em gol. Ele recebeu na área e de costas pro gol emendou uma bicicleta que passou por cima do gol de Doni. Vitória romana no San Siro.

sexta-feira, dezembro 17, 2010

DEBAIXO DE MUITA NEVE, ATLÉTICO DE MADRID EMPATA COM BAYER LEVERKUSEN E DÁ ADEUS AO SONHO DO BI.


Por Danilo Silveira

Para seguir vivo na UEFA Europa League, o Atlético de Madrid precisava vencer oo Bayer Leverkusen do brasileiro Renato Augusto, na Alemanha. Mas em uma partida cheia de gols eprdidos, o empate em 1 x 1, deu fim ao sonho do Bi campeonato da equipe de Forlán, o melhor jogador da Copa do Mundo 2010.

A equipe espanhola começou a partida melhor, imprimindo velocidade para tentar abrir o placar. Nevava muito nA Bayer Arena e a bola branca precisou ser substituída pela laranja. Com um ensoboado Aguero, o Atléticop quase abriu o palcar. O argentino arrancou pela direita, levou ao fundo, rolou para o meio, mas a bola correu demais e Diego Forlán não conseguiu empurrar para o gol. Minutos depois, o uruguaio perdeu chance incrível de abrir o placar. O português Simão desceu pela esquerda e tocou para trás para Forlán emendar, mas o goleiro fez linda defesa salvando os alemães. Assim, o apito final da primeira etapa veio e nada de gols.

Talvez insatisfeito com o desempenho da sua equipe na primeira etapa, o técnico J. Heynckes fez voltou para a segunda etapa com duas mudanças: Kießling na vaga de Renato Augusto e D. da Costa no lugar de G. Castro. O fato é que graças as substituições ou não, a equipe voltou emlhor e passou a dominar as ações. O Atl´´etico de Madrid, que mesmos em ter feito grande primeiro tempo, criou boas chances, voltou apático e sem criação. As chances começaram a aparecer para a equipe da casa, e o atacante Helmes desperdiçou duas, mas na terceira, depois d elançamento longo e desvio pelo alto, a bola sobrou limpa para ele chutar, vencer o goleiro Dejea e abrir a contagem. Precisando da virada, Quique Sanchez fez duas alterações, que mesmo sem conehce rmuito os jogadores que entraram eu não entendi muito bem. Primeiro ele tirou D. Forlán para entrada de Diego Costa e logo ems eguida tirou Simão par acolocar Mérida. Mesmo que a equipe não tenha apresentado uma melhora muito acentuada até o término da partida, o treinador mostrou ter estrela, pois logo depois d episar dentro das 4 linhas Mérida empatou a partida. Aguero recebeu na área, apssou por dois marcadores e a bola sobrou limpa para o espanhol chutar para o fundo das redes alemães. Tinham mais cerca de 20 minutos para a equipe tentar a virada, mas a organização tática não era das que mais me agrada e o time não consgeuia velocidade e fluidez nas jogadas. O autor do gol alemão, Helmes, fez o favor de perder mais uma chance incrível e o campeão da UEFA Europa League 2009-2010 precisava de um gol apra deixar o sonho do bi vivo. Aguero recebu na área, chutou, a bola bateu na zaga e voltou novamente pra ele que arriscou outra vez, mas a bola bateu na amrcação e saiu eme scanteio. O sonho do Bi acabava ali, em terras alemães, com um campo coberto de neve.

Confira abaixo os outros grupos que foram definidos nessa Quinta-Feira. Destaque para o Juventus, que não se classificou e saiu do torneio invicto, com seis empates em seis jogos:

Grupo A
1 Manchester City (ING) 11
2 Lech Poznan (POL) 11
3 Juventus (ITA) 6
4 Salzburg (AUT) 2

Grupo B
1 Bay. Leverkusen (ALE) 12
2 Aris (GRE) 10
3 Atlético de Madri (ESP) 8
4 Rosenborg (NOR) 3

Grupo C
1 Sporting (POR) 12
2 Lille (FRA)8
3 Gent (BEL)7
4 Levski Sofia (BUL) 7

Grupo G
1 Zenit (RUS) 18
2 Anderlecht (BEL) 7
3 AEK Atenas (GRE) 7
4 Hajduk Split (CRO) 3

Grupo H

1 Stuttgart (ALE) 15
2 Young Boys (SUI) 9
3 Getafe (ESP) 7
4 OB Odense (DIN) 4

Grupo I
1 PSV Eindhoven (HOL) 14
2 Metalist (UCR) 11
3 Sampdoria (ITA) 5
4 Debreceni (HUN) 3


Confira ao lado os confrontos entre as 32 equipes que permaneceram an competição. Lembrando que também entraram no torneio os terceiros colocados nos grupos da UEFA Champions League.

quinta-feira, dezembro 16, 2010

NA BASE DA RAÇA, NAPOLI VENCE STEAUA E AVANÇA.


Por Danilo Silveira

Foi suado e sofrido, mas o Napoli conseguiu se classificar da fase de grupos UEFA Europa League. O 0 x 0 persistia até os 47 do segundo tempo, quando Cavani cabeceou para o fundo das redes do Steaua Bucareste, para festa dos torcedores presente no Estádio San Paolo.

A equipe italiana começou o jogo trocando bons passes pelo meio, mas a forte marcação romena impedia a penetração. Aos 9, poderia ter saído o primeiro, quando Vitale veio costurando pelo meio da zaga, tocou para Hamsick, que passou para Cavani, que na cara do gol bateu por cima. O Steaua respondeu aos 14 em rápido contra ataque, onde Ricardo Gomes limpou a zaga mas seu companheiro completou para fora. Hamsick trouxe da direita para o meio e arriscou, mas a bola saiu a esquerda do gol. O eslovaco e Zuniga eram os jogadores que tentavam acelerar o ritmo do jogo, mas o Steaua marcava bem e buscava um contra ataque mortal. Antes do apito final da primeira etapa, Ricardo Gomes ainda teve boa chance pelo alto, mas cabeceou no meio do gol para defesa de De Sanctis.

O Napoli voltou para segunda etapa precisando marcar um gol a qualquer custo e isso talvez tenha gerado afobação na equipe, que não conseguia envolver a equipe adversária. Canpagnaro deu lugar a Sosa, que pouco depois de entrar em campo, cobrou falta da esquerda, a bola passou por todo mundo e o goleiro Tatarusanu fez boa defesa. O técnico Mazzarri colocou Dumitru na vaga de Yebda, mas a equipe continuava enfrentando dificuldades. O tempo foi passando e os jogadores napolitanos começaram a se desesperar. Maggio deu forte entrada em Surdu e poderia ter sido expulso mas recebeu apenas amarelo. Pouco depois, Paulo Canavarro foi de encontro ao corpo de Ricardo Gomes e com força desproporcional e levou apenas amarelo também. O jogo ficou tenso e o empate persistia. Dossena entrou na vaga de Vitale e os italianos tinham pouco tempo para conseguir o gol. Duas grandes chances apareceram. Primeiro Maggio cabeceou por cima, depois Cavani recebeu pela direita e chutou carimbando a trave. Não parecia ser o dia de gritar gol no estádio San Paolo, mas quando tudo levava a crer que a partida terminaria empatada veio o grito de alívio da torcida: Escanteio cobrado da esquerda e Cavani, no primeiro pau, cabeceou para estufar as redes adversárias. Antes do apito final, confusão em campo e um jogador da Romênia apontou para o árbitro seu rosto, que estava sangrando. Paulo Canavarro recebeu o vermelho no lance.

Na garra, na base do coração, o Napoli está vivo na UEFA Europa League.
Confira abaixo os grupos já definidos:


Grupo D
1 Villarreal (ESP) 12
2 Paok (GRE) 11
3 Dynamo Zagreb (CRO) 7
4 Brugge (BEL) 3

Grupo E
1 Dynamo de Kiev (UCR) 11
2 Bate Borisov (BLR) 10
3 AZ Alkmaar (HOL) 7
4 Sheriff (MOL) 5


Grupo F
1 CSKA Moscou (RUS) 16
2 Sparta Praga (TCH) 9
3 Palermo (ITA) 7
4 Lausanne (SUI) 1


Grupo J
1 PSG (FRA) 12
2 Sevilla (ESP) 10
3 Borus. Dortmund (ALE) 9
4 Karpaty (UCR) 1


Grupo K
1 Liverpool (ING) 10
2 Napoli (ITA) 7
3 Steaua (ROM) 6
4 Utrecht (HOL) 5


Grupo L
1 Porto (POR) 16
2 Besiktas (TUR) 13
3 Rapid Viena (AUT) 3
4 CSKA Sofia (BUL) 3

quarta-feira, dezembro 15, 2010

INTER DE MILÃO ESPANTA A ZEBRA E ESTÁ NA FINAL.

Nada de zebra! A Inter de Milão fez uma partida ruim, mas derrotou o time coreano Seongnam por 3 x 0, gols de Stankovic, Zanetti e Milito e agora pega o Mazembe na final do Mundial Interclubes.
A primeira etapa da partida foi de um nível técnico muito baixo. Logo nos primeiros minutos, Sneijder se machucou e foi substituído por Thaiago Motta. E em uma bobeira de Byung Kuk, Stankovic saiu na cara do goleiro Sung Ryong e completou no canto esquerdo para abrir o placar. O que se viu no campo após o gol foram muitas faltas duras, muitos passes errados e pouco futebol. Nenhum time mantinha a posse de bola por muito tempo, o jogo era feio e o que salvou foi o segundo gol da Inter. Uma pintura com toque argentino. Pela direita, Javier Zanetti tocou para Diego Milito que devolveu de calcanhar para o lateral chutar e ampliar. As chances do Seongnam eram esporádicas, em uma cabeçada que Júlio César espalmou e uma cobrança de falta de Molina pra fora, nos acréscimos.

Na segunda etapa, o Seongnam botou a bola no chão, tentou acelerar as jogadas e começou a tentar pressionar a Inter. Mas a marcação da equipe italiana era sólida e os coreanos não conseguiam entrar na área. Aos 22, mexida dupla na equipe asiática: saíram Sung Kuk e Jae Cheol para as entradas de Ho Young Song e Ho Jeong-Jeong. Pouco depois, saiu o terceiro da Inter. Passe do meio para esquerda passou por todo mundo e sobrou para Eto’o que chutou e, no rebote, Diego Milito empurrou para as redes, fechando a conta e espantando a zebra.

terça-feira, dezembro 14, 2010

EM DIA INSPIRADO DE KIDIABA, MAZENBE ACABA COM SONHO COLORADO.

Por Danilo Dias

A zebra africana voltou a atacar. Depois de vencer o Pachuca, o Mazembe, da República do Congo, venceu o Internacional por 2 x 0 e se classificou para a final do Mundial Interclubes.

Durante quase toda a partida, o Inter mostrou nos 20 minutos iniciais, ser uma equipe superior, com mais qualidade e toque de bola. O time de Celso Roth jogou bem, chegou ao ataque e desperdiçou boas chances de abrir o placar. O Mazembe, por sua vez, apresentava uma defesa um tanto quanto atabalhoada, mas ao mesmo tempo a equipe mostrava vontade e forte marcação. Cruzamento da esquerda e Wilson Mathias cabeceou para defesa do goleiro Kidiaba. Ainda no começo de partida, Rafael Sóbis quase abriu o placar em duas oportunidades. Primeiro, o atacante colorado cobrou falta com perigo, depois recebeu cruzamento rasteiro da esquerda e bateu de prima para grande defesa do goleiro africano. Aos 15, Nkulukuta recebeu e arriscou, mas a bola saiu pela esquerda do gol de Renan. Pouco depois, mais uma grande chance do Inter. Bola alçada na área, Bolívar, no segundo pau, cabeceou para o meio e a bola rondou toda a área e ninguém apareceu para colocar para dentro. Pelo alto, apareciam as grandes chances coloradas, e aos 21, foi a vez de Tinga cabecear por cima da meta adversária. O Mazembe conseguiu equilibrar a partida na segunda metade do tempo e o jogo foi zerado para o intervalo. Se o Inter tivesse continuado a pressionar teria grandes chances de ir para o intervalo à frente no marcador.

O fato da partida estar empatada até ali pode ter sido determinante para o placar final. O Inter não começou o segundo tempo como o primeiro, talvez ansioso pelo primeiro gol. O envolvente e veloz time dos minutos iniciais da partida, deu lugar a um time desorganizado e desatento. Logo nos primeiros segundos, Kaluituka arriscou mas a bola foi para escanteio depois do desvio. D’Alessandro cobrou falta com perigo aos 3 minutos e quase abriu o placar. Mas era nítido que o Inter não conseguia jogar o futebol que é capaz. E aos 8 minutos veio o golpe fatal: Kabangu recebeu na área, a marcação permitiu que ele dominasse ajeitasse o corpo e chutasse no canto esquerdo de Renan, que não chegou nem perto da bola, que estufava as redes coloradas. Era o sonho começando a escorrer pelas mãos coloradas. Mas ainda havia esperança e Rafael Sóbis apareceu na cara de Kidiaba, mas chutou em cima do goleiro que fez outra defesa heróica. Apreensão, nítida no semblante de Celso Roth, que parecendo não acreditar no placar, tirou Tinga e Alecsandro para colocar Giuliano e Leandro Damião. E em poucos minutos em campo, Giuliano, o talismã dos gols decisivos, recebeu cara a cara e finalizou, mas Kidiaba, o melhor em campo, estava lá para salvar o Mazembe novamente. Cobrança de falta ensaiada pela esquerda e D’Alesandro recebeu sozinho, quase na marca, mas pegou muito mal na bola. Er ao reflexo da ansiedade colorada. O autor do gol, Kabangu quase fez mais um em cobrança de falta, mas Renan evitou. Em minha opinião, Roth errou feio ao tirar Tinga e manter dois volantes em campo, precisando de qualquer maneira do empate. E a sua última substituição foi, para mim, também equivocada: Oscar na vaga de Rafael Sóbis. Mesmo assim, o Inter ainda quase chegou ao empate com Nei arriscando de fora da área, mas a bola passou à esquerda. Consagrado até então, o goleiro Kidiaba ainda ajudou o Mazembe a aumentar o placar. Ele deu lindo lançamento na esquerda para Kalyiukuta, que avançou e chutou no canto direito de Renan, que viu a bola entrar e acabar com o sonho colorado de reconquistar o mundo.
Obviamente descontente com o resultado, Celso Roth, em uma atitude feia, deu as costas para o campo e foi para o vestiário após o apito final. Meses de preparação e ansiedade, para o fim pré coce e inacreditável para a torcida do Inter. Festa africana, expressa pela dancinha já tradicional do goleiro Kidiaba, um dos heróis da classificação do Mazembe. O sonho africano continua pra lá de vivo.

segunda-feira, dezembro 13, 2010

DIABOS VERMELHOS DERRUBAM GUNNERS E ASSUME A PONTA

O tão esperado duelo entre Manchester e Arsenal pelo campeonato inglês terminou com vitória da equipe de Alex Ferguson por 1 x 0, gol de Park Ji Sung na primeira etapa, em uma cabeçada após cruzamento de Nani.

O segundo tempo de partida no Old Trafford foi como é característico do futebol da terra da rainha. Muita marcação, muita correria, divididas fortes e qualidade dos jogadores em campo. Nani teve a chance de ampliar, mas desperdiçou incrível chance. O zagueiro Ferdinand entrou com força desproporcional em Sagna, em dividida pelo alto e poderia ter sido expulso, mas nem o amarelo foi mostrado. Como marca da agressão, o lateral francês saiu do lance com a camisa rasgada. O Arsenal tentava o empate que garantiria a permanência na liderança, mas os Diabos Vermelhos que tiveram a grande chance de aumentar. Nani apareceu na área pela direita, marcado por Clich, que escorregou no lance e casualmente esbarrou com a mão na bola. Em minha opinião nada a marcar, mas o auxiliar assinalou e o árbitro confirmou a penalidade, mas Andey Rooney cobrou nas nuvens. Mesmo com a penalidade desperdiçada, a torcida não parava de fazer barulho no estádio, o resultado levava o Manchester para a liderança.Para tentar reverter a situação, Arsen Venger mexeu na equipe. Ao longo da segunda etapa, Fábregas, Van Persie e Walcott entraram nas vagas de Rosicky, Wilshere e Arshavin pelo lado dos Gunners para tentar o empate, mas a equipe esbarrava nos próprios erros de passe e na forte marcação do Manchester. Na equipe da casa, Anderson deu lugar a Giggs. A zaga do Arsenal estava um tanto quanto atabalhoada, e lançamento do campo de defesa achou Rooney, que dominou e em um lindo toque quase se redimiu fazendo um golaço por cobertura, mas o goleiro conseguiu espalmar evitando que a bola entrasse. Aos 49, veio o apito final, para festa do novo líder da Premier League: o Manchester United.

Outro fato que merece destaque foram alguns dos mineiros chilenos, envolvidos em um recente acidente, onde ficaram durante muitos dias presos debaixo da terra, que presenciaram a partida hoje, de dentro do estádio Old Trafford.

O FAVORITISMO DA INTER E DO INTER.


Por Marcos Freitas

Semana de definição no Mundial de Clubes disputado nos Emirados Árabes. Nesta terça, o Internacional de Po rto Alegre é o Brasil na competição e enfrenta o surpreendente Mazembe, da República do Congo, que eliminou o mexicano Pachuca. O técnico Celso Roth deve manter a equipe já conhecida do torcedor colorado, sem maiores surpresas. Segundo Roth, é preciso o máximo de cautela nesta partida, uma vez que os africanos são franco atiradores. Vale destacar que o amuleto Giuliano está confirmadíssimo para o jogo. O Interestá escalado com: Renan, Nei, Índio, Bolivar e Kléber; Guiñazu, WilsonMathias, Giuliano e D'Alessandro; Sóbis e Alecsandro. Na outra semifinal, a Internazionale, em crise, jogará contra o Seognan Ilhwa, clube coreano que eliminou os anfitriões do Al Wahda. O contestado Rafa Benítez, dificilmente permanecerá no cargo em caso de insucesso nesta competição. Os italianos apostam na habilidade do meia Sneijder, nos gols de Samuel Eto'o e na raça de Lúcio para chegar a final. Já o Seognam, tem no meia Molina, ex-Santos, sua maior esperança de mostrar que é possível quebrar a hegemonia europeia e sul-americana.

MAIS UM SHOW DE MESSI E DO BARÇA.


Por Danilo Dias

Parar o Barcelona! Essa é a missão que todas as equipes do mundo parecem não saber como cumprir. Neste domingo, mais um show da equipe de Joseph Guardiola, e claro, de Leonel Messi. Um expressivo placar de 5 x 0 em cima do Real Sociedad fez a festa dos torcedores presentes no Camp Nou. Creio que quem conseguir parar essa equipe será lembrado na história do futebol. Assim como aconteceu com a Inter de Milão de José Mourinho, que eliminou o Barça na semifinal da Champions League 2009-2010.

O toque de bola no campo ofensivo, que é habitual da equipe começou desde os minutos iniciais. E logo saiu o primeiro gol, aos 8 minutos. Messi recebeu de Xavi, tocou para Pedro na direita, que cruzou para David Villa completar. Aos 10, Pedro completou cruzamento da direita de primeira, mas a bola saiu. O Real Sociedad assistia o Barcelona trocar passes, sem saber como agir na marcação, chegando esporadicamente ao ataque. Aos 28, Messi recebeu de Villa, driblou o goleiro Bravo e chutou, mas o adversário tirou antes que a bola entrasse. No mesmo minuto, troca de passes que sobrou para Daniel Alves, que debaixo da trave errou. O segundo gol estava perto e saiu aos 32, em tabela de Iniesta com Pedro, que terminou com o candidato a melhor jogador do mundo estufando a rede adversária. Brincando de jogar bola e trocar passes, o Barça viu o juiz apitar o fim da primeira etapa.

Vendo o Barcelona jogar parece que todos são craques e jogam iguais, sem ter um melhor ou pior. Mas acontece que existe um que se destaca mais que os outros, e ele fez os espectadores lembrarem isso logo no primeiro minuto da segunda etapa. Messi recebeu na direita de Xavi, trouxe pro meio e saiu tabelando com Daniel Alves por dentro da zaga adversária até completar para o fundo das redes. Magnífico! Com o placar elástico, Guardiola começou a mexer na equipe, tirando Mascherano para entrada de Busquets, Pedro para a entrada de Bojan, além de colocar Keita na vaga de Xavi. Já no Real Sociedad, Zurutuza entrou na vaga de Aranburu, Tamudo no lugar de Llorente e Xabi Pietro saiu para entrada de Sarpong. Reverter o placar era algo quase que impossível, parecia uma missão menos complicada não tomar mais gols. Mas quando Messi recebeu na área pela direita, veio lateralmente driblando a zaga toda e completou para as redes, a missão ficou impossível. Era o quarto gol do Barça, o segundo do melhor jogador do planeta. Bojan chutou, o goleiro espalmou e na sobra ele completou para marcar o quinto gol e completar a festa.

Ir ao cinema ou ao teatro, só se o filme ou a peça forem sensacionais. Do contrário, sou mais o espetáculo do Barcelona e do Messi!

domingo, dezembro 12, 2010

BOLA DE OURO PREMIARÁ DESEMPENHO DO INCRÍVEL BARÇA.


Por Marcos Freitas

A FIFA anunciou esta semana os candidatos ao prêmio Bola de Ouro de Melhor Jogador do Ano de 2010 que será entregue no dia 10 de janeiro de 2011. Os 3 felizardos atuam pelo Barcelona: Xavi Hernandez, Andrés Iniesta e Lionel Messi.

Xavi Hernandez, 30 anos, tem um currículo invejável. Revelado nas categorias de base do Barca, conquistou os mais diversos títulos recentes do clube, incluindo duas Champions League e um Mundial de Clubes. Meia habilidoso e polivalente, possui uma visão de jogo invejável, e fez parte da Espanha, atual campeã do mundo.

Andrés Iniesta, 26 anos, despontou como um dos grandes jogadores do Barça e da Fúria. Inicialmente volante, vem jogando como um autêntico ponta. Seu currículo e história, lembrar muito a de Xavi. Fez o gol do título da Fúria, na prorrogação contra a Holanda, além de ter feito uma Copa do Mundo impecável.

Lionel Messi, 23 anos, eleito melhor do mundo de 2009, desponta como principal favorito, pela sua impressionante regularidade e desempenho em 2010. Sua média de um gol por jogo pelo Barcelona, impressiona. O que pode pesar contra o argentino é a copa apenas regular feita por ele.
Três nomes, justamente escolhidos para representar o que houve de melhor no mundo do futebol este ano.


Vamos agora, aguardar o escolhido para sabermos se teremos um inédito campeão ou um bicampeão.

sexta-feira, dezembro 10, 2010

UM SONHO AFRICANO NO CAMINHO DO PAÍS DO FUTEBOL.

O que esperar de uma partida de futebol entre um time mexicano conhecido e um desconhecido africano da República Democrática do Congo? Conhecendo um pouco a ordem natural (entenda natural como cultural) desse esporte, cravaria uma vitória dos mexicanos. Mas foi justamente o contrário que aconteceu.

Em jogo válido pelas Quartas de final do mundial de clubes FIFA 2010, o Mazembe venceu o Pachuca por 1 x 0. Antes da partida, jogadores de joelho e demonstração de fé do time africano. E parece que realmente algum Deus vindo do continente ajudou a equipe do Mazembe. O chute do jogador argentino Masnso explodiu em traves africanas, passou perto de toda a linha do gol, mas não entrou. E o gol do Mazembe saiu aos 21 do primeiro tempo, quando pela direita, Kabangu tocou para Bedi, que avançou e chutou para estufar as redes.

Era o gol da classificação de um continente sofrido, que até hoje é vítima de preconceito, mas em 2010 deu para o mundo um grande exemplo. De que a felicidade e a alegria de viver devem estar acima de tudo, e que essas características podem sim ser expressas no futebol. A África foi o cenário do maior evento futebolístico existente no planeta Terra, que é a Copa do Mundo e conseguiu fazer o que muitos não esperavam: uma linda festa com final feliz e um grande legado. Muito interessante a comemoração do goleiro Kidiaba após o gol do Mazembe. Ele vibrou sentado, com os pés fora do chão girando sozinho e contente. Um povo, uma cultura e um sonho: Conquistar o Mundo. Se é possível, confira você mesmo! Mazembe x Internacional-RS, próxima Terça-Feira. Imperdível!

quinta-feira, dezembro 09, 2010

AJAX SAI DA LIGA COM ESTILO: 2 A 0 NO SAN SIRO.

Por Eduardo Riviello, extraído de
www. jogadadefeito.blogspot.com

Estreando Frank De Boer como técnico interino, o Ajax foi ao San Siro, venceu o Milan por 2a0, garantiu vaga na Liga Europa e despediu-se da Liga dos Campeões com sua melhor atuação na competição. Classificado em 2º no grupo G, o Milan deve ter em mente que não será atuando dessa maneira que voltará a levantar o troféu por ele conquistado em sete ocasiões.

A transmissão dessa partida em tempo real pode ser acompanhada pelo "Twitter" @jogadadefeito.

O jogo

Não dava pros donos da casa buscarem a liderança - essa já pertencia ao Real Madrid - nem para ser eliminado na fase de grupos na Liga dos Campeões da Europa. A torcida milanesa, mesmo assim, fez bastante barulho no estádio San Siro e incentivou a equipe, que em raros momentos correspondeu dentro das quatro linhas. Se por um lado Ronaldinho Gaúcho foi escalado como titular, por outro ficou faltando um homem de referência na área, já que Ronaldinho e Robinho rotineiramente recompunham o meio-campo. Com Luis Suárez se movimentando bastante e Christian Eriksen mostrando lucidez e categoria no trato com a bola, o Ajax foi dominando as ações e levando perigo. Se o placar do primeiro tempo foi de 0a0, os donos da casa devem agradecer ao goleiro Marco Amelia, que realizou pelo menos três defesas de alta dificuldade.

Na volta do intervalo, ambas as equipes pareciam mais soltas em campo mas era o Ajax quem seguia mais organizado nas investidas ofensivas, abrindo o placar aos 11 minutos: Luis Suárez cruzou da esquerda, Siem De Jong teve seu chute bloqueado e Demy De Zeeuw apareceu para pegar a sobra, acertando o chute no canto direito de Amelia.

Aos 14 minutos, Gregory van der Wiel deu bonito chute de fora da área e Amelia conseguiu se sair ainda melhor ao pular e encaixar a bola. 3 minutos depois, Massimiliano Allegri fez uma substituição a qual não estamos acostumados a vê-lo fazer: trocou um meio-campista (Massimo Ambrosini) por um atacante (Zlatan Ibrahimovic). E, passados outros 3 minutos, o Ajax chegou ao segundo gol: Suárez encarou a marcação de três adversários, rolou atrás e o zagueiro belga Toby Alderweireld acertou uma bola indefensável, no ângulo direito do goleiro Amelia. Golaço.

O Milan passou a freqüentar mais o campo de ataque a partir de então, tendo sua primeira grande chance de descontar aos 25 minutos, mas o chute rasteiro de Ibrahimovic foi defendido por Maarten Stekelenburg, com o pé, em demonstração de grande reflexo do goleiro holandês. O outro grande momento milanês aconteceu aos 44 minutos: Ronaldinho lançou Ibrahimovic, o sueco dominou no peito, levantou a bola e mandou de bicicleta por cima do travessão.
Se Allegri teve nesse jogo uma oportunidade de testar algo diferente, acabou que não tirou grande proveito: entre a entrada de Ibra e a saída de Robinho (o camisa 70 deu lugar ao jovem estreante alemão Merkel aos 30 minutos), o Rubro-Negro só pôde desfrutar de 13 minutos com o quarteto Seedorf-Ronaldinho-Robinho-Ibrahimovic em campo. Dada a mentalidade do treinador, dificilmente essa formação volte a freqüentar os gramados nessa temporada. A não ser que pinte uma necessidade de reverter algum cenário adverso.

Outros resultados e situações nos grupos

Terça-feira

Grupo A: Twente (3º) 3a3 (1º) Tottenham; e Werder Bremen (4º) 3a0 (2º) Internazionale;

Grupo B: Lyon (2º) 2a2 (4º) Hapoel Tel Aviv; e Benfica (3º) 1a2 (1º) Schalke 04;

Grupo C: Manchester United (1º) 1a1 (2º) Valência; e Bursaspor (4º) 1a1 (3º) Rangers;

Grupo D: Barcelona (1º) 2a0 (3º) Rubin Kazan; e Copenhaguen (2º) 3a1 (4º) Panathinaikos.

Quarta-feira

Grupo E: Bayern de Munique (1º) 3a0 (3º) Basel; e Cluj (4º) 1a1 (2º) Roma.

Grupo F: Olympique de Marselha (2º) 1a0 (1º) Chelsea; e Zilina (4º) 1a2 (3º) Spartak de Moscou;

Grupo G: Real Madrid (1º) 4a0 (4º) Auxerre;

Grupo H: Shakhtar Donetsk (1º) 2a0 (3º) Braga; e Arsenal (2º) 3a1 (4º) Partizan.

O sorteio dos confrontos de oitavas-de-final será realizado no dia 17 de dezembro. As partidas serão jogadas em fevereiro.

INDEPENDIENTE VENCE SUL AMERICANA E AJUDA UM GRÊMIO DEPENDENTE. GOIÁS FAZ PARTIDA ÉPICA E ESTÁ DE PARABÉNS.

O jogo de ontem me levou a crer que um deus do futebol argentino atuou no gramado do estádio Libertadores de América. É a explicação plausível que me faz acreditar que realmente o Independiente é o campeão da Copa Sul Americana 2010. Gols espíritas, traves salvadoras e festa de uma torcida enlouquecida de alegria e emoção. O gigante, papão de Libertadores, ressurge e volta ao torneio intercontinental depois de 6 anos.

Logo no início de partida viu-se que o jogo seria tenso. Percebeu-se também que o Goiás não pretendia encolher-se. Aos 2, Rafael Moura abriu na direita para Douglas que bateu por cima. Em um lance pouco depois, foi marcado impedimento do atacante esmeraldino e a primeira discussão do jogo, dele com o goleiro Navarro, que reclamou algo com o H-men. Depois foi a vez de Tuzzio, no campo de ataque dá uma forte entrada de carrinho em Marcão, mas Oscar Ruiz deu apenas a falta. Os brasileiros não estavam muito afim de entrar na pilha. Empurrado por sua apaixonada torcida, o time argentino chegou ao primeiro gol, aos 18. Cobrança de falta ensaiada encontrou Matheu no meio da área, ele chutou para defesa de Harley, mas no rebote, Velázquez, livre, empurrou para as redes. Talvez a primeira intervenção do deus futebolístico nascido em terras hermanas. O jogador estava cerca de 30 centímetros apenas, em posição legal. Três minutos depois, Wellington Saci cruzou da esquerda e Rafael Moura, pra quem dou o troféu de melhor em campo, cabeceou no contrapé de Navarro e empatou a partida. Sentindo que a coisa precisava melhorar, novamente o deus argentino atuou. Enfiada de bola na frente, e Ernando chegou para afastar o perigo da área, mas incrivelmente a bola tocou em Parra e foi na direção do gol goiano, com o goleiro Harley batido no lance. Mas incrível é que o jogador que receberia o lançamento estava cerca de 10 centímetros apenas, em posição legal. Ainda tinha mais obras divinas na primeira etapa. Cruzamento da esquerda, Barra divide no alto com Marcão e os dois jogadores caem. Graças a lei da gravidade depois da bola subir ela descaiu, mas o surpreendente é que ela caiu justamente nos pés de Parra que no chão completou pro gol, fazendo o terceiro. Acho que Harley poderia ter saltado na bola, mas foi pego de surpresa. Com gols espíritas e a torcida feliz, Oscar Ruiz apitou o fim do primeiro tempo.


Depois de um longo intervalo, que ultrapassou bastante os 15 minutos estabelecidos pela FIFA, a segunda etapa inciou-se e parecia que o Independiente tentaria sufocar o Goiás. Parra arriscou para linda defesa de Harley. Mas logo o jogo mudou drasticamente de figura. Otacílio Neto arriscou uma bomba em cobrança de falta mas a bola saiu. Pouco depois, o atacante esmeraldino recebeu lançamento e chutou para as redes, mas o impedimento foi assinalado. Aos poucos o Goiás se soltava no jogo. Mas um daqueles cruzamentos que se tornam finalizações, executados por Cabrera, quase resultou no quarto gol argentrino. Daí em diante só deu Goiás. O que a equipe de Arthur Neto fez é aplausível. Rafael Moura recebeu na frente, driblou dois marcadores mas chutou em cima do goleiro. O Goiás vinha pra cima e encontrava um adversário demonstrando cansaço físico. Pelo lado argentino, Gómez entrou na vaga de Martínez, já no Goiás, saiu Douglas para entrada de Éverton Santos. Pouco depois foi a vez de Rodríguez dá lugar a Gracián. A equipe esmeraldina mostrava estar preparada para uma dura batalha, demonstrando um preparo físico invejável. Otacílio Neto, machucado, deu lugar a Felipe, que entrou muito bem. Aos 39, Rafael Moura arriscou para defesa de Navarro. E perto do fim, ele poderia ter feito o gol do título depois de receber cobrança de lateral na área, mas chutou para fora.

Prorrogação


Veio o tempo extra, e nos primeiros 15 minutos, muita correria, disposição e de lance realmente perigoso, um chute cruzado de Felipe que passou a esquerda do gol. Mas na segunda etapa o jogo esquentou. Maxi Velázquez entrou na vaga de Fredes, mas o Independiente mostrava sinais de fraqueza. O Goiás veio para cima e dava pintas que o Independiente não seguraria o resultado. O lance mais incrível aconteceu quando Rafael Moura cruzou da direita, a bola passou pelo goleiro e Rafael Tolói, quase sem ângulo carimbou a trave de cabeça. Foi o tal do Deus argentino, dessa vez impedindo o gol esmeraldino. Escanteio cobrado da esquerda, depois do desvio, Marcão cabeceia para defesa do goleiro e na sobra a bola é empurrada para as redes,mas o impedimento é assinalado. O Goiás sufocava e tentava de qualquer maneira o gol, mas veio o apito final e tudo seria decidido nos pênaltis. E para tristeza esmeraldina, melhor para o Independiente. Talvez a última ação do Deus argentino aquela noite. A cobrança de Felipe no canto direito tocou caprichosamente na trave, para festa argentina e gremista. Com o resultado, o Grêmio consegue a última vaga na Libertadores. Um prêmio para os 43 pontos conquistados por Renato Gaúcho no segundo turno do Brasileirão. Com o resultado, o Flamengo também consegue a última vaga brasileira na sul americana 2011. Até quando não depende de si, o Grêmio parece ser imortal!

quarta-feira, dezembro 08, 2010

VITÓRIA ÁRABE À BRASILEIRA.


Hoje, teve início o Mundial de Clubes da FIFA 2010. Al Wahda, dos Emirados Árabes e Heraki United, da Nova Guiné, se enfrentaram. melhor para equipe Árabe, que conta com três jogadores brasileiros: Hugo, Fernando Baiano e Magrão. Os dois primeiros tiveram participação nos três gols da equipe.

Na primeira etapa, o Al Wahda mostrou maior volume de jogo, mais toque de bola com qualidade e aos poucos foi impondo o seu ritmo na partida. Já o Heraki United, da Nova Guiné, mostrou se ruma equipe frágil, com muito pouca qualidade técnica e se limitou a arriscar chutes de fora de área que pouco ameaçaram o goleiro Adel. Aos 5 minutos, escanteio cobrado da direita e Bolatoga cabeceou e o adversário salvou em cima da linah evitando o primeiro gol do jogo. Fernando Baiano recebeu pela direita e arriscou pro gol para boa defesa de Tamanisau. Pouco depois, o atacante brasileiro deixou Ismael na cara do gol, mas o chute saiu muito próximo à trave esquerda. O gol estava amadurecendo e saiu aos 40. Depois do cruzamento da direita, Mahmoud ajeitou para Hugo soltar uma bomba rasteira de canhota, que entrou no cantinho esquerdo do goleiro Tamanisau. E antes do intervalo, Fernando Baiano recebeu de Faheal pela direita e dessa vez não perdoou, chutando rasteiro para ampliar o marcador.

Na segunda etapa ficou ainda mais visível a maior organização e qualidade do Al Wahda. Faheal enfiou para Ismael que tocou na saída do goleiro, mas Fernando Baiano chegou atrasado e a bola saiu. O atacante brasileiro participava intensamente do jogo e deu lindo passe para Mahmoud, que chutou para boa defesa de Tamanisau. A equipe dominava inteiramente a partida e o técnico começou a mexer na equipe, tirando Fahael, que deu dois lindos passes, um resultando em gol, para colocar Jumaa. Diante de um adversário inoperante, a equipe árabe trocava passes com facilidade no ataque e chegou ao terceiro gol, com Jumaa, que completou cruzamento de Hugo, após falha do goleiro e da zaga. Mais um gol com toque brasileiro. Diarra entrou na partida na vaga de Fernando Baiano e deu passe para Jumaa que encobriu o goleiro e quase ampliou. Aos 33, veio a primeira alteração no time da Oceania: Hans no lugar de Iniga. Daí até o fim do jogo, nada de muito emocionante aconteceu. Bazuhair entrou no lugar de Ismael na equipe árabe e uma chance para cada lado. Primeiro Jack chutou para defesa de Adel e depois Diarra quase ampliou em chute defendido por Tamanisau. Vitória árabe à brasileira.


Agora, o Al Wahda enfrenta o time coreano Seongnam, buscando uma vaga na semifinal para enfrentar a Inter de Milão. Mesmo com adversário frágil, que não serve muito como parâmetro, acredito que esse time árabe possa vencer o Seongnam e engrossar a partida contra a gigante italiana. A partida ocorre 11 de dezembro. A participação do Heraki United é interessante, pois se trata de um mundial e é necessário incluir todos os continentes, mas a equipe mostrou-se muito frágil e sem condições de apresentar um bom futebol.

UM ELIMINADO WERDER BREMEN VENCE UMA INOFENSIVA INTER.

Focada no Mundial de Clubes que começa hoje, a Inter de Milão entrou em campo com um time reserva contra um eliminado Werder Bremen. A partida não tinha muitos ingredientes. A Inter poderia até terminar em primeiro do grupo, mas teria que “secar” o Tottenham, que enfrentava o Twente na Holanda. Porém, após o apito final, foram os alemães que puderam comemorar uma saída da Champions League digna, vencendo a atual campeã por 3 x 0.

A bola rolou e o tempo passou sem nada de interessante acontecer. Até os 26 minutos de partida, um chute muito distante do gol exucutado por Thiago Motta e um chute de Frings nas mãos de Orlandoni. Porém, aí veio algo interessante na partida. Mas não dentro das 4 linhas. A torcida do Werder Bremen começou a cantar mais alto, empurrando seu time. E não é que os jogadores parecem que sentiram a energia boa. Hugo Almeida dominou no peito, emendou pro gol e Orlandoni tirou com um leve toque. Seria um golaço! O time alemão foi chegando mais ao ataque e sem muita resistência, a Inter foi se encolhendo. Assim, o gol não demorou a sair. Frings cobrou escanteio da direita, Prodl cabeceou firme, a bola desviou na zaga e entrou. Festa no Weser Stadion. Nos minutos finais, os alemães dominaram inteiramente a partida, mas a chance veio para os italiano, depois de cruzamento da direita, mas Pandev completou para fora e o árbitro assinalou o fim do rpimeiro tempo.

A segunda etapa começou e os donos da casa logo ampliaram. Hugo Almeida cruzou da esquerda e Arnautovic completou de primeira estufando as redes italianas. Logo após o gol, Rafa Benitez tirou Santon e colocou Biabiany. E logo depois precisou trocar Zanetti, contundido, por Natalino. Porém, nenhum poder de reação era notável na equipe até os 21, quando Pandev cruzou da direita, a bola passou por todo mundo e tocou na trave direita de Wiese. Por alguns poucos minutos a Inter tentou esboçar uma reação e o jogo ficou pegado, mas logo o time alemão voltou ao ataque, quando Hunt tabelou com Marin e saiu na cara do gol, mas chutou em cima do arqueiro da equipe italiana. O português Hugo Almeida que participou de bons lances na partida deu lugar a Pizarro e na Inter, Thaigo Motta saiu para a entrada de Mariga. E tome substituição. Fring saiu para a entrada de Bargfrede. Talvez empurrado pelo sangue novo de Pizarro o Werder Bremen acelerou a partida e começou a criar chances. Primeiro, Marin cruzou da direita e Pizarro cabeceou na trave e pouco depois, Marin aproveitou toque rasteiro da direita e carimbou o travessão. O terceiro gol parecia questão de tempo. Mas antes dava tempo para mais uma mexida: Silvestre no lugar de Pazanen. Enfim, o time alemão.ampliou. Pizarro recebeu no meio, girou em cima de Cambiaso e bateu no canto direito do goleiro Orlandoni, que viu a bola tocar na trave e entrar. Pandev ainda cabeceou na trave nos acréscimos, mas a festa era mesmo alemã. Se não valeu a classificação, valeu a honra.


Está certo que o time que entrou em campo hoje era quase todo reserva, mas a Inter de Milão não joga um futebol convincente e precisa abrir olho para a sequência da competição. Já o Werder Bremen teve atuações fracas no torneio e hoje fez um bom jogo, mas foi tarde para efeito de classificação.


Outros resultados:
Twente 3 x 3 Tottenham
Lyon 2 x 2 Hapoel Tel-Aviv
Benfica 1 x 2 Schalke04
Manchester 1 x 1 Valencia
Busaspor 1 x 1 Rangers
Barcelona 2 x 0 Rubin Kasan
Copenhagen 3 x 1 Panainaikos